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Desdobramentos ficcionais de uma existência: a exposição do eu autoficcional em Hilda HilstBezerra, Anna Giovanna Rocha 03 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-03 / L'intérêt pour le travail de l'écrivainebrésilienne Hilda Hilst vient de la conception des
études qu‟on a commencé dans le master, quand on a analisé deux des livres les plus
importants des poèmes de l'écrivaine- Júbilo Memória Noviciado da Paixão (1977)
et Poemas Malditos Gozosos e Devotos (1982) -du point de vue de la relation entre
le sacré et l‟érotique. Maintenant, pour la continuation de notre recherche dans le
doctorat, on considère le travail de Hilda Hilst dans un ensemble qui se complète , et a
partir de cela, nous avons conçu une analyse qui aborde la fiction de Hilstcomme un
modèle de littérature autoficcional qui révèle beaucoup de l'auteur narrateur, même si
elle ne crée pas un pacte autobiographique, comme le postule Lejeune (1975).Ce
modèle change les limites conceptuelles entre l'auteur et le narrateur. Pour le
développement méthodologique de notre recherche, nous avons choisi de ne pas
dissocier la conception de Hilst des genres littéraires et nous n‟avons pas fait une
distinction entre le texte poétique et le texte en prose.Nous considérons que
l'ensemble de la production littéraire de l'écrivaine fait partie d‟une production poétique,
y compris leurs titres en prose. Ainsi, tout au long de l'analyse, on essaye de trouver
des extaits du travail littéraire dans l‟ensemble de son oeuvre, afin de justifier notre
hypothèse que la littérature de Hilst est autoficcional. Au cours de nos études, nous
avons remarqué une particularité dans le travail de l‟écrivaine qui attire notre attention
et qui sera la base pour commencer notre parcours d'investigation: la littérature
produite par Hilda Hilst pendant plus de quarante ans constitue ce que nous allons
nommer par corps unique de la littérature. Ce corps est un ensemble poétique cohésif
et cohérent qui est complété dans son inquietude et qui répond à soi dans un flux
intense métalinguistique ou metapoétique, qui se fait et se refait toujours et qui a
l'existence même de l'auteur comme élément créationnel et vivant. Notre but principal
dans cette recherche est d'entreprendre une lecture analytique de l‟oeuvre de Hilst qui
nous mènera à une compréhension plus profonde de ce qui constitue vraiment la
matière première de la création littéraire de l'écrivaine. Par conséquent, Il n‟y a pas
moyen d‟échapper des pièges de la biographie, une fois que, si nécéssaire, nous
aurons établir un rapport aux épisodes de l'existence réelle de Hildapour comprendre
son travail d‟écriture . Nous allons faire, donc, des lectures des entretiens avec
l'écrivaine au long de sa vie. En effet, ce qui va guider notre regard sur le travail de
Hilst est la croyance que l'auteur estsi étroitement fusionnée à ses écrits de manière
qu‟elle a fut transfigurée dans sa poétique même. Donc, ce que ferait la littérature de
Hilda Hilst si différente peut être expliqué par le fait qu‟elle se métamorphose dans la
principale - et peut-être unique - personnage de ses textes : elle-même; créant ainsi
une forme de conversion poétique.Entrer dans le monde littéraire de Hilst est en
quelque sorte aussi envahir son lieu personnel, et bien que nous sommes conscients
du caractère de fiction de ses textes, il est impossible de les limiter à la création
littéraire, aussi bien que de séparer complétement l‟auteur du narrateur . Pour établir
une ligne de pensée qui explique la formation de l'œuvre littéraire de Hilda Hilst, nous
avons utilisé trois manières de lecture : d'abord, nous avons procédé à lire la totalité de
la production littéraire des genres traditionnellement connu, comme la poésie, suivie
par les contes, les nouvelles , les romans et les pièces de théâtre. après, nous avons
choisi de ne lire ce que l'auteur considère prose et , dans une dernière lecture , nous
avons choisi comme critère l'ordre de publication de ses textes. Compte tenu de cette
méthodologie de lecture, il était évident que les livres de Hilst ont une dynamique
indépendante entre eux, cependant, il existe aussi un lien presque imperceptible qui
parcourt l'ensemble littéraire et qui guide le regard du lecteur par un chemin presque
irréversible: l'existence même de l'écrivaine, c‟est à dire que tous les chemins mènent
à Hilda. / O interesse pelo trabalho da escritora brasileira Hilda Hilst surge a partir da concepção
dos estudos iniciados ainda no mestrado quando analisamos dois dos mais
significativos livros de poemas da escritora – Júbilo Memória Noviciado da Paixão
(1977) e Poemas Malditos Gozosos e Devotos (1982) – sob a perspectiva da
relação estabelecida entre o sagrado e o erótico. A partir de então, tomando a obra de
Hilda Hilst como um todo que se complementava a si mesma, para a continuação de
nossa pesquisa no âmbito do doutorado, concebemos uma análise que aborda a
ficção hilstiana como um modelo de literatura autoficcional que, muito embora não
estabeleça um pacto autobiográfico como postula Lejeune (1975), revela muito da
autora narradora, rompendo, assim, os limites conceituais entre autoria e narrador.
