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Assentamento, estrutura da comunidade e alimentação de camarões Penaeidea e Caridea no prado de capim marinho (Halodule wrightii Aschers) napraia de Forno da Cal, Itamaracá, Pernambuco, BrasilViana, Girlene Fábia Segundo January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os prados de capim marinho estão entre os ecossistemas costeiros tropicais
mais produtivos de todo o mundo. Este ambiente é favorável à vida animal, que o
utiliza como local para alimentação e reprodução, sendo ainda reconhecido como
áreas berçários de muitas espécies de crustáceos, peixes e moluscos. O trabalho
teve como objetivo conhecer aspectos ligados ao assentamento, estrutura da
comunidade e alimentação dos camarões Penaeidea e Caridea no prado de
Halodule wrightii Aschers da Praia de Forno da Cal, Itamaracá. As coletas foram
realizadas de setembro de 2000 a dezembro de 2001, no período de lua nova,
seguindo dois tipos de amostragens: o primeiro foi efetuado através do uso de
coletores passivos, suspensos na camada subsuperficial, postos de um dia para o
outro, em cinco pontos fixos em frente ao prado (totalizando quinze coletores por
mês). O segundo, através de arrastos com uma draga leve em três estações no
prado. Esta draga retangular possui uma abertura de 1 x 2 metros, equipada com
duas redes: uma interna, com abertura de malha de 5 mm e outra externa, com
malha de 2mm. Os arrastos foram efetuados com um barco a motor a uma
velocidade média de cinco Km/h e duração média de cinco minutos. Coletas
adicionais, num período de 24 horas, foram realizadas nos meses de janeiro,
fevereiro, maio, julho, setembro e dezembro de 2001 e, arrastos na planície de areia
adjacente ao prado ocorreram em março, junho, agosto e dezembro de 2001.
Realizou-se, também, um experimento in situ para determinar a taxa de evacuação
gástrica em camarões Caridea. Nos coletores passivos foram capturados,
identificados e medidos 1.962 camarões pertencentes a 18 táxons, entre pós-larvas
e juvenis, destacando-se como os mais abundantes e freqüentes, Hippolytidae (n.i.),
Atyidae (n.i.), Palaemonidae (n.i.) e Latreutes parvulus. Os meses com maior
quantidade de indivíduos foram aqueles correspondentes ao período chuvoso (abril
a agosto). Nas coletas com a draga leve os camarões foram freqüentes durante todo
o período estudado. Ao todo foram identificados 60.748 camarões (12.626 coletados
pela malha de 5mm e 48.122 pela malha de 2mm). Os Caridea, com 79,2% foram os
mais abundantes. Foram registrados 15 táxons da Infraordem Penaeidea e 19 da
Caridea. Destes, Periclimenes longicaudatus foi a mais numerosa (acima de 50%
nas duas malhas) e mais freqüente (entre 90 e 100%). Outras espécies também se
destacaram: Leander paulensis, Hippolyte obliquimanus, Latreutes parvulus e Farfantepenaeus subtilis. As maiores densidades médias, para a malha de 5mm,
foram encontradas em setembro, outubro e novembro de 2000 (0,19 indivíduos/m²,
0,16 ind./m² e 0,18 ind./m², respectivamente), em maio, julho e setembro de 2001
(0,23 ind./m², 0,21 ind./m² e 0,17 ind./m², respectivamente). Para a malha de 2mm,
março, maio, junho, julho (período chuvoso) e setembro apresentaram densidades
acima de 0,50 ind./m². Foram observadas maiores diversidades, densidades e
biomassas nas estações do prado em relação às da planície de areia adjacente. Os
resultados das análises de conteúdo estomacal para Farfantepenaeus subtilis
mostraram uma dieta diversificada, com alimentos preferencialmente de origem
animal, tendo os Crustacea uma importância primária, seguido pelos Mollusca e
Polychaeta. Para Periclimenes longicaudatus também foi observado um hábito
carnívoro, tendo Crustacea, Hydrozoa, Polychaeta e Pantopoda como itens
principais. Os dados de repleção estomacal demonstraram uma atividade de
alimentação noturna para as duas espécies. A ração diária ingerida por F. subtilis foi
11% do peso do corpo. A taxa de evacuação linear obtida através do experimento
com Caridea foi E= 48,4% VE hP
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P e a ração diária calculada para P. longicaudatus foi
de 46% a 64% do peso do corpo. Diante do exposto, pode-se considerar que o
prado de capim marinho, ora estudado, representa área de berçário, de alimentação
ou ainda de reprodução para várias espécies de camarões que procuram este
ambiente em alguma fase da vida, ou que passam todo o seu ciclo de vida neste
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