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Desdobramentos ficcionais de uma existência: a exposição do eu autoficcional em Hilda Hilst

Bezerra, Anna Giovanna Rocha 03 April 2015 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2017-02-10T15:06:52Z No. of bitstreams: 1 PDF - Anna Giovanna Rocha Bezerra.pdf: 34305722 bytes, checksum: b159f952f8ea2a40de971b411791baa0 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Medeiros (luciana@uepb.edu.br) on 2017-02-17T14:38:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Anna Giovanna Rocha Bezerra.pdf: 34305722 bytes, checksum: b159f952f8ea2a40de971b411791baa0 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-17T14:38:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Anna Giovanna Rocha Bezerra.pdf: 34305722 bytes, checksum: b159f952f8ea2a40de971b411791baa0 (MD5) Previous issue date: 2015-04-03 / L'intérêt pour le travail de l'écrivainebrésilienne Hilda Hilst vient de la conception des études qu‟on a commencé dans le master, quand on a analisé deux des livres les plus importants des poèmes de l'écrivaine- Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1977) et Poemas Malditos Gozosos e Devotos (1982) -du point de vue de la relation entre le sacré et l‟érotique. Maintenant, pour la continuation de notre recherche dans le doctorat, on considère le travail de Hilda Hilst dans un ensemble qui se complète , et a partir de cela, nous avons conçu une analyse qui aborde la fiction de Hilstcomme un modèle de littérature autoficcional qui révèle beaucoup de l'auteur narrateur, même si elle ne crée pas un pacte autobiographique, comme le postule Lejeune (1975).Ce modèle change les limites conceptuelles entre l'auteur et le narrateur. Pour le développement méthodologique de notre recherche, nous avons choisi de ne pas dissocier la conception de Hilst des genres littéraires et nous n‟avons pas fait une distinction entre le texte poétique et le texte en prose.Nous considérons que l'ensemble de la production littéraire de l'écrivaine fait partie d‟une production poétique, y compris leurs titres en prose. Ainsi, tout au long de l'analyse, on essaye de trouver des extaits du travail littéraire dans l‟ensemble de son oeuvre, afin de justifier notre hypothèse que la littérature de Hilst est autoficcional. Au cours de nos études, nous avons remarqué une particularité dans le travail de l‟écrivaine qui attire notre attention et qui sera la base pour commencer notre parcours d'investigation: la littérature produite par Hilda Hilst pendant plus de quarante ans constitue ce que nous allons nommer par corps unique de la littérature. Ce corps est un ensemble poétique cohésif et cohérent qui est complété dans son inquietude et qui répond à soi dans un flux intense métalinguistique ou metapoétique, qui se fait et se refait toujours et qui a l'existence même de l'auteur comme élément créationnel et vivant. Notre but principal dans cette recherche est d'entreprendre une lecture analytique de l‟oeuvre de Hilst qui nous mènera à une compréhension plus profonde de ce qui constitue vraiment la matière première de la création littéraire de l'écrivaine. Par conséquent, Il n‟y a pas moyen d‟échapper des pièges de la biographie, une fois que, si nécéssaire, nous aurons établir un rapport aux épisodes de l'existence réelle de Hildapour comprendre son travail d‟écriture . Nous allons faire, donc, des lectures des entretiens avec l'écrivaine au long de sa vie. En effet, ce qui va guider notre regard sur le travail de Hilst est la croyance que l'auteur estsi étroitement fusionnée à ses écrits de manière qu‟elle a fut transfigurée dans sa poétique même. Donc, ce que ferait la littérature de Hilda Hilst si différente peut être expliqué par le fait qu‟elle se métamorphose dans la principale - et peut-être unique - personnage de ses textes : elle-même; créant ainsi une forme de conversion poétique.Entrer dans le monde littéraire de Hilst est en quelque sorte aussi envahir son lieu personnel, et bien que nous sommes conscients du caractère de fiction de ses textes, il est impossible de les limiter à la création littéraire, aussi bien que de séparer complétement l‟auteur du narrateur . Pour établir une ligne de pensée qui explique la formation de l'œuvre littéraire de Hilda Hilst, nous avons utilisé trois manières de lecture : d'abord, nous avons procédé à lire la totalité de la production littéraire des genres traditionnellement connu, comme la poésie, suivie par les contes, les nouvelles , les romans et les pièces de théâtre. après, nous avons choisi de ne lire ce que