Para o desenvolvimento metodológico de nossa pesquisa optamos por não
dissociarmos a concepção hilstiana de gêneros literários e não fizemos distinção entre
o texto poético e o texto em prosa. Consideramos aqui que toda a produção literária da
escritora trata-se de produção poética, inclusive os seus títulos em prosa. Assim,
durante todo o decorrer da análise, buscamos extrair passagens do trabalho literário
como um todo a fim de justificarmos nossa hipótese de que a literatura hilstiana é
autoficcional. Durante nossos estudos, percebemos uma peculiaridade na obra
hilstiana que nos chama a atenção e que será o fundamento principal para que
iniciemos nosso percurso investigativo: a literatura produzida por Hilda Hilst ao longo
de mais de quarenta anos compõe o que iremos chamar de corpo literário único; um
todo poético coeso e coerente que se complementa em sua inquietude e responde-se
a si mesmo num intenso fluxo metalinguístico ou metapoético, que se faz e se refaz,
sempre, tendo como elemento vivificador e criacional a própria existência da autora.
Nosso objetivo central, nessa pesquisa, é empreendermos uma leitura analítica da
obra hilstiana que nos conduza a uma compreensão mais profunda do que realmente
se constituiu a matéria-prima para a criação literária da escritora. Sendo assim, não há
também como escaparmos das armadilhas da biografia, uma vez que teremos de
recorrer, sempre que necessário for, aos episódios da existência real de Hilda para
compreendermos sua escrita. Essa prática se efetivará a partir da leitura das
entrevistas concedidas pela escritora ao longo da vida. De fato, o que guiará nosso
olhar mediante o trabalho de Hilst é a crença de que a autora amalgamou-se tão
intimamente aos seus escritos que, dessa maneira, transfigurou-se na sua poética
mesma. Sendo assim, o que tornaria a literatura de Hilda Hilst tão incomum
encontraria explicação no fato da autora ter se metamorfoseado na grande – e talvez
única – personagem de seus textos: ela mesma; configurando, assim, uma forma de
conversão poética, ideia esta que procuraremos defender no decorrer desta
investigação. Adentrar no universo literário hilstiano de alguma forma também é invadir
o seu espaço pessoal e, embora tenhamos plena convicção da ficcionalidade de seus
textos não há como não remetê-los meramente ao campo da criação literária e
desvincular a figura da autora do narrador. Para que pudéssemos traçar uma linha de
pensamento que tentasse dar conta da formação do trabalho literário de Hilda Hilst
nos utilizamos de três modos de leitura: Primeiramente, realizamos uma leitura de toda
a produção literária de acordo com os gêneros tradicionalmente conhecidos, como
poesia, em seguida, os contos, as novelas, os romances e por fim o teatro. Adiante,
optamos por ler apenas o que a autora considera como prosa e, numa ultima leitura,
optamos pelo critério de ordem de publicação. Diante dessa metodologia de leitura
ficou evidente que os livros de Hilst possuem uma dinâmica independente uns dos
outros, entretanto, em elo quase imperceptível atravessa todo o conjunto literário
direcionando o olhar do leitor e apontando para uma direção quase irreversível: a
própria existência da escritora. Ou seja, todos os caminhos levam a
Hilda.
