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Comunidades macrofaunais bênticas associadas às algas de deriva e à grama marinha Halodule wrightii Ascherson na Ilha do Japonês, Cabo Frio, RJ / Macrobenthic communities associated with drift algae and with the seagrass Halodule wrightii Ascherson at Ilha do Japonês, Cabo Frio, RJ

Amanda Ferreira da Silva 04 September 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As extensas pradarias submersas formadas pelas gramas marinhas são importantes habitats da costa, onde ocorrem interações ecológicas entre diversas espécies da vegetação subaquática, invertebrados bentônicos e peixes. As gramas marinhas e algas de deriva são conhecidas como macrófitas marinhas e, por ocuparem o mesmo tipo de substrato, são normalmente encontradas juntas, proporcionando oxigênio, alimento, proteção, abrigo além de sítios de reprodução e pastagem para os animais associados a essas pradarias. Amostras de algas de deriva e de H. wrightii foram coletadas, ao longo de transectos fixos de 50 m paralelos à Ilha do Japonês, a fim de analisar a existência de relações positivas entre as espécies de macrófitas marinhas e sua macrofauna associada, comparar as duas comunidades e avaliar a estruturação da comunidade macrofaunal bêntica do local. Os transectos foram alocados de acordo com a posição do banco de grama marinha. Observou-se que a densidade de eixos e a biomassa de H. wrightii não explicam a variação da biomassa, riqueza de espécies e diversidade (Índice de Simpson) das algas de deriva. A grande movimentação das algas de deriva ao longo do banco de grama marinha faz com que elas se homogeneízem e ocupem diferentes lugares ao acaso na pradaria, muitos desses locais com baixa biomassa de H. wrightii devido à grande variabilidade na distribuição dessa espécie no local de estudo. Os descritores ecológicos da grama marinha também não tiveram relações positivas com sua macrofauna bêntica associada. A comunidade macrofaunal associada às gramas marinhas foi mais densa, rica e diversa do que a comunidade macrofaunal associada às algas de deriva. Os moluscos Anomalocardia flexuosa, Cerithium atratum, Ostrea sp, Tellina lineata e Divalinga quadrissulcata dominaram o ambiente de gramas marinhas. A maior complexidade estrutural das algas de deriva forneceu um habitat protegido mais atrativo para os crustáceos como, Pagurus criniticornis, Cymadusa filosa e Batea catharinensis. A malacofauna associada às algas não foi abundante, mas um novo registro foi a ocorrência do bivalve invasor Lithopaga aristatus, perfurando uma concha de Ostrea sp. As relações entre os descritores da biomassa algal foram comprovadas para a maioria dos descritores de sua fauna associada. As relações das macrófitas marinhas com a macrofauna total associada seguiram o mesmo padrão das relações das algas de deriva. As análises de agrupamento e ordenação mostraram que as comunidades macrofaunais bênticas do local são estruturadas de acordo com os táxons dos organismos associados mais dominantes influenciados pelo tipo de vegetação basibionte (algas de deriva ou grama marinha). Destaca-se com o presente estudo a importância de medidas de maior proteção no local para a preservação e manutenção do ecossistema da Ilha do Japonês, RJ, Brasil / Extensive submerged meadows formed by seagrasses are an important habitat of the coast, where ecological interactions among different species of the submerged vegetation, benthic invertebrates and fish occur. The seagrasses and drift algae are known as marine macrophytes and, since they often can be found occupying the same substrate, they make a viable coexistence, providing oxygen, food, protection, shelter, besides breeding and grazing sites for the animals associated with these meadows. Samples of drift algae and H. wrightii were collected, along fixed 50 meter transects parallel to the Ilha do Japonês, so as to analyze the relationships between the species of marine macrophytes and the associated macrofauna, compare both communities and assess the structure of the local benthic macrofaunal community. Transects were allocated according to the position of the seagrass bed. It was found that shoot density and biomass of seagrasses did not explain the variation in drift algae biomass, species richness and diversity (Simpson index). The constant movement of the drift algae along the seagrass bed makes the algae homogenize and occupy different places by chance on the meadow, many of these places with low biomass of H. wrigthii, due to the high variability on the distribution of this species in the study area. The descriptors of the seagrassdid not have positive relations with its associated fauna either. Macrobenthos associated with the seagrasses was denser, richer and more diverse than the macrobenthic community associated with the drift algae. The mollusks Anomalocardia flexuosa, Cerithium atratum, Ostrea sp., Tellina lineata and Divalinga quadrissulcata dominated the environment of seagrass. The greater structural complexity of drift algae provided a protected habitat more attractive for the detritivores Pagurus criniticornic, Cymadusa filosa and Batea catharinensis. Malacofauna associated with algae was not abundant, but an important record was a new occurrence of the invasive bivalve Myoforceps aristatus, drilling a shell of Ostrea sp. The relationships among the descriptors of the algae biomass were confirmed to most of the descriptors of its associated fauna. Linear relations between marine macrophytes and its total macrobenthic community followed the same pattern as drift algae linear relationships. Cluster and MDS analysis showed that the local macrobenthic communities are structured according to the taxa of the most dominant associated organisms influenced by the type of the basibiont vegetation (drift algae or seagrasses). The present study considers the importance of more protective measures at the place for the preservation and maintenance of Ilha do Japonês ecosystem, RJ, Brasil
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Comunidades macrofaunais bênticas associadas às algas de deriva e à grama marinha Halodule wrightii Ascherson na Ilha do Japonês, Cabo Frio, RJ / Macrobenthic communities associated with drift algae and with the seagrass Halodule wrightii Ascherson at Ilha do Japonês, Cabo Frio, RJ