l'auteur considère prose et , dans une dernière lecture , nous avons choisi comme critère l'ordre de publication de ses textes. Compte tenu de cette méthodologie de lecture, il était évident que les livres de Hilst ont une dynamique indépendante entre eux, cependant, il existe aussi un lien presque imperceptible qui parcourt l'ensemble littéraire et qui guide le regard du lecteur par un chemin presque irréversible: l'existence même de l'écrivaine, c‟est à dire que tous les chemins mènent à Hilda. / O interesse pelo trabalho da escritora brasileira Hilda Hilst surge a partir da concepção dos estudos iniciados ainda no mestrado quando analisamos dois dos mais significativos livros de poemas da escritora – Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1977) e Poemas Malditos Gozosos e Devotos (1982) – sob a perspectiva da relação estabelecida entre o sagrado e o erótico. A partir de então, tomando a obra de Hilda Hilst como um todo que se complementava a si mesma, para a continuação de nossa pesquisa no âmbito do doutorado, concebemos uma análise que aborda a ficção hilstiana como um modelo de literatura autoficcional que, muito embora não estabeleça um pacto autobiográfico como postula Lejeune (1975), revela muito da autora narradora, rompendo, assim, os limites conceituais entre autoria e narrador. Para o desenvolvimento metodológico de nossa pesquisa optamos por não dissociarmos a concepção hilstiana de gêneros literários e não fizemos distinção entre o texto poético e o texto em prosa. Consideramos aqui que toda a produção literária da escritora trata-se de produção poética, inclusive os seus títulos em prosa. Assim, durante todo o decorrer da análise, buscamos extrair passagens do trabalho literário como um todo a fim de justificarmos nossa hipótese de que a literatura hilstiana é autoficcional. Durante nossos estudos, percebemos uma peculiaridade na obra hilstiana que nos chama a atenção e que será o fundamento principal para que iniciemos nosso percurso investigativo: a literatura produzida por Hilda Hilst ao longo de mais de quarenta anos compõe o que iremos chamar de corpo literário único; um todo poético coeso e coerente que se complementa em sua inquietude e responde-se a si mesmo num intenso fluxo metalinguístico ou metapoético, que se faz e se refaz, sempre, tendo como elemento vivificador e criacional a própria existência da autora. Nosso objetivo central, nessa pesquisa, é empreendermos uma leitura analítica da obra hilstiana que nos conduza a uma compreensão mais profunda do que realmente se constituiu a matéria-prima para a criação literária da escritora. Sendo assim, não há também como escaparmos das armadilhas da biografia, uma vez que teremos de recorrer, sempre que necessário for, aos episódios da existência real de Hilda para compreendermos sua escrita. Essa prática se efetivará a partir da leitura das entrevistas concedidas pela escritora ao longo da vida. De fato, o que guiará nosso olhar mediante o trabalho de Hilst é a crença de que a autora amalgamou-se tão intimamente aos seus escritos que, dessa maneira, transfigurou-se na sua poética mesma. Sendo assim, o que tornaria a literatura de Hilda Hilst tão incomum encontraria explicação no fato da autora ter se metamorfoseado na grande – e talvez única – personagem de seus textos: ela mesma; configurando, assim, uma forma de conversão poética, ideia esta que procuraremos defender no decorrer desta investigação. Adentrar no universo literário hilstiano de alguma forma também é invadir o seu espaço pessoal e, embora tenhamos plena convicção da ficcionalidade de seus textos não há como não remetê-los meramente ao campo da criação literária e desvincular a figura da autora do narrador. Para que pudéssemos traçar uma linha de pensamento que tentasse dar conta da formação do trabalho literário de Hilda Hilst nos utilizamos de três modos de leitura: Primeiramente, realizamos uma leitura de toda a produção literária de acordo com os gêneros tradicionalmente conhecidos, como poesia, em seguida, os contos, as novelas, os romances e por fim o teatro. Adiante, optamos por ler apenas o que a autora considera como prosa e, numa ultima leitura, optamos pelo critério de ordem de publicação. Diante dessa metodologia de leitura ficou evidente que os livros de Hilst possuem uma dinâmica independente uns dos outros, entretanto, em elo quase imperceptível atravessa todo o conjunto literário direcionando o olhar do leitor e apontando para uma direção quase irreversível: a própria existência da escritora. Ou seja, todos os caminhos levam a Hilda.