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As cidades mutantes de Valêncio Xavier: espaço urbano e memória em "Minha mãe morrendo e o menino mentindo" e "Crimes à moda antiga"Silva, Rodrigo Vieira da 07 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-07 / Valêncio Xavier‟s literature stands out in particular by its experimentation in
composition. Using various discursive excerpts from the city, the author
elaborates a work in which the urban space and the memory figures as
centerpieces. Rescuing avant-garde elements and disrupting the conventional
mode of elaboration of the prose, Xavier uses techniques derived from various
artistic languages and techniques that permeate the modern urban
environment, such as montage, cutting and imbrications – resources exploited
by various languages, ranging from the movies to the press. His innovations in
the field of literature can be seen from the peculiar way of conceiving the
structure of his narrative: alternating written text and images, the author
elaborates scenarios in which the verbal text, in its different manifestations –
press, literature, advertising or even pornography – joins the photography,
illustrations, maps and other graphic resources within a montage process that is
unique in the history of Brazilian literature. This process is based, above all, in
an exercise of overlapping clippings, images and fragments from the most
varied instances of the modern city, which intertwine in the composition of his
narratives. A quick glimpse at his work is enough for us to realize that the way
chosen by the author to narrate his plots, by itself, already conveys a message,
an intentionality: the layout used by the author itself already carries a content.
Thus, through a bibliographical review followed by the hermeneutic analysis of
the latest Xavier‟s works, this research sougth to understand better both the
compositional method, arrangement mechanisms and functioning of the
montage made by Valêncio Xavier; and how his work is inserted in Brazilian
literature from the late 1980‟s until the early 2000‟s. In addition to this,
continuing the research on the representations of urban space in Xavier's work
(begun during our Masters degree, when we investigated the city as a character
and the metaphors associated with it in O mez da grippe) we try now, through
an extensive study of the last two works produced by the author right before his
death, to understand better the representations of urban space and its relation
to memory contained in the speeches that cross the modern city. By analyzing
the books Minha mãe morrendo e o Menino Mentido and Crimes à moda antiga
we seek to understand how, by exploring the power of meaning generation in
the speeches from the cities of the twentieth century (and the mnemonic charge
contained within it), Valêncio Xavier makes us reflect not only on city and
memory, but also, on time, materiality and finitude. / A literatura de Valêncio Xavier destaca-se, em especial, pelo experimentalismo
na sua composição. Fazendo uso dos mais variados recortes discursivos da
cidade, o autor elabora uma obra na qual o espaço urbano e a memória
figuram como peças centrais. Resgatando elementos vanguardistas e
rompendo com o modo convencional de elaboração da prosa, Xavier faz uso
de processos colhidos das mais diversas linguagens artísticas ou técnicas que
perpassam o ambiente urbano moderno, como a montagem, o recorte e a
sobreposição – recursos explorados por linguagens que vão do cinema à
imprensa. As suas inovações no campo da literatura podem ser vistas a partir
do modo peculiar de conceber a estrutura da narrativa, intercalando texto e
imagens o autor elabora enredos nos quais o texto verbal em suas variadas
manifestações – seja oriundo da imprensa, da literatura, da publicidade ou até
mesmo da pornografia – alia-se a fotografias, ilustrações, mapas e outros
recursos gráficos, num processo de montagem único em toda a história da
literatura brasileira. Essa montagem baseia-se, sobretudo, num exercício de
sobreposição de recortes, imagens e fragmentos advindos das mais variadas
instâncias da cidade moderna, que se entrelaçam na composição das
narrativas. Um vislumbre rápido sobre sua obra é o suficiente para que
percebamos que a forma escolhida pelo autor para narrar suas tramas, por si
só, já transmite uma mensagem, uma intencionalidade: a forma escolhida pelo
autor, em si, já carrega um conteúdo. Dessa maneira, por meio, de uma revisão
bibliográfica seguida da análise hermenêutica das últimas obras de Xavier, a
presente pesquisa buscou compreender melhor tanto o método compositivo e
os mecanismos de arranjo e funcionamento da montagem feita por Valêncio
Xavier, como de que forma sua obra se insere na literatura brasileira a partir do
final da década de 1980 até os primeiros anos da década de 2000. Além disso,
dando continuidade à pesquisa sobre as representações do espaço urbano na
literatura de Xavier (iniciada durante o mestrado, quando investigamos as
configurações da cidade enquanto personagem e as metáforas a ela
associadas em O mez da grippe), procuramos, agora, a partir de um estudo
extensivo das últimas duas obras produzidas pelo autor pouco antes de sua
morte, compreender melhor as representações do espaço urbano e sua relação
com a memória contida nos discursos que atravessam a cidade moderna.
