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Mobilização e modernização nos cerrados piauienses: formação territorial no império do agronegócio / Mobilization and modernization in the \"Cerrados Piauienses\": territorial formation no agribusiness´empire

Vicente Eudes Lemos Alves 13 February 2007 (has links)
Objetiva-se, nesse estudo, analisar os novos processos de modernização que se impõem nos cerrados piauienses produzidos pela presença da agricultura moderna. Tal movimento teve inicio nos anos 1970 com os primeiros projetos agropecuários e de reflorestamentos instalados através de incentivos fiscais e financeiros públicos, mais se consolida somente em meados dos anos 1990 com a ampliação do deslocamento de migrantes sulistas e de empresas do agronegócio para aquela área. Resultou dessa ocupação a apropriação privada de amplas parcelas de terras devolutas dos platôs planos onde havia uso comunitário pela população local, as quais são transformadas em mercadorias valorizadas no mercado imobiliário. As manifestações de mudanças aparecem tanto sobre o espaço agrícola que se altera diante da incorporação dos aparatos da técnica e da ciência tornando-se homogêneos, e sobre o espaço da cidade que ganha novas formas e funcionalidades. Tanto o rural quanto o urbano do sul do Estado do Piauí revelam os processos contraditórios da recente modernização, pois se transformam, simultaneamente, em espaços de produção de riqueza e de manifestação de crises. Ao mesmo tempo em que se anunciam formas inovadoras que aceleram o ritmo de produção e de circulação das mercadorias sob a liderança de empresas globais, evidencia-se a expropriação de levas de camponeses cujas únicas possibilidades disponíveis passam a ser a de venderem sua força de trabalho nas lavouras modernas de grãos em condições de extrema precarização, ou a de se instalarem nas periferias miseráveis das cidades do agronegócio. Acrescenta-se, ainda, como elemento da crise o agravamento das condições de degradação dos ambientes naturais por conta do avanço acelerado das lavouras modernas nos domínios dos gerais, afetando os ecossistemas locais. Busca-se, nesse sentido, apontar que a atual modernização dos cerrados piauienses se faz produzindo descompassos sócio-espaciais. Ela se configura, portanto, como um processo essencialmente excludente. / This study analyzes the new modernization processes raised at the cerrados in Piauí due to modern agriculture. This movement started in the early 1970´s together with the first cattle breeding and reforesting projects developed through state financial and fiscal incentives. These projects only started to consolidate around 1990´s as the displacement of people and agricultural business firms from the south of Brazil (?sulistas?) to Piauí increased. The result of this land occupation was the appropriation of vast plain plateaus escheated lands of communitarian use that turned to be commodities. These lands were valorized by housing market. Signs of these changes appeared both on the agricultural space, transformed by means of applying scientific and technological objects, which turned the space homogeneous, and the city space, that gained new shape and functionalities. Piaui´s southern urban and rural areas reveal contradictory process of this recent modernization, transformed simultaneously into spaces where richness and crisis manifestations are both produced. While innovation accelerating the production rhythm and the circulation of goods under global companies´ leadership is announced, the expropriation of peasants groups stands out. Now their possibilities only depend on selling their task force in the new corporate farming business in extremely hard working conditions or installing themselves at the poor outskirts of this agricultural business related cities. Furthermore, natural environment?s worsening conditions are a result of modern agricultural technology at those gerais. These conditions affect local ecosystems and add up another element to the crisis. In this way we intend to point out that the modernization of the cerrados piauienses is generating a socio-spatial imbalance, which configures itself as an essentially excluding process.
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Mobilização e modernização nos cerrados piauienses: formação territorial no império do agronegócio / Mobilization and modernization in the \"Cerrados Piauienses\": territorial formation no agribusiness´empire

