nÃo hà / O avanÃo das tecnologias e o aprimoramento organizacional de caracterÃsticas socioeconÃmicas em forma de microdados por instituiÃÃes especializadas fez avanÃar estudos que combinam o uso da econometria e da anÃlise econÃmica com Ãnfase nos aspectos microeconÃmicos e/ou comportamentais dos indivÃduos dando origem ao que à conhecido como microeconometria. Nesse contexto, a presente Tese se propÃe a analisar por meio de um compÃndio de estudos na Ãrea de microeconometria como determinados atributos, caracterÃsticas e fatores circunstanciais impactam direta ou indiretamente nas atividades econÃmicas exercidas ou a serem exercidas pelos indivÃduos. O foco principal à o mercado de trabalho atravÃs principalmente do efeito ou dos possÃveis efeitos idiossincrÃticos em termos valorativos. O primeiro capÃtulo procura jogar luz na construÃÃo de mÃtricas de atratividade da mulher brasileira fazendo uso dos dados da Pesquisa Nacional de Demografia e SaÃde da CrianÃa e da Mulher (PNDS) de 2006 do Centro Brasileiro de AnÃlise e Planejamento (CEBRAP). Para tanto, foram elencadas medidas antropomÃtricas de altura, peso, cintura e Ãndice de massa corporal (IMC) mediante seus impactos nos salÃrios das mulheres. Alguns resultados favorecem as proxies aqui construÃdas, podendo-se destacar, em particular, a altura como medida de impacto nos retornos laborais. Ainda dentro do contexto do mercado de trabalho, o segundo capÃtulo objetiva analisar os diferenciais salariais entre cÃnjuges do mesmo sexo e de sexo diferente, isto Ã, entre casais homossexuais em relaÃÃo aos heterossexuais. Para isso, utilizou-se da nova metodologia de identificaÃÃo dos novos arranjos familiares do CENSO 2010 sob a Ãtica de um enfoque regional a partir de trÃs estados brasileiros com caracterÃsticas distintas: SÃo Paulo, Rio de Janeiro e CearÃ. Seguindo a construÃÃo teÃrica do modelo de Becker (1991), investigou-se diferenÃas alocativas na produÃÃo domÃstica e nas atividades de mercado. Outras hipÃteses foram aventadas tendo como base as normas do contexto social considerando suas influÃncias nas preferÃncias e hÃbitos de vida das pessoas, de acordo com Akerlof e Kranton (2000). Sob esse prisma, a hipÃtese de autosseleÃÃo tambÃm à levantada considerando que aqueles de atitudes mais liberais tendem a declarar de maneira mais espontÃnea outras modalidades de preferÃncias sexuais, segundo a visÃo de Almeida (2007). No que tange ao diferencial de remuneraÃÃo, mesmo apÃs a inclusÃo de caracterÃsticas observadas e controle de seleÃÃo, persistiram diferenÃas salariais estatisticamente significante com relaÃÃo à escolha sexual, principalmente a favor dos homens gays via-Ã-vis aos homens heterossexuais. O terceiro e Ãltimo capÃtulo parte da premissa de que o desenvolvimento das mais diversas habilidades de um indivÃduo pode muitas vezes està associada à desigualdade de acesso a um conjunto de oportunidades durante a infÃncia tanto em razÃo das escolhas sociais da sociedade a qual ele pertence como tambÃm de circunstÃncias que estejam fora de seu controle ao nascer. Nesses termos, e objetivando a projeÃÃo de polÃticas pÃblicas de longo prazo, foi desenvolvido o Ãndice de Oportunidade Humana (IOH), indicador sÃntese da cobertura de bens e serviÃos bÃsicos para o bem-estar das crianÃas a partir de parÃmetros prÃ-determinados. Os dados utilizados sÃo da Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios (PNAD) do IBGE para todo o Brasil nos anos de 2001-2011. Foram elencados oito indicadores de serviÃos bÃsicos sendo cinco de dimensÃo habitacional e trÃs de dimensÃo educacional a partir de sete variÃveis de circunstÃncias. Os resultados mostram alÃm de uma heterogeneidade das oportunidades nas taxas de cobertura, uma ampliaÃÃo da rede de acesso, nÃo obstante diferenÃas entre os grupos de distintas circunstÃncias.