Através da análise dos livros Minha mãe morrendo e o menino mentido e
Crimes à moda antiga percebemos de que forma, ao explorar o poder gerador
de sentido dos discursos das cidades do século XX (e a carga mnemônica
neles contida), Valêncio Xavier nos faz refletir não apenas sobre a cidade e a
memória, mas também sobre o tempo, a materialidade e a finitude.
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As escritas surdas como artefatos culturais mediadores de reflexões a respeito das crenças sobre a surdezMenezes, Ronny Diogenes de 25 October 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-10-25 / Las relaciones entre sordos y oyentes, generalmente, están impregnadas de prejuicios y
visiones estereotipadas y, a menudo, esas personas con sordera son invisibles en nuestra
sociedad, pues ser oyente es considerado con una posición superior a ser sordo. Tomando como
punto de partida la cuestión: ¿Cómo hacer visible la cultura sorda en la comunidad oyente? el
trabajo tuvo por objetivo identificar las creencias de 18 alumnos, oyentes, de la Enseñanza
Media, proponiendo medios para que, a través de las Escrituras Sordas, ellas pudieran ser
(re)pensadas. Para ello, realizamos un estudio de caso en un campus del Instituto Federal de
Pernambuco, en el año 2016. A partir de un análisis preliminar del contexto, se produjo y
aplicó una secuencia didáctica que permitiría a los alumnos reflexionar sobre la cultura y la
identidad sorda. Los datos, obtenidos por medio de cuestionarios y diario de a bordo, fueron
analizados buscando percibir cuáles son las creencias de los alumnos participantes antes,
durante y después de la experiencia. Realizada esta etapa, a partir de todos los datos generados
y analizados en nuestro trabajo, producimos una guía de orientaciones metodológicas para la
enseñanza de las Escrituras Sordas. Toda esta investigación se basó en la concepción no de una
literatura enyesada y vinculada a períodos o estéticas, sino a una noción de escrituras como
más amplia, englobando varias producciones, pudiendo ser impresas, en video, a través de las
artes plásticas, entre otras. En ese contexto, forjamos el concepto de Escrituras Sordas, que
puede transmitir las vivencias de una comunidad y surge en la posición de resistencia frente a
la dominación oyente. Esta investigación, afiliada a la Lingüística Aplicada (in)disciplinaria, se
basó en la perspectiva sociocultural y en la pedagogía de las multiliteracidades. Con la
conclusión de los trabajos, fue posible percibir que es necesario que haya un proceso de
formación para que los profesores de lengua portuguesa puedan utilizar las Escrituras Sordas,
además, concluimos que el contacto con ellas debe iniciarse, en la escuela, lo más temprano
posible. / As relações entre surdos e ouvintes, geralmente, são permeadas por preconceitos e visões
estereotipadas e, por conta disso, muitas vezes, essas pessoas com surdez são invisíveis em
nossa sociedade, pois ser ouvinte é considerado com uma posição superior a ser surdo.
Tomando como ponto de partida a questão: Como fazer visível a cultura surda na comunidade
ouvinte? esse trabalho teve por objetivo identificar as crenças de 18 alunos, ouvintes, do
Ensino Médio, propondo meios para que, através das Escritas Surdas, elas pudessem ser
(re)pensadas. Para isso, realizamos um estudo de caso em um campus do Instituto Federal de
Pernambuco, no ano de 2016. A partir de uma análise preliminar do contexto, foi produzida e
aplicada uma sequência didática que possibilitasse aos alunos refletir sobre a cultura e a
identidade surda. Os dados, obtidos por meio de questionários e diário de bordo, foram
analisados buscando perceber quais as crenças dos alunos participantes antes, durante e depois
da experiência. Realizada essa etapa, e a partir de todos os dados gerados e analisados em
nosso trabalho, produzimos um guia de orientações metodológicas para o ensino das Escritas
Surdas. Toda essa investigação se baseou na concepção não de uma literatura engessada e
atrelada a períodos ou às estéticas, e sim, a uma noção de escritas como mais abrangente,
englobando várias produções, podendo ser impressas, em vídeo, através das artes plásticas,
dentre outras. Nesse contexto, forjamos o conceito de Escritas Surdas, que pode transmitir as
vivências de uma comunidade e surge na posição de resistência frente à dominação ouvinte.