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As cidades mutantes de Valêncio Xavier: espaço urbano e memória em "Minha mãe morrendo e o menino mentindo" e "Crimes à moda antiga"

Silva, Rodrigo Vieira da 07 December 2016 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2018-03-23T13:51:45Z No. of bitstreams: 1 PDF - Rodrigo Vieira da Silva.pdf: 49681605 bytes, checksum: dc4bb46cc7b10359343b086fb2dc5a3b (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Medeiros (luciana@uepb.edu.br) on 2018-03-26T13:01:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Rodrigo Vieira da Silva.pdf: 49681605 bytes, checksum: dc4bb46cc7b10359343b086fb2dc5a3b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-26T13:01:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Rodrigo Vieira da Silva.pdf: 49681605 bytes, checksum: dc4bb46cc7b10359343b086fb2dc5a3b (MD5) Previous issue date: 2016-12-07 / Valêncio Xavier‟s literature stands out in particular by its experimentation in composition. Using various discursive excerpts from the city, the author elaborates a work in which the urban space and the memory figures as centerpieces. Rescuing avant-garde elements and disrupting the conventional mode of elaboration of the prose, Xavier uses techniques derived from various artistic languages and techniques that permeate the modern urban environment, such as montage, cutting and imbrications – resources exploited by various languages, ranging from the movies to the press. His innovations in the field of literature can be seen from the peculiar way of conceiving the structure of his narrative: alternating written text and images, the author elaborates scenarios in which the verbal text, in its different manifestations – press, literature, advertising or even pornography – joins the photography, illustrations, maps and other graphic resources within a montage process that is unique in the history of Brazilian literature. This process is based, above all, in an exercise of overlapping clippings, images and fragments from the most varied instances of the modern city, which intertwine in the composition of his narratives. A quick glimpse at his work is enough for us to realize that the way chosen by the author to narrate his plots, by itself, already conveys a message, an intentionality: the layout used by the author itself already carries a content. Thus, through a bibliographical review followed by the hermeneutic analysis of the latest Xavier‟s works, this research sougth to understand better both the compositional method, arrangement mechanisms and functioning of the montage made by Valêncio Xavier; and how his work is inserted in Brazilian literature from the late 1980‟s until the early 2000‟s. In addition to this, continuing the research on the representations of urban space in Xavier's work (begun during our Masters degree, when we investigated the city as a character and the metaphors associated with it in O mez da grippe) we try now, through an extensive study of the last two works produced by the author right before his death, to understand better the representations of urban space and its relation to memory contained in the speeches that cross the modern city. By analyzing the books Minha mãe morrendo e o Menino Mentido and Crimes à moda antiga we seek to understand how, by exploring the power of meaning generation in the speeches from the cities of the twentieth century (and the mnemonic charge contained within it), Valêncio Xavier makes us reflect not only on city and memory, but also, on time, materiality and finitude. / A literatura de Valêncio Xavier destaca-se, em especial, pelo experimentalismo na sua composição. Fazendo uso dos mais variados recortes discursivos da cidade, o autor elabora uma obra na qual o espaço urbano e a memória figuram como peças centrais. Resgatando elementos vanguardistas e rompendo com o modo convencional de elaboração da prosa, Xavier faz uso de processos colhidos das mais diversas linguagens artísticas ou técnicas que perpassam o ambiente urbano moderno, como a montagem, o recorte e a sobreposição – recursos explorados por linguagens que vão do cinema à imprensa. As suas inovações no campo da literatura podem ser vistas a partir do modo peculiar de conceber a estrutura da narrativa, intercalando texto e imagens o autor elabora enredos nos quais o texto verbal em suas variadas manifestações – seja oriundo da imprensa, da literatura, da publicidade ou até mesmo da pornografia – alia-se a fotografias, ilustrações, mapas e outros recursos gráficos, num processo de montagem único em toda a história da literatura brasileira. Essa montagem baseia-se, sobretudo, num exercício de sobreposição de recortes, imagens e fragmentos advindos das mais variadas instâncias da cidade moderna, que se entrelaçam na composição das narrativas. Um vislumbre rápido sobre sua obra é o suficiente para que percebamos que a forma escolhida pelo autor para narrar suas tramas, por si só, já transmite uma mensagem, uma intencionalidade: a forma escolhida pelo autor, em si, já carrega um conteúdo. Dessa maneira, por meio, de uma revisão bibliográfica seguida da análise hermenêutica das últimas obras de Xavier, a presente pesquisa buscou compreender melhor tanto o método compositivo e os mecanismos de arranjo e funcionamento da montagem feita por Valêncio Xavier, como de que forma sua obra se insere na literatura brasileira a partir do final da década de 1980 até os primeiros anos da década de 2000. Além disso, dando continuidade à pesquisa sobre as representações do espaço urbano na literatura de Xavier (iniciada durante o mestrado, quando investigamos as configurações da cidade enquanto personagem e as metáforas a ela associadas em O mez da grippe), procuramos, agora, a partir de um estudo extensivo das últimas duas obras produzidas pelo autor pouco antes de sua morte, compreender melhor as representações do espaço urbano e sua relação com a memória contida nos discursos que atravessam a cidade moderna. Através da análise dos livros Minha mãe morrendo e o menino mentido e Crimes à moda antiga percebemos de que forma, ao explorar o poder gerador de sentido dos discursos das cidades do século XX (e a carga mnemônica neles contida), Valêncio Xavier nos faz refletir não apenas sobre a cidade e a memória, mas também sobre o tempo, a materialidade e a finitude.
