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A imprensa do Recife na crise dos anos 1920: a repercussão do levante tenentista no Jornal do Commercio e na Tribuna ReligiosaALFINO, Luiz Carlos dos Prazeres Serpa 27 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-27 / Os primeiros anos da década de 1920 foram determinantes na vida da sociedade brasileira,
constituída nos moldes das oligarquias hegemônicas, sob o domínio da economia cafeeira
desde os idos do Império. Esse período marcado por intensas movimentações de ordem
política e social, investidas de sentimentos nacionalistas e de diversas correntes de
pensamento e de concepções ideológicas, acarretará, no seio da sociedade civil, muitos
protestos contra o status quo vigente. Neles se concentraram quatro acontecimentos de forte
ordem simbólica: a Semana de Arte Moderna, a fundação do Partido Comunista Brasileiro, a
fundação do Centro Dom Vital vinculado à revista A Ordem, de origem católica, e a explosão
da Revolução Política Tenentista. As rebeliões tenentistas apontam a inflação e o
desequilíbrio orçamentário como os grandes males sociais, assim como a fraude e as
desigualdades regionais, produzindo uma inflexão na vida política brasileira, e suscitando, em
alguns setores militares, a esperança de uma ‘possível’ alteração do poder que se concentrava
nas oligarquias. A intensa atividade jornalística em Pernambuco possibilitou a existência de
uma grande rede de jornais, dentre os quais se destacam o Jornal do Commercio e A Tribuna
Religiosa. O primeiro atuou como imprensa oficial do Estado de Pernambuco, de setembro de
1920 a março de 1924. O segundo foi o principal jornal católico do Estado e, a partir de
fevereiro de 1907, passa a ser um órgão da Diocese de Olinda, tonando-se a imprensa oficial
da Igreja Católica em Pernambuco, a voz do Vaticano. É a partir da apreciação dos
respectivos jornais que se tem como objetivo analisar as repercussões do Levante Tenentista,
ocorrido em julho de 1922, utilizando-se como procedimentos metodológicos a Análise do
Discurso vinculado à produção dos sentidos, e a Análise de Conteúdo, quando os citados
jornais encontravam-se credenciados pelo Estado e pela Igreja Católica como imprensa
oficial, tendo na atuação de seus intelectuais, as contribuições para os critérios de construção
da notícia, divulgando em seus editoriais e noticiários os acontecimentos que expressavam as
transformações ocorridas na estrutura da sociedade e os meios de sua transmissão, sob o
respaldo de um discurso institucional.
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