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Um rio entre duas mundividências : leituras do espaço em "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto /

Daverni, Rodrigo Ferreira. January 2011 (has links)
Orientador: Sidney Barbosa / Coorientador: Ozíris Borges Filho / Banca: Tania Celestino de Macedo / Banca: Maria Lúcia Outeiro Fernandes / Resumo: O romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do autor moçambicano Antonio Emílio Leite Couto, comumente conhecido como Mia Couto, evidencia, por meio de uma ficção, uma proposta de revitalização, pela via do literário, da sociedade moçambicana. Nessa perspectiva, sua poética repousa em uma relação dialética que se funda, sobretudo, entre a permanência (representada ou registrada pela existência do bairro rural denominado Luar-do-Chão) e a ausência (cidade, espaço da narrativa dedicado ao desenvolvimento, progresso e conforto, mas também o da perda da memória tribal, dos sentimentos, etc.), ambas demarcadas pela espacialidade. O presente trabalho tem por finalidade demonstrar como algumas temáticas comuns às literaturas africanas aparecem representadas na espacialidade do universo diegético miacoutiano. Isso acontece sobretudo no que toca ao espaço da convivência das diferenças culturais, colaborando dessa maneira com uma melhor compreensão teórica desse importante aspecto essencial de toda narrativa ficcional. Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, o personagem Marianinho, protagonista e narrador da história, após anos estudando na cidade (moderna), retorna à sua ilha de origem, Luar-do-Chão (religiosa e mítica), por ocasião da morte de seu avô Dito Mariano, o patriarca da família. Ao sabor de um romance policial, muitas peripécias serão desveladas na trajetória de todos os personagens, configurando uma narrativa que prende a atenção do leitor de maneira marcante. A viagem empreendida por Mariano, quando deixa a cidade em que fora estudar as Letras para regressar à ilha de Luar-do-Chão, não diz respeito apenas a uma mudança de espaço geográfico, mas implica também numa mudança de sua condição humana e cultural e de sua visão... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The novel Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), written by the Mozambican author Antonio Emílio Leite Couto, commonly known as Mia Couto, evidences through a fiction a revitalization proposal, through literary way, of Mozambican society. In this perspective its poetic rests in a dialetic relation that founds itself specially between the permanence (represented or registered by the rural neighborhood called Luar-do-Chão existence) and the absence (city, narrative space dedicated to the development, progress and comfort, but also the space of the tribal space loss, of the feelings loss, etc.), both flagged by spatiality. This report aims to show how some themes common to African literatures appear represented in the spatiality of Mia Couto's diegetic universe. This happens specially with regard to the cultural differences companionship space, collaborating this way with the better theoretical comprehension of this important essential aspect of all fictional narrative. In Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, the character Marianinho, the story protagonist and narrator, after years studying at the city (modern), returns to his birthplace island, Luar-do-Chão (religious and mystic), on the occasion of his grandfather's death, Dito Mariano, the family's patriarch. Tasting like a police novel many incidents will be uncovered on the all character's trajectory, configuring a narrative that holds the reader's attention in a remarkable way. The trip endeavor by Mariano, when he lefts the city in which he went to study the Arts to regress to the island Luar-do-Chão, does not concern only to a geographic space changing, but also implicates a changing in his human and cultural condition and worldview. It is what the city (capitalist, urban and progressive) had transformed him into. To the voyager hero... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre

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