Amanda Ferreira da Silva 04 September 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As extensas pradarias submersas formadas pelas gramas marinhas são importantes habitats da costa, onde ocorrem interações ecológicas entre diversas espécies da vegetação subaquática, invertebrados bentônicos e peixes. As gramas marinhas e algas de deriva são conhecidas como macrófitas marinhas e, por ocuparem o mesmo tipo de substrato, são normalmente encontradas juntas, proporcionando oxigênio, alimento, proteção, abrigo além de sítios de reprodução e pastagem para os animais associados a essas pradarias. Amostras de algas de deriva e de H. wrightii foram coletadas, ao longo de transectos fixos de 50 m paralelos à Ilha do Japonês, a fim de analisar a existência de relações positivas entre as espécies de macrófitas marinhas e sua macrofauna associada, comparar as duas comunidades e avaliar a estruturação da comunidade macrofaunal bêntica do local. Os transectos foram alocados de acordo com a posição do banco de grama marinha. Observou-se que a densidade de eixos e a biomassa de H. wrightii não explicam a variação da biomassa, riqueza de espécies e diversidade (Índice de Simpson) das algas de deriva. A grande movimentação das algas de deriva ao longo do banco de grama marinha faz com que elas se homogeneízem e ocupem diferentes lugares ao acaso na pradaria, muitos desses locais com baixa biomassa de H. wrightii devido à grande variabilidade na distribuição dessa espécie no local de estudo. Os descritores ecológicos da grama marinha também não tiveram relações positivas com sua macrofauna bêntica associada. A comunidade macrofaunal associada às gramas marinhas foi mais densa, rica e diversa do que a comunidade macrofaunal associada às algas de deriva. Os moluscos Anomalocardia flexuosa, Cerithium atratum, Ostrea sp, Tellina lineata e Divalinga quadrissulcata dominaram o ambiente de gramas marinhas. A maior complexidade estrutural das algas de deriva forneceu um habitat protegido mais atrativo para os crustáceos como, Pagurus criniticornis, Cymadusa filosa e Batea catharinensis. A malacofauna associada às algas não foi abundante, mas um novo registro foi a ocorrência do bivalve invasor Lithopaga aristatus, perfurando uma concha de Ostrea sp. As relações entre os descritores da biomassa algal foram comprovadas para a maioria dos descritores de sua fauna associada. As relações das macrófitas marinhas com a macrofauna total associada seguiram o mesmo padrão das relações das algas de deriva. As análises de agrupamento e ordenação mostraram que as comunidades macrofaunais bênticas do local são estruturadas de acordo com os táxons dos organismos associados mais dominantes influenciados pelo tipo de vegetação basibionte (algas de deriva ou grama marinha). Destaca-se com o presente estudo a importância de medidas de maior proteção no local para a preservação e manutenção do ecossistema da Ilha do Japonês, RJ, Brasil / Extensive submerged meadows formed by seagrasses are an important habitat of the coast, where ecological interactions among different species of the submerged vegetation, benthic invertebrates and fish occur. The seagrasses and drift algae are known as marine macrophytes and, since they often can be found occupying the same substrate, they make a viable coexistence, providing oxygen, food, protection, shelter, besides breeding and grazing sites for the animals associated with these meadows. Samples of drift algae and H. wrightii were collected, along fixed 50 meter transects parallel to the Ilha do Japonês, so as to analyze the relationships between the species of marine macrophytes and the associated macrofauna, compare both communities and assess the structure of the local benthic macrofaunal community. Transects were allocated according to the position of the seagrass bed. It was found that shoot density and biomass of seagrasses did not explain the variation in drift algae biomass, species richness and diversity (Simpson index). The constant movement of the drift algae along the seagrass bed makes the algae homogenize and occupy different places by chance on the meadow, many of these places with low biomass of H. wrigthii, due to the high variability on the distribution of this species in the study area. The descriptors of the seagrassdid not have positive relations with its associated fauna either. Macrobenthos associated with the seagrasses was denser, richer and more diverse than the macrobenthic community associated with the drift algae. The mollusks Anomalocardia flexuosa, Cerithium atratum, Ostrea sp., Tellina lineata and Divalinga quadrissulcata dominated the environment of seagrass. The greater structural complexity of drift algae provided a protected habitat more attractive for the detritivores Pagurus criniticornic, Cymadusa filosa and Batea catharinensis. Malacofauna associated with algae was not abundant, but an important record was a new occurrence of the invasive bivalve Myoforceps aristatus, drilling a shell of Ostrea sp. The relationships among the descriptors of the algae biomass were confirmed to most of the descriptors of its associated fauna. Linear relations between marine macrophytes and its total macrobenthic community followed the same pattern as drift algae linear relationships. Cluster and MDS analysis showed that the local macrobenthic communities are structured according to the taxa of the most dominant associated organisms influenced by the type of the basibiont vegetation (drift algae or seagrasses). The present study considers the importance of more protective measures at the place for the preservation and maintenance of Ilha do Japonês ecosystem, RJ, Brasil

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