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Espelho quebrado - Algafan e DesvioLIMA, Janirza Cavalcante da Rocha 06 1900 (has links)
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Previous issue date: 1987-06 / A farmacodependência é um fenômeno de todos os tempos e de todos os povos. É um fenômeno permanente, variando segundo o critério relativo das normas sócio-culturais de cada sociedade, numa dada época. Através dos tempos, o homem utilizou substâncias diversas no intuito de modificar sua percepção do mundo e transformar sua vivência subjetiva. Este estudo objetiva verificar, na prática, até que ponto a condição de desviante (usuário de Algafan) é sancionada e reforçada pelo aparelho institucional. O referencial empírico foi a divisão de Serviços técnicos da Secretaria da Segurança Pública de Pernambuco, onde se operacionaliza o disposto no Decreto –lei n. 6.368 e tendo dentre a clientela atendida, o dependente de Cloridrato de Destro-propoxifeno, conhecido comercialmente sob o nome de Algafan Composto. Apoiada em dados secundários, entrevistas e, sobretudo, na observação participante, a análise se desenvolve em três momentos: inicialmente, procura explicitar como se configura o usuário de Algafan; numa segunda etapa, tenta delinear os momentos marcantes da produção da identidade desviante onde as relações se estabelecem numa forma dialética entre acusados (dependentes de algafan) e acusadores (lei, família, agentes policiais e equipe terapêutica); finalmente, através de uma análise dos discursos dos dependentes, busca entender como eles percebem a situação em que vivem e os projetos que elaboram. Destacam-se, nas conclusões, os aspectos mais significativos dessa interpretação, face aos objetivos a que se propõe o estudo e o marco referencial teórico que o norteou. O estudo revela que a operacionalidade do Decreto-lei n.6.368 vem, antes, reforçar a condição de desviante, e não, ao contrário, recuperá-lo, tendo a Divisão de Serviçoes Técnicos um papel marcante nesse processo. Mostra também que, apesar de perceberem-se como outsiders, os dependentes ainda elaboram projetos de vida, na tentativa de superação de suas carências afetivas, econômicas e sociais. Eles anseiam pela existência de espaços sociais e psicológicos próprios onde possam se inserir e aos quais sintam pertencer. / La farmacodependencia es um hecho de todos los tiempos y todos los pueblos. Se trate de un fenómeno permanente, cuyas variaciones obedecen al criterio, relativo, de las normas sociocultureles de cada sociedad en determinada época. A través de los tiempos el hombre ha utilizado distintos tipos de drogas, con miras a cambiar su percepción del mundo y transformar sus experiencias subjetivas. El presente estudio se propone comprobar en la práctica, hasta que punto la condición de descarriado (adicto al Algafan) es sancionada y reforzada por el aparato institucional. El marco empirico ha sido la Division de Servicios Tecnicos de la Secretaria de Seguridad Pública del Estado de Pernambuco, donde se cumple dos dispuesto por el Decreto n. 6.368. Los clientes son los dependientes del Clorhidrato de destropropoxifeno, comercialmente conocido como “Algafan Composto”. Con base en datos secundarios, entrevistas y, sobre todo, en la observación participativa, el análisis se desarrolla en tres etapas: inicialmente trata de caracterizar el adicto al “Algafan”; en seguida intenta definir los momentos marcantes del proceso de surgimiento de la identidad discrepante, durante el cual se establecen las relaciones dialécticas entre acusados (dependientes de “Algafan”) y acusadores (ley, familia, agentes de la policía y equipo terapéutico); finalmente, a través del análisis de las declaraciones de los drogadictos, se trata de entender de que forma ellos captan la propia situación y los planos que hacen. En las conclusiones sobresalen los rasgos más significativos de esa interpretación, en relación a los objetivos de estudio y a su marco teorico. Este trabajo revela que la aplicación del Decreto n. 6.368 refuerza la condición del descarriado, en vez de recuperarlo; y la División de Servicios Técnicos juega un papel fundamental en ese proceso. Muestra, además, el estudio que, prese al hecho de reconocerse como “outsiders”, los dependientes siguen elaborando proyectos de vida, en el intento de superar sus necesidades afectivas, económicas e sociales. Ellos anhelar espacios sociales y sicológicos propios, en lo que se puedan incluir y a los cuales sientan pertenecer.
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