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Incidência e fatores associados à contenção física em pacientes agitados e/ou agressivos em emergências psiquiátricas / Incidence and factors associated with physical restraint in agitated and/or aggressive patients in psychiatric emergenciesMarcelo Nobre Migon 14 May 2007 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os pacientes agressivos e/ou agitados correspondem a 10% de todas as internações em emergências psiquiátricas. Dependendo do grau de agitação, esses pacientes representam um risco para a integridade física, tanto para os profissionais que ali estão como para si mesmos. Dentre as alternativas para lidar com esses casos está a contenção física. Ainda que amplamente utilizada, seu uso é controverso e proibido em alguns países. No Brasil inexistem protocolos orientando o seu uso. O objetivo deste estudo foi conhecer a freqüência e os fatores associados a esta prática através de uma revisão sistemática e de um estudo em emergências
psiquiátricas do município do Rio de Janeiro. A revisão identificou apenas quatro estudos, sendo três nos EUA e um na Índia. A freqüência de contenção em pacientes agitados e/ou agressivos nos serviços de emergência psiquiátrica variou
de 14% até 59%. Os desenhos adotados, assim como as análises estatísticas, mostraram fragilidades para a investigação dos fatores explicativos para o uso de contenção física. O estudo nas emergências psiquiátricas do Rio de Janeiro lançou mão de informações sobre o uso de contenção física entre 298 pacientes participantes de um ensaio clínico comparando dois medicamentos para lidar com quadros de agitação psicomotora e comportamento agressivo nesses serviços. As variáveis investigadas foram aquelas coletadas antes da entrada do paciente no ensaio clínico. Portanto, variáveis que antecederam a decisão do médico conter o
paciente. A análise dos dados fez uso do método Bayesiano. As prioris dos parâmetros utilizadas no modelo de regressão binária foram obtidas de um outro ensaio clínico, conduzido em uma das três emergências envolvidas no presente estudo. A freqüência no emprego da contenção física foi 24,5%, sem diferença entre os três hospitais. O estudo mostrou ainda que pacientes mais jovens, com quadros mais intensos, com suspeita diagnóstica de entrada de abuso de substâncias e que foram atendidos na parte da manhã apresentaram maior chance de serem fisicamente contidos. O presente trabalho aponta para a necessidade de conduzir estudos especificamente desenhados para avaliar a freqüência e os fatores associados com o uso de contenção física, os quais deverão subsidiar o desenvolvimento de protocolos sobre o uso desta prática em nosso meio. / Agressive and/or agitated patients corresponds to 10% of all patients in psychiatric emergencies. Depending on the severity of the agitation, these patients represent a great risk not only for their physical integrity, but also for professionals. Use of restraints is one among several ways of dealing with these cases. Although it is largely used, its indication is not so clear and some countries not even allow such practice. In Brazil we dont have any protocol for this practice. The objective of this
study is to learn about the frequency and the factors associated with this practice by doing a systematic review and a study in some emergency rooms in Rio de Janeiro. The systematic review identified only four studies, three from the United States and one conducted in India. The frequency of restraints in psychiatric emergency rooms went from 14% to 59% for aggressive/agitated patients. The studies considered in our systematic review were not conducted with the same purpose as ours and the statistical analyses were not appropriated for identifying associations. The study in
the psychiatric emergencies in Rio de Janeiro showed provided information on the use of physical restraints among 298 participant patients of a randomized clinical trial comparing two different drugs to deal with cases of psicomotor agitation and aggressive behavior in these services. The analyzed variables were those collected before the entrance of the patient in the clinical trial. This was done to guarantee that
variables preceded the doctors decision to contain or not the patient. The analysis of the data made use of the Bayesian method. The prioris of the parameters used in the model of binary regression came from a similar study conducted in one of the three involved emergencies of the present study. The frequency in the use of the physical restraints was 24.5%, without difference between the three hospitals. The study also showed that younger patients, with more intense agitation, with suspicious initial diagnosis of abuse of substances and that they had been admitted in the morning
presented a greater probability of being physically restrained. The present study points out the necessity to carry out other investigations specifically designed to evaluate the frequency and the factors associated with the use of physical restraint,
aiming to subsidize the development of protocols on the use of physical restraints in our services.
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Incidência e fatores associados à contenção física em pacientes agitados e/ou agressivos em emergências psiquiátricas / Incidence and factors associated with physical restraint in agitated and/or aggressive patients in psychiatric emergenciesMarcelo Nobre Migon 14 May 2007 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os pacientes agressivos e/ou agitados correspondem a 10% de todas as internações em emergências psiquiátricas. Dependendo do grau de agitação, esses pacientes representam um risco para a integridade física, tanto para os profissionais que ali estão como para si mesmos. Dentre as alternativas para lidar com esses casos está a contenção física. Ainda que amplamente utilizada, seu uso é controverso e proibido em alguns países. No Brasil inexistem protocolos orientando o seu uso. O objetivo deste estudo foi conhecer a freqüência e os fatores associados a esta prática através de uma revisão sistemática e de um estudo em emergências
psiquiátricas do município do Rio de Janeiro. A revisão identificou apenas quatro estudos, sendo três nos EUA e um na Índia. A freqüência de contenção em pacientes agitados e/ou agressivos nos serviços de emergência psiquiátrica variou
de 14% até 59%. Os desenhos adotados, assim como as análises estatísticas, mostraram fragilidades para a investigação dos fatores explicativos para o uso de contenção física. O estudo nas emergências psiquiátricas do Rio de Janeiro lançou mão de informações sobre o uso de contenção física entre 298 pacientes participantes de um ensaio clínico comparando dois medicamentos para lidar com quadros de agitação psicomotora e comportamento agressivo nesses serviços. As variáveis investigadas foram aquelas coletadas antes da entrada do paciente no ensaio clínico. Portanto, variáveis que antecederam a decisão do médico conter o
paciente. A análise dos dados fez uso do método Bayesiano. As prioris dos parâmetros utilizadas no modelo de regressão binária foram obtidas de um outro ensaio clínico, conduzido em uma das três emergências envolvidas no presente estudo. A freqüência no emprego da contenção física foi 24,5%, sem diferença entre os três hospitais. O estudo mostrou ainda que pacientes mais jovens, com quadros mais intensos, com suspeita diagnóstica de entrada de abuso de substâncias e que foram atendidos na parte da manhã apresentaram maior chance de serem fisicamente contidos. O presente trabalho aponta para a necessidade de conduzir estudos especificamente desenhados para avaliar a freqüência e os fatores associados com o uso de contenção física, os quais deverão subsidiar o desenvolvimento de protocolos sobre o uso desta prática em nosso meio. / Agressive and/or agitated patients corresponds to 10% of all patients in psychiatric emergencies. Depending on the severity of the agitation, these patients represent a great risk not only for their physical integrity, but also for professionals. Use of restraints is one among several ways of dealing with these cases. Although it is largely used, its indication is not so clear and some countries not even allow such practice. In Brazil we dont have any protocol for this practice. The objective of this
study is to learn about the frequency and the factors associated with this practice by doing a systematic review and a study in some emergency rooms in Rio de Janeiro. The systematic review identified only four studies, three from the United States and one conducted in India. The frequency of restraints in psychiatric emergency rooms went from 14% to 59% for aggressive/agitated patients. The studies considered in our systematic review were not conducted with the same purpose as ours and the statistical analyses were not appropriated for identifying associations. The study in
the psychiatric emergencies in Rio de Janeiro showed provided information on the use of physical restraints among 298 participant patients of a randomized clinical trial comparing two different drugs to deal with cases of psicomotor agitation and aggressive behavior in these services. The analyzed variables were those collected before the entrance of the patient in the clinical trial. This was done to guarantee that
variables preceded the doctors decision to contain or not the patient. The analysis of the data made use of the Bayesian method. The prioris of the parameters used in the model of binary regression came from a similar study conducted in one of the three involved emergencies of the present study. The frequency in the use of the physical restraints was 24.5%, without difference between the three hospitals. The study also showed that younger patients, with more intense agitation, with suspicious initial diagnosis of abuse of substances and that they had been admitted in the morning
presented a greater probability of being physically restrained. The present study points out the necessity to carry out other investigations specifically designed to evaluate the frequency and the factors associated with the use of physical restraint,
aiming to subsidize the development of protocols on the use of physical restraints in our services.
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