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A palavra cantada em comunidades-terreiro de origem Iorubá no Brasil: da melodia ao sistema tonal / The word sung in Yoruba origin communities in Brazil: of melody to the tonal systemNogueira, Sidnei Barreto 05 January 2009 (has links)
O presente trabalho procura analisar a relação melodia-tom no interior do canto de origem africana nas comunidades-terreiro de candomblé Queto. O caráter estável da palavra cantada conduziu-nos às análises de textos com música. Para a implementação das investigações foram selecionados dez cantos nagôs gravados sem acompanhamento de instrumentos pelo próprio povo do santo e um canto iorubá gravado por um iorubá nativo de Abeokutá. Os cantos foram organizados em tessituras (partituras simplificadas) divididas em versos com vistas à visualização simultânea do canto com a letra; para cada verso do canto, fez-se, com a utilização do programa WinPitchPro, um sonograma com a curva de pitch, espectrograma e medidas de Fo. Inicialmente, por meio de uma primeira comparação entre canto e fala iorubá, observou-se, na relação entre pitch melódico e tom fonológico, que estávamos diante de três possibilidades: (i) ignorar os tons fonológicos e o significado das palavras e utilizar as variações de pitch exclusivamente para marcar a melodia, o que preservaria a musicalidade, mas reduziria a inteligibilidade lírica; (ii) preservar as variações regulares de pitch relacionados aos tons lexicais, ignorando a musicalidade, sacrificando a musicalidade pela inteligibilidade; (iii) tentar manter, mesmo que parcialmente, os contrastes de pitches lexicais sem restringir excessivamente as regras melódicas de Fo. Para o desenvolvimento do nosso trabalho, acatamos, principalmente, a terceira hipótese. Tanto no cotejo da fala e canto iorubá quanto no confronto iorubá/nagô, foi possível identificar a imanência dos supra-segmentos da língua africana. A realização dos tons por meio dos pitches melódicos apresentou a reprodução de fenômenos universais como downdrift, downstep e processos recíprocos de assimilação e propagação. As análises evidenciam a manutenção parcial dos tons lexicais da língua iorubá na palavra sagrada nagô, confirmando o caráter estável de uma palavra condicionado por elementos lingüísticos e extralingüísticos. / This work aims at analyzing the melody-tone relationship in African origin chants in Queto houses of candomble. The stable character of the sung word has led to the analysis of musical texts. In order to implement investigations ten Nago chants have been selected. They have been recorded without instruments by the people of Saint themselves and an Yoruba chant was recorded by a native Yoruba speaker from Abeokuta. Chants have been organized in tessitures (simplified partitures) divided in verses aiming at the simultaneous visualization of the singing and lyrics; one has made, for each chant verse, with the use of the WinPitchPro program, a sonogram with the pitch wave, spectrogram and Fo measures. By comparing the chant and Yoruba speech one has initially observed three possibilities between melody pitch and phonological tone: (i) to ignore phonological tones and the meaning of words and use pitch variations to exclusively designate the melody, which would preserve musicality but would reduce the lyrical intelligibility; (ii) to preserve the regular pitch variations related to lexical tones ignoring musicality and sacrificing musicality in order to achieve intelligibility; (iii) to try to keep, even partially, the contrasts of lexical pitches without excessively restricting Fo melodical rules. In order to develop this work one has mainly followed the third hypothesis. In the analysis of both the Yoruba speech and chants and in the confrontation of Yoruba/Nago, it has been possible to identify the stableness of supra-segments of the African language. The achievement of tones by the use of melody pitches has presented the reproduction of universal phenomena such as downdrift, downstep and reciprocal processes of assimilation and spread. The analyses show the partial maintenance of the lexical tones in the sacred Nago word confirming the stable character of a word conditioned by linguistic and extra linguistic elements.
