FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Este trabalho objetivou a realizaÃÃo de uma anÃlise integrada do atual uso dos recursos naturais dos perÃmetros irrigados de Ayres de Sousa (PIAS) e Araras Norte (PIAN), localizados na Bacia do Acaraà a norte do Estado do CearÃ, atravÃs do desenvolvimento de um Ãndice de sustentabilidade agroecolÃgica, validado a partir de uma pesquisa transversal baseada em dados de questionÃrios tipo âcross-overâ aplicados aos produtores agrÃcolas beneficiados pelos respectivos projetos de irrigaÃÃo. Aplicou-se uma amostragem exploratÃria, adotando um modelo de amostragem nÃo probabilÃstico, obtendo uma populaÃÃo amostral de 48 questionÃrios para o perÃmetro irrigando Ayres de Sousa e 30 questionÃrios para o perÃmetro irrigado Araras Norte. A populaÃÃo residente à formada exclusivamente de agricultores veteranos, em sua maioria possuem mais de cinco anos na atividade agrÃcola; no perfil familiar representativo observa-se como Ãnica atividade de renda, a agricultura, um nÃmero de filhos superior a dois e baixo grau de alfabetizaÃÃo, um pouco mais elevado no PIAN. NÃo à comum o uso de prÃticas de conservaÃÃo do solo como: consÃrcios, cobertura morta ou rotatividade de cultura; ou adoÃÃo de medidas de controle quanto ao uso de Ãgua. Medidas de conservaÃÃo ambiental como coleta do lixo domiciliar e Ãrea de preservaÃÃo sÃo consideradas inexistentes ou de baixa eficiÃncia. A aplicaÃÃo de defensivos agrÃcolas à feita sempre com o uso do aplicador costal, sem respeitar as normas mÃnimas de seguranÃa quando ao uso de Equipamento de ProteÃÃo Individual (EPI). O mÃtodo dos componentes principais foi utilizado como forma de agregaÃÃo dos indicadores de estado da sustentabilidade para se chegar a um Ãndice de sustentabilidade. Estabeleceu-se ainda uma relaÃÃo causal entre os indicadores das forÃas condicionantes e o Ãndice de sustentabilidade estimado que permitisse avaliar as necessidades ou insuficiÃncia de recursos advindos da populaÃÃo prejudiciais ao agroecossistema presente. Os resultados obtidos permitiram concluir que os perÃmetros gozam de um estado de sustentabilidade fragilizada, sendo que o PIAN apresentou uma melhor situaÃÃo em termos de estado mÃdio da sustentabilidade contraposto com os resultados do PIAS, porÃm ambos apresentam sustentabilidade comprometida. Do ponto de vista de cada tipo de indicador em separado, o confronto dos dados, que gerou o indicador da Bacia do Rio AcaraÃ, apresenta uma situaÃÃo aparentemente inesperada onde 69,00% das unidades do PIAS sÃo consideradas ainda sustentÃveis contra apenas 40,43% das unidades do PIAN, ficando subjugado o resultado anterior de cada perÃmetro (54,6% para o PIAS e 76,6% para o PIAN).