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Emergência auto-organizada sensório-motora/afetiva do tempo neurofenomenológico / Self-organized sensorimotor/affective emergence of neurophenomenological time

Jesus, Johnny Marques de [UNESP] 02 February 2018 (has links)
Submitted by JOHNNY MARQUES DE JESUS null (johmaje@gmail.com) on 2018-04-09T02:47:38Z No. of bitstreams: 1 Texto de Defesa (Versão final para encadernação).pdf: 723363 bytes, checksum: 6192f37e9e645d08a9a466ffd66aea46 (MD5) / Approved for entry into archive by Satie Tagara (satie@marilia.unesp.br) on 2018-04-09T17:22:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1 jesus_jm_me_mar.pdf: 723363 bytes, checksum: 6192f37e9e645d08a9a466ffd66aea46 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-09T17:22:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 jesus_jm_me_mar.pdf: 723363 bytes, checksum: 6192f37e9e645d08a9a466ffd66aea46 (MD5) Previous issue date: 2018-02-02 / Não recebi financiamento / Neste trabalho iremos avaliar a natureza e implicações da tese de que o tempo fenomenológico é um fenômeno emergente/auto-organizado neural, corporificado, ativo e situado. A idéia aqui é analisar qual tipo de compreensão do tempo fenomenológico é possível elaborar mediante uma perspectiva neural/corporificada/pragmática/situada (abreviando: NCPS). O que significa conceber a hipótese de que o tempo vivido subjetivamente é uma estrutura dinâmicocomplexa que emerge da, e contribui com a regulação da, auto-organização do sistema temporal global do corpo pragmático e situado? Quais as linhas teóricas fundamentais que podem ser delineadas e investigadas para que tal hipótese possa ser desenvolvida e quais linhas de argumentação probatória podem fornecer fundamentação, verificação e justificação de tal hipótese? Com o objetivo de aplainar o terreno desta investigação, propomos partir de um paradigma histórico-filosófico fornecido pelo modelo de Guyau acerca do tempo psicológico, para posteriormente correlacioná-lo com modelos filosóficos/psicológicos/neurológicos do processamento/vivência temporal, com modelos contemporaneamente propostos acerca da corporificação situada/pragmática do tempo vivido e com modelos contemporâneos acerca da cognição, emoção, ação e mente que, embora não diretamente focados na modelagem do tempo vivido, são relevantes para o nosso caso. Nesse contexto, propusemos de início 6 proposições como eixo de coordenadas conceituais para nossas argumentações: (1) a temporalidade afetiva está estruturalmente articulada à temporalidade sensório-motora; (2) da dinâmica espaço-temporal afetivo-motora emerge o tempo neurofenomenológico; (3) ao nível neural, a emergência do tempo neurofenomenológico no, e enquanto regulador do, espaço de trabalho global (espaço de integração informacional Φ (TONONI 2008)) implica que ele não só recebe inputs dos, mas também exerce ações causais circulares descendentes (top-down) e paralelas sobre, os mecanismos neurais das temporalidades afetivo-sensorimotoras mais básicas, contribuindo para redução do espaço probabilístico de incertezas das trajetórias do corpo ativo no mundo, ao contribuir com a construção e regulação de padrões espaço-temporais afetivo-motores mais complexos dos que os fornecidos em processamentos subconscientes; (4) quando o animal está processando informações temporais no ambiente, ele só pode fazer isso se processar informações temporais auto-relacionadas e autoespecificadoras, que indicam, regulam e constituem a existência individual do corpo em oposição e complementariedade à existência de individualidades e eventos externos, sendo que (4.1) tal individualidade corporal não é dada isoladamente, mas sim é uma constituição espaço-temporal operada no interior da dinâmica do sistema ecológico animal-ambiente; (5) a identidade corporal proto-narrativa é auto-especificada e auto-produzida nas sínteses passivas temporais contínuas de estados afetivos processados/vivenciados na microescala de integração temporal emocional (na microescala episódica temporal proposta por Lewis (2000)); (5.1) mas esta proto-narrativa envolve também processamentos/vivências proprioceptivos/cinestésicos auto-relacionados e autoespecificadores, portanto, a auto-individuação espaciotemporal corporal é um processo de integração temporal auto-relacionada e auto-especificadora gerado em sínteses diacrônicas de estados sucessivos afetivos/proprioceptivos/cinestésicos; (6) o tempo pragmático primordial é uma dinâmica auto-organizada baseada numa causalidade circular entre uma intencionalidade afetivomotora do tempo (no sentido fenomenológico da direcionalidade ou referência à exterioridade) e uma forma de síntese auto-referencial de estados corporais espaço-temporais constituindo uma identidade anoética primordial. / In this work we will to evaluate the nature and implications of the thesis that phenomenolgical time is a emergent/self-organizing neural, embodied, active and situated phenomena. The idea here is to analyse what understanding of phenomenological time comes out from a possible neural/embodied/active/situated (for short, NEAS) perspective. What does it mean to conceive the hypothesis that subjectively lived time is a dynamic-complex structure that emerges from and contributes to the regulation of the self-organization of the global temporal system of the pragmatic and situated body? What are the fundamental theoretical lines that can be delineated and investigated so to make possible such hypothesis and which lines of argumentation can provide substantiation, verification and justification of such hypothesis? In order to prepare the terrain of this research, we propose a historical-philosophical paradigm provided by Guyau's model of psychological time, and later to correlate it with philosophical/psychological/neurological models of temporal processing/experiencing, with contemporaneous models about the situated/pragmatic embodiment of lived time and with contemporary models about cognition, emotion, action, and mind that, while not directly focused on the modeling of lived time, are relevant to our case. In this context, we first propose 6 propositions as the axis of conceptual coordinates for our arguments: (1) The affective temporality is structurally articulated with sensorimotor temporality; (2) from the primordial affective-motor temporal structures emerges neurophenomenological time; (3) the emergence of neurophenomenological time from, and as regulator of, the global workspace dynamics (space of informational integration Φ) implies that it exerts top-down and lateral constrains on the more basic affective-sensorimotor temporalities, contributing to the uncertainty reduction in the trajectory of active-body-in-the-world, through its contribution to the formation of more complex affective-motor patterns; (4) When the animal is processing temporal information in the environment, it can only do that if it process self-related temporal information, or proprioespecific temporal information indicating the individual existence of itself as opposed to the existence of external individuals and events. (4.1) Such bodily individuality is not given in egoic isolation, but is also a spatiotemporal constitution operated by the dynamics of the animalenvironment system; (5) A proto-narrative me-ness or ipseity is produced in the continuous temporal passive synthesis of bodily affective states at lower scale of temporal integration (the episodic time scale proposed by Lewis (2000)); (5.1) But this proto-narrative also involves proprioceptive/kineasthetic relf-related processing. Then bodily spatiotemporal self-individuation is a process of self-related temporal integration by synthesis of sucessive affective/proprioceptive/kinaesthetic states; (6) The primordial pragmatic time is a dynamics based on a circular causality between an affective-motor intentionality of time (in the phenomenological sense of referential directionality) and a form of self-referential synthesis of spatiotemporal bodily states constituting a primordial anoetic me-ness.

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