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As escritas surdas como artefatos culturais mediadores de reflexões a respeito das crenças sobre a surdez

Menezes, Ronny Diogenes de 25 October 2017 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2018-03-26T14:42:23Z No. of bitstreams: 1 PDF - Ronny Diogenes de Menezes.pdf: 55974653 bytes, checksum: 74d8505d7974f3503b2fdd0435c649bb (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Medeiros (luciana@uepb.edu.br) on 2018-03-27T12:08:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Ronny Diogenes de Menezes.pdf: 55974653 bytes, checksum: 74d8505d7974f3503b2fdd0435c649bb (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-27T12:08:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Ronny Diogenes de Menezes.pdf: 55974653 bytes, checksum: 74d8505d7974f3503b2fdd0435c649bb (MD5) Previous issue date: 2017-10-25 / Las relaciones entre sordos y oyentes, generalmente, están impregnadas de prejuicios y visiones estereotipadas y, a menudo, esas personas con sordera son invisibles en nuestra sociedad, pues ser oyente es considerado con una posición superior a ser sordo. Tomando como punto de partida la cuestión: ¿Cómo hacer visible la cultura sorda en la comunidad oyente? el trabajo tuvo por objetivo identificar las creencias de 18 alumnos, oyentes, de la Enseñanza Media, proponiendo medios para que, a través de las Escrituras Sordas, ellas pudieran ser (re)pensadas. Para ello, realizamos un estudio de caso en un campus del Instituto Federal de Pernambuco, en el año 2016. A partir de un análisis preliminar del contexto, se produjo y aplicó una secuencia didáctica que permitiría a los alumnos reflexionar sobre la cultura y la identidad sorda. Los datos, obtenidos por medio de cuestionarios y diario de a bordo, fueron analizados buscando percibir cuáles son las creencias de los alumnos participantes antes, durante y después de la experiencia. Realizada esta etapa, a partir de todos los datos generados y analizados en nuestro trabajo, producimos una guía de orientaciones metodológicas para la enseñanza de las Escrituras Sordas. Toda esta investigación se basó en la concepción no de una literatura enyesada y vinculada a períodos o estéticas, sino a una noción de escrituras como más amplia, englobando varias producciones, pudiendo ser impresas, en video, a través de las artes plásticas, entre otras. En ese contexto, forjamos el concepto de Escrituras Sordas, que puede transmitir las vivencias de una comunidad y surge en la posición de resistencia frente a la dominación oyente. Esta investigación, afiliada a la Lingüística Aplicada (in)disciplinaria, se basó en la perspectiva sociocultural y en la pedagogía de las multiliteracidades. Con la conclusión de los trabajos, fue posible percibir que es necesario que haya un proceso de formación para que los profesores de lengua portuguesa puedan utilizar las Escrituras Sordas, además, concluimos que el contacto con ellas debe iniciarse, en la escuela, lo más temprano posible. / As relações entre surdos e ouvintes, geralmente, são permeadas por preconceitos e visões estereotipadas e, por conta disso, muitas vezes, essas pessoas com surdez são invisíveis em nossa sociedade, pois ser ouvinte é considerado com uma posição superior a ser surdo. Tomando como ponto de partida a questão: Como fazer visível a cultura surda na comunidade ouvinte? esse trabalho teve por objetivo identificar as crenças de 18 alunos, ouvintes, do Ensino Médio, propondo meios para que, através das Escritas Surdas, elas pudessem ser (re)pensadas. Para isso, realizamos um estudo de caso em um campus do Instituto Federal de Pernambuco, no ano de 2016. A partir de uma análise preliminar do contexto, foi produzida e aplicada uma sequência didática que possibilitasse aos alunos refletir sobre a cultura e a identidade surda. Os dados, obtidos por meio de questionários e diário de bordo, foram analisados buscando perceber quais as crenças dos alunos participantes antes, durante e depois da experiência. Realizada essa etapa, e a partir de todos os dados gerados e analisados em nosso trabalho, produzimos um guia de orientações metodológicas para o ensino das Escritas Surdas. Toda essa investigação se baseou na concepção não de uma literatura engessada e atrelada a períodos ou às estéticas, e sim, a uma noção de escritas como mais abrangente, englobando várias produções, podendo ser impressas, em vídeo, através das artes plásticas, dentre outras. Nesse contexto, forjamos o conceito de Escritas Surdas, que pode transmitir as vivências de uma comunidade e surge na posição de resistência frente à dominação ouvinte. Esta pesquisa, filiada à Linguística Aplicada (in)disciplinar, se pautou na perspectiva sociocultural e na pedagogia dos multiletramentos. Com a conclusão dos trabalhos, foi possível perceber que é necessário que haja um processo de formação para que os professores de língua portuguesa possam utilizar as Escritas Surdas, além disso, concluímos que o contato com elas deve se iniciar, na escola, o mais cedo possível.