Esta pesquisa, filiada à Linguística Aplicada (in)disciplinar, se pautou na perspectiva
sociocultural e na pedagogia dos multiletramentos. Com a conclusão dos trabalhos, foi possível
perceber que é necessário que haja um processo de formação para que os professores de língua
portuguesa possam utilizar as Escritas Surdas, além disso, concluímos que o contato com elas
deve se iniciar, na escola, o mais cedo possível.
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IMINÊNCIAS POÉTICAS: MANOEL DE BARROS E ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO POR UMA POÉTICA DA RECOMPOSIÇÃO DE INUTILIDADES E DO ACRIANÇAMENTO. / Poetic Eminences: Manoel de Barros and Arthur Bispo do Rosário - by the poetic recovery of the useless and childlike.Fernandes, Janice Aparecida de Azevedo 17 March 2015 (has links)
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JANICE APARECIDA DE AZEVEDO FERNANDES.pdf: 6342199 bytes, checksum: f3fe80dbc4e863fb8f88ce44f31e6d25 (MD5)
Previous issue date: 2015-03-17 / This research aimed to study post-modern artistic phenomenas, such as poetry
made based on what would be dismissed as non-poetic or as consensual garbage.
The proposal of the thematic is characterized as an exploratory bibliographic and
phenomenological research, understanding on how the reframed resources used, the
re-semanticizing given to the words and objects and the observation of a poetic self
about such raw materials have certain linguistic, literary and poetic similarity. The
research is justified by its degree of support for being a source for new researches on
the subject which is now built. The authors analyzed for the study of this research
were Manoel de Barros and Arthur Bispo do Rosário, the first, a poet and the second
one an artist. The results found point to the fact that in both studied objects, it was
observed the construction of their poetic linguistics for the deconstruction of art as a
classic element and also of the ressignification that authors worked with, such as
words and raw material throughout the re-composition of what is to be useless. It
was able to point out how scientific contribution, the perception that although there
are similarities between the studied authors, one has to consider what make them
distant of each other, in this case, it´s their existential condition. Manoel de Barros
simulated a poetic self totally childish that dazzles in front of the semantic
possibilities of a word and it creates its own language, its Manoelês , marked by
arquissemas . Poet that denatures the Pantanal, throughout poetic recomposition of
the useless, creates a work in which language is the great theme , the great
character . Arthur Bispo do Rosário was a schizophrenic on the sidelines of
consumerism, invent the world on behalf of God, from a psychotic episode sending
him to his own Divine Being. Theopoetics is the support of his work, a cataloged work
as the world´s inventor. The research, " Poetic Eminences: Manoel de Barros and
Arthur Bispo do Rosário - by the poetic recovery of the useless and childlike" was
made possible by the financial support of the Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Goiás (FAPEG). / A pesquisa, Iminências poéticas: Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário por
uma poética da recomposição de inutilidades e do acriançamento viabilizada com o
apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG),
desenvolveu-se a partir da observação sobre fenômenos artísticos da pósmodernidade,
como o caso de poéticas construídas a partir do que seria descartado
como apoético ou como lixo. Assim, a presente proposta caracteriza-se como
pesquisa exploratória de caráter bibliográfico e fenomenológico. Os autores que
formam o corpus da pesquisa são Manoel de Barros e Arthur Bispo do Rosário, o
primeiro poeta e o segundo, artista plástico. Em ambos, observou-se a construção
de suas poéticas por um viés de desconstrução da arte como elemento clássico e
também da ressignificação que os autores operaram em palavras e matéria-prima
pela via da recomposição de inutilidades. Embora haja similaridades entre os
autores pesquisados, há de se considerar também o que os distancia, nesse caso,
sua condição existencial. Manoel de Barros simulou um eu poético totalmente
acriançado que se deslumbra frente às possibilidades semânticas de uma palavra e
para isso cria seu próprio idioma, seu manoelês, marcado por arquissemas. Poeta
pantaneiro que desnaturaliza o Pantanal, por meio da poética de recomposição de
inutilidades, cria uma obra em que a linguagem é o grande tema, a grande
personagem. Arthur Bispo do Rosário, esquizofrênico, à margem da sociedade de
consumo, inventaria o mundo, a mando de Deus, a partir de um surto psicótico, para
entregá-lo ao próprio Ser Divino. A Teopoética é a sustentação de sua obra, uma
obra catalogada como um inventário do mundo.
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