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Mortalidade neonatal em Salvador-Bahia, 1980-2006: análise espaço-temporalGonçalves, Annelise de Carvalho January 2010 (has links)
p. 1-177 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-25T17:27:33Z
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Previous issue date: 2010 / A mortalidade neonatal, em vários países do mundo, corresponde ao componente mais expressivo da mortalidade infantil. No Brasil, esta mortalidade mantém-se em patamares elevados e com acentuadas desigualdades regionais em sua distribuição. Este estudo teve como objetivos, analisar a tendência temporal e fatores associados à mortalidade neonatal, identificar padrões na sua distribuição espacial e a relação desta com as condições de vida além de analisar a evolução das desigualdades sociais no risco de morte neonatal e suas relações com características maternas, condições de nascimento, atenção à saúde e de condições de vida em Salvador, Bahia, no período de 1980 a 2006. No primeiro artigo que compõe esta tese, construiu-se uma série temporal dos óbitos neonatais de 1980 a 2006, enquanto nos segundo e terceiro artigos, correspondentes a estudos de agregados espaciais referentes a 2000-2006, Zonas de Informação (ZI) compuseram as unidades de análise. Estas foram agregadas em estratos de elevada, intermediária, baixa e muito baixa condição de vida, com base em um Índice de Condições de Vida. Análise de Componentes Principais, correlação de Spearman, Regressão Linear ordinal e espacial e Qui-Quadrado de tendência foram métodos empregados na análise dos dados, além do Teste I de Moran (Global e Local) para avaliar dependência espacial, e Risco Relativo, para avaliar as desigualdades sociais. Os resultados demonstraram tendência de estabilização dos óbitos neonatais a partir de 1992 e as três principais causas são redutíveis por adequada atenção à gestação, ao parto e ao recém-nascido. Evidenciou-se autocorrelação espacial entre as taxas (I=0,1717; p=0,0100). O padrão espacial detectado teve a proporção de nascidos vivos (NV) com baixo peso como seu principal fator explicativo e definiu os maiores riscos para esta mortalidade (> 9,0/1000 NV) concentrados em áreas do centro e subúrbio, e os mais baixos (3,2 a 5,5/1000NV) ao sul e leste da cidade. Demonstrou-se associação da mortalidade neonatal com as condições de vida, confirmada pelo gradiente linear e crescente do risco nesta mortalidade do estrato de melhor para o de pior condição de vida, indicando a influência da desigualdade social nesta mortalidade. Há indícios de redução desta desigualdade, devido ao decréscimo ocorrido no estrato de intermediária condição de vida (β= -0,93; 0,039), aliada à reduzida variação no risco de morte neonatal do estrato de elevada condição de vida. São necessárias novas estratégias para a redução da mortalidade neonatal que contemplem maior qualificação e reestruturação da atenção à saúde materno-infantil, bem como outras que promovam melhorias nas condições de vida da população, sob o risco de comprometer a velocidade de decréscimo da mortalidade infantil no município. / Salvador
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