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IMINÊNCIAS POÉTICAS: MANOEL DE BARROS E ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO POR UMA POÉTICA DA RECOMPOSIÇÃO DE INUTILIDADES E DO ACRIANÇAMENTO. / Poetic Eminences: Manoel de Barros and Arthur Bispo do Rosário - by the poetic recovery of the useless and childlike.

Fernandes, Janice Aparecida de Azevedo 17 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T11:07:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JANICE APARECIDA DE AZEVEDO FERNANDES.pdf: 6342199 bytes, checksum: f3fe80dbc4e863fb8f88ce44f31e6d25 (MD5) Previous issue date: 2015-03-17 / This research aimed to study post-modern artistic phenomenas, such as poetry made based on what would be dismissed as non-poetic or as consensual garbage. The proposal of the thematic is characterized as an exploratory bibliographic and phenomenological research, understanding on how the reframed resources used, the re-semanticizing given to the words and objects and the observation of a poetic self about such raw materials have certain linguistic, literary and poetic similarity. The research is justified by its degree of support for being a source for new researches on the subject which is now built. The authors analyzed for the study of this research were Manoel de Barros and Arthur Bispo do Rosário, the first, a poet and the second one an artist. The results found point to the fact that in both studied objects, it was observed the construction of their poetic linguistics for the deconstruction of art as a classic element and also of the ressignification that authors worked with, such as words and raw material throughout the re-composition of what is to be useless. It was able to point out how scientific contribution, the perception that although there are similarities between the studied authors, one has to consider what make them distant of each other, in this case, it´s their existential condition. Manoel de Barros simulated a poetic self totally childish that dazzles in front of the semantic possibilities of a word and it creates its own language, its Manoelês , marked by arquissemas . Poet that denatures the Pantanal, throughout poetic recomposition of the useless, creates a work in which language is the great theme , the great character . Arthur Bispo do Rosário was a schizophrenic on the sidelines of consumerism, invent the world on behalf of God, from a psychotic episode sending him to his own Divine Being. Theopoetics is the support of his work, a cataloged work as the world´s inventor. The research, " Poetic Eminences: Manoel de Barros and Arthur Bispo do Rosário - by the poetic recovery of the useless and childlike" was made possible by the financial support of the Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG). / A pesquisa, Iminências poéticas: Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário por uma poética da recomposição de inutilidades e do acriançamento viabilizada com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), desenvolveu-se a partir da observação sobre fenômenos artísticos da pósmodernidade, como o caso de poéticas construídas a partir do que seria descartado como apoético ou como lixo. Assim, a presente proposta caracteriza-se como pesquisa exploratória de caráter bibliográfico e fenomenológico. Os autores que formam o corpus da pesquisa são Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário, o primeiro poeta e o segundo, artista plástico. Em ambos, observou-se a construção de suas poéticas por um viés de desconstrução da arte como elemento clássico e também da ressignificação que os autores operaram em palavras e matéria-prima pela via da recomposição de inutilidades. Embora haja similaridades entre os autores pesquisados, há de se considerar também o que os distancia, nesse caso, sua condição existencial. Manoel de Barros simulou um eu poético totalmente acriançado que se deslumbra frente às possibilidades semânticas de uma palavra e para isso cria seu próprio idioma, seu manoelês, marcado por arquissemas. Poeta pantaneiro que desnaturaliza o Pantanal, por meio da poética de recomposição de inutilidades, cria uma obra em que a linguagem é o grande tema, a grande personagem. Arthur Bispo do Rosário, esquizofrênico, à margem da sociedade de consumo, inventaria o mundo, a mando de Deus, a partir de um surto psicótico, para entregá-lo ao próprio Ser Divino. A Teopoética é a sustentação de sua obra, uma obra catalogada como um inventário do mundo.

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