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A integração economica da Amazonia (1930-1980) / The economic integration of the Amazon (1930-1980)

Stella, Thomas Henrique de Toledo 09 November 2009 (has links)
Orientador: Wilson Cano / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-14T18:00:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Stella_ThomasHenriquedeToledo_M.pdf: 3416623 bytes, checksum: 52b2b5a6b4563e2293c6c3e1dade2e31 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A integração da Amazônia na economia nacional teve inicio apenas quando a região reorientou sua base primário-exportadora do mercado externo para o mercado interno nacional na década de 1930. No entanto, sua economia fundamentalmente extrativa e agrícola tem origens muito mais antigas, que remetem ao início da colonização portuguesa a partir de 1616. Apesar da experiência extrativa, a região só integrou-se comercialmente com a metrópole com as políticas mercantilistas de "valorização econômica", adotadas a partir de 1750. A abertura dos portos em 1808 estimulou a região a integrar-se na periferia do mercado internacional. Com o crescimento da demanda pela borracha amazônica depois de 1850, especialmente com o uso industrial do processo de vulcanização nos centros capitalistas, o produto ascendeu nas exportações, chegando ao apogeu entre 1910-1912. O que se seguiu foi a decadência que expôs as contradições desse do modelo primário-exportador. Durante o período Colonial, Império e Primeira República, a Amazônia permaneceu praticamente isolada de articulações comerciais com outras regiões do Brasil, voltada quase exclusivamente ao exterior. A crise de "1929" abalou o modelo primário-exportador no país, que mudou seu padrão de acumulação para um novo, industrializante e integrador do mercado interno. Com as transformações econômicas a partir de 1930, o mercado nacional passou a absorver produtos tradicionais da Amazônia como a borracha e a castanha, e tornou-se o destino de novos como as fibras duras de juta, malva e guaxima. O Estado aumentou sua presença na região, alocou recursos na Constituição de 1946, e apresentou um Plano de Valorização Econômica em 1953. Na segunda metade da década de 1950, começaram a implantar as políticas de desenvolvimento regional, responsáveis pela construção de rodovias, conectando a Amazônia Oriental e Ocidental à Brasília. Enquanto a industrialização prosseguia no centro, a região passava a ser vista como fronteira econômica em expansão. Cresciam os interesses do capital nacional e estrangeiro pelas matérias-primas e terras amazônicas. A preocupação da Ditadura Militar (1964-1985) em integrá-la levou à reformulação da estratégia de planejamento. A "Operação Amazônia" em 1966 constituiu um grande pacote e incentivos fiscais articulado em um sistema de planejamento regional, com aporte de investimentos públicos nos setores agropecuários e minerais. A implantação efetiva da Zona Franca de Manaus, a partir de 1967, introduziu uma produção industrial, fazendo com que a Amazônia começasse a deixar de ser quase que exclusivamente produtora primária. Na década de 1970, a economia brasileira cresceu significativamente, e a região passou por transformações estruturais, resultantes de fortes investimentos públicos e privados. Os principais condicionantes foram a maturação dos investimentos industriais