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África Banta na região diamantina: uma proposta de análise etimológica / Bantu Africa in the diamond-mining region: a proposal for etymological studySimões, Everton Machado 10 March 2014 (has links)
Este trabalho constitui uma pesquisa sobre o léxico de origem africana presente em falares da região diamantina de Minas Gerais. Estão aqui reunidos os léxicos de diferentes pesquisas sobre a região, além dos resultados recentes de nossa investigação, realizada em quatro comunidades remanescentes de quilombo: Ausente e Baú, no distrito de Milho Verde, Serro; Espinho, no município de Gouveia; e, Quartel do Indaiá, no distrito de São João da Chapada, Diamantina. O objetivo principal deste estudo é apresentar uma investigação etimológica dos itens lexicais coletados, procurando fazer um estudo histórico e linguístico da realidade observada. A partir de orientações para o trabalho etimológico de Viaro (2011), procuramos consultar as fontes de registro mais antigas de línguas africanas que pudessem estar relacionadas ao léxico da região. Esses registros são constituídos, principalmente, de dicionários de línguas africanas e alguns estudos históricos e linguísticos sobre as comunidades mineiras investigadas. O estudo realizado permite afirmar que o sistema de escravidão na região diamantina, o tráfico mais recente partindo do porto de Benguela e a proximidade lexical das línguas do grupo banto preservaram por um período uma língua africana de características bantas. Não se pode identificar com certeza qual seria essa língua, apesar da presença de um grande número de itens lexicais do umbundo. É mais prudente propor que se trate de um caso de convergência de um falar veicular do grupo R com as línguas do grupo H, presentes na região. / This is a study of lexical items from African speeches (falares africanos) in the diamond-mining region of Minas Gerais, Brazil. We collected the lexical items from different researches in the area, complementing them with results from our investigative research in four maroon-descendent communities: Ausente and Baú, district of Milho Verde, Serro; Espinho, Gouveia; and, Quartel do Indaiá, district of São João da Chapada, Diamantina. Our main objective is to present an etymological investigation of the items collected, based on a historical and linguistic study. Based on Viaro (2011), we consulted the oldest registers of African languages that could be related to the lexical items found in the region. These registers are constituted mostly by African languages dictionaries, besides some historical and linguistic studies of the African-Brazilian communities from Minas Gerais. Our study indicates that the slavery system of the diamond region, the late traffic departing from Benguela seaport and the lexical proximity of Bantu languages, favored the preservation during a certain period of time of an African language of Bantu characteristics. It is not possible to identify precisely which language it was, but we could identify a great lexical contribution from umbundo (R10). It is reasonable to propose that there was a case of linguistic convergence of a vehicular language from the R group with languages from the H group, both present in the region.
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África Banta na região diamantina: uma proposta de análise etimológica / Bantu Africa in the diamond-mining region: a proposal for etymological studyEverton Machado Simões 10 March 2014 (has links)
Este trabalho constitui uma pesquisa sobre o léxico de origem africana presente em falares da região diamantina de Minas Gerais. Estão aqui reunidos os léxicos de diferentes pesquisas sobre a região, além dos resultados recentes de nossa investigação, realizada em quatro comunidades remanescentes de quilombo: Ausente e Baú, no distrito de Milho Verde, Serro; Espinho, no município de Gouveia; e, Quartel do Indaiá, no distrito de São João da Chapada, Diamantina. O objetivo principal deste estudo é apresentar uma investigação etimológica dos itens lexicais coletados, procurando fazer um estudo histórico e linguístico da realidade observada. A partir de orientações para o trabalho etimológico de Viaro (2011), procuramos consultar as fontes de registro mais antigas de línguas africanas que pudessem estar relacionadas ao léxico da região. Esses registros são constituídos, principalmente, de dicionários de línguas africanas e alguns estudos históricos e linguísticos sobre as comunidades mineiras investigadas. O estudo realizado permite afirmar que o sistema de escravidão na região diamantina, o tráfico mais recente partindo do porto de Benguela e a proximidade lexical das línguas do grupo banto preservaram por um período uma língua africana de características bantas. Não se pode identificar com certeza qual seria essa língua, apesar da presença de um grande número de itens lexicais do umbundo. É mais prudente propor que se trate de um caso de convergência de um falar veicular do grupo R com as línguas do grupo H, presentes na região. / This is a study of lexical items from African speeches (falares africanos) in the diamond-mining region of Minas Gerais, Brazil. We collected the lexical items from different researches in the area, complementing them with results from our investigative research in four maroon-descendent communities: Ausente and Baú, district of Milho Verde, Serro; Espinho, Gouveia; and, Quartel do Indaiá, district of São João da Chapada, Diamantina. Our main objective is to present an etymological investigation of the items collected, based on a historical and linguistic study. Based on Viaro (2011), we consulted the oldest registers of African languages that could be related to the lexical items found in the region. These registers are constituted mostly by African languages dictionaries, besides some historical and linguistic studies of the African-Brazilian communities from Minas Gerais. Our study indicates that the slavery system of the diamond region, the late traffic departing from Benguela seaport and the lexical proximity of Bantu languages, favored the preservation during a certain period of time of an African language of Bantu characteristics. It is not possible to identify precisely which language it was, but we could identify a great lexical contribution from umbundo (R10). It is reasonable to propose that there was a case of linguistic convergence of a vehicular language from the R group with languages from the H group, both present in the region.
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A palavra cantada em comunidades-terreiro de origem Iorubá no Brasil: da melodia ao sistema tonal / The word sung in Yoruba origin communities in Brazil: of melody to the tonal systemSidnei Barreto Nogueira 05 January 2009 (has links)
O presente trabalho procura analisar a relação melodia-tom no interior do canto de origem africana nas comunidades-terreiro de candomblé Queto. O caráter estável da palavra cantada conduziu-nos às análises de textos com música. Para a implementação das investigações foram selecionados dez cantos nagôs gravados sem acompanhamento de instrumentos pelo próprio povo do santo e um canto iorubá gravado por um iorubá nativo de Abeokutá. Os cantos foram organizados em tessituras (partituras simplificadas) divididas em versos com vistas à visualização simultânea do canto com a letra; para cada verso do canto, fez-se, com a utilização do programa WinPitchPro, um sonograma com a curva de pitch, espectrograma e medidas de Fo. Inicialmente, por meio de uma primeira comparação entre canto e fala iorubá, observou-se, na relação entre pitch melódico e tom fonológico, que estávamos diante de três possibilidades: (i) ignorar os tons fonológicos e o significado das palavras e utilizar as variações de pitch exclusivamente para marcar a melodia, o que preservaria a musicalidade, mas reduziria a inteligibilidade lírica; (ii) preservar as variações regulares de pitch relacionados aos tons lexicais, ignorando a musicalidade, sacrificando a musicalidade pela inteligibilidade; (iii) tentar manter, mesmo que parcialmente, os contrastes de pitches lexicais sem restringir excessivamente as regras melódicas de Fo. Para o desenvolvimento do nosso trabalho, acatamos, principalmente, a terceira hipótese. Tanto no cotejo da fala e canto iorubá quanto no confronto iorubá/nagô, foi possível identificar a imanência dos supra-segmentos da língua africana. A realização dos tons por meio dos pitches melódicos apresentou a reprodução de fenômenos universais como downdrift, downstep e processos recíprocos de assimilação e propagação. As análises evidenciam a manutenção parcial dos tons lexicais da língua iorubá na palavra sagrada nagô, confirmando o caráter estável de uma palavra condicionado por elementos lingüísticos e extralingüísticos. / This work aims at analyzing the melody-tone relationship in African origin chants in Queto houses of candomble. The stable character of the sung word has led to the analysis of musical texts. In order to implement investigations ten Nago chants have been selected. They have been recorded without instruments by the people of Saint themselves and an Yoruba chant was recorded by a native Yoruba speaker from Abeokuta. Chants have been organized in tessitures (simplified partitures) divided in verses aiming at the simultaneous visualization of the singing and lyrics; one has made, for each chant verse, with the use of the WinPitchPro program, a sonogram with the pitch wave, spectrogram and Fo measures. By comparing the chant and Yoruba speech one has initially observed three possibilities between melody pitch and phonological tone: (i) to ignore phonological tones and the meaning of words and use pitch variations to exclusively designate the melody, which would preserve musicality but would reduce the lyrical intelligibility; (ii) to preserve the regular pitch variations related to lexical tones ignoring musicality and sacrificing musicality in order to achieve intelligibility; (iii) to try to keep, even partially, the contrasts of lexical pitches without excessively restricting Fo melodical rules. In order to develop this work one has mainly followed the third hypothesis. In the analysis of both the Yoruba speech and chants and in the confrontation of Yoruba/Nago, it has been possible to identify the stableness of supra-segments of the African language. The achievement of tones by the use of melody pitches has presented the reproduction of universal phenomena such as downdrift, downstep and reciprocal processes of assimilation and spread. The analyses show the partial maintenance of the lexical tones in the sacred Nago word confirming the stable character of a word conditioned by linguistic and extra linguistic elements.
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