Alves, Vicente Eudes Lemos 13 February 2007 (has links)
Objetiva-se, nesse estudo, analisar os novos processos de modernização que se impõem nos cerrados piauienses produzidos pela presença da agricultura moderna. Tal movimento teve inicio nos anos 1970 com os primeiros projetos agropecuários e de reflorestamentos instalados através de incentivos fiscais e financeiros públicos, mais se consolida somente em meados dos anos 1990 com a ampliação do deslocamento de migrantes sulistas e de empresas do agronegócio para aquela área. Resultou dessa ocupação a apropriação privada de amplas parcelas de terras devolutas dos platôs planos onde havia uso comunitário pela população local, as quais são transformadas em mercadorias valorizadas no mercado imobiliário. As manifestações de mudanças aparecem tanto sobre o espaço agrícola que se altera diante da incorporação dos aparatos da técnica e da ciência tornando-se homogêneos, e sobre o espaço da cidade que ganha novas formas e funcionalidades. Tanto o rural quanto o urbano do sul do Estado do Piauí revelam os processos contraditórios da recente modernização, pois se transformam, simultaneamente, em espaços de produção de riqueza e de manifestação de crises. Ao mesmo tempo em que se anunciam formas inovadoras que aceleram o ritmo de produção e de circulação das mercadorias sob a liderança de empresas globais, evidencia-se a expropriação de levas de camponeses cujas únicas possibilidades disponíveis passam a ser a de venderem sua força de trabalho nas lavouras modernas de grãos em condições de extrema precarização, ou a de se instalarem nas periferias miseráveis das cidades do agronegócio. Acrescenta-se, ainda, como elemento da crise o agravamento das condições de degradação dos ambientes naturais por conta do avanço acelerado das lavouras modernas nos domínios dos gerais, afetando os ecossistemas locais. Busca-se, nesse sentido, apontar que a atual modernização dos cerrados piauienses se faz produzindo descompassos sócio-espaciais. Ela se configura, portanto, como um processo essencialmente excludente. / This study analyzes the new modernization processes raised at the cerrados in Piauí due to modern agriculture. This movement started in the early 1970´s together with the first cattle breeding and reforesting projects developed through state financial and fiscal incentives. These projects only started to consolidate around 1990´s as the displacement of people and agricultural business firms from the south of Brazil (?sulistas?) to Piauí increased. The result of this land occupation was the appropriation of vast plain plateaus escheated lands of communitarian use that turned to be commodities. These lands were valorized by housing market. Signs of these changes appeared both on the agricultural space, transformed by means of applying scientific and technological objects, which turned the space homogeneous, and the city space, that gained new shape and functionalities. Piaui´s southern urban and rural areas reveal contradictory process of this recent modernization, transformed simultaneously into spaces where richness and crisis manifestations are both produced. While innovation accelerating the production rhythm and the circulation of goods under global companies´ leadership is announced, the expropriation of peasants groups stands out. Now their possibilities only depend on selling their task force in the new corporate farming business in extremely hard working conditions or installing themselves at the poor outskirts of this agricultural business related cities. Furthermore, natural environment?s worsening conditions are a result of modern agricultural technology at those gerais. These conditions affect local ecosystems and add up another element to the crisis. In this way we intend to point out that the modernization of the cerrados piauienses is generating a socio-spatial imbalance, which configures itself as an essentially excluding process.
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¿Nosotros? Sandinistas : recuerdos de revolución en la frontera agrícola de Nicaragua / Recuerdos de revolución en la frontera agrícola de Nicaragua

Soto Joya, Maria Fernanda 15 February 2012 (has links)
In 1990, ten years after the Sandinista revolution's triumph, came its end. What followed were anti-Sandinistas' attempts to erase Nicaragua's revolutionary past and Sandinistas' defense of that project and the party that represents it, the Frente Sandinista de Liberación Nacional (FSLN). For most Sandinistas, to publicly remember the revolution was a form of defense. Their memories were considered counter-hegemonic ones that reminded people that the past and the revolution's propositions still had value. However, Sandinistas' revolutionary narratives of the past are not free of problems and contradictions. The FSLN has popularized a Sandinista collective memory that idealizes the revolution. This is an indulgent memory that avoids talking about mistakes and problems. It is also a sentimental memory that links sandinismo to high morals and goodness and, in doing so, inhibits questioning the past and the present. This collective memory hinders discussions about other Sandinista memories, but, most importantly, it legitimizes problematic continuities in the way power is exerted; continuities which are not unique to sandinismo. This dissertation analyses how Sandinista peasants from a region in the old agrarian frontier of the country remember the revolution. In analyzing their memories one can see the ways in which the revolution is felt, the meaning of sandinismo among that population, and the kinds of political compromises they have to make today. Their memories show that the strength of the FSLN lies not only in economical or political interests, but also in the way the narratives of the past reaffirm attachments built over thirty years or more. While remembering the revolution's political ideals continues to be an important political statement and source of inspiration, constant critiques should be part of any memory work. To start with, memory work needs to acknowledge the constructed character of any memory, be those personal or collective, and the omissions that constitute them. To do so entail recognizing that memories are made of exclusions, repetitions, and forgetting and that the political work of memory not only never ends but involves the difficult task of questioning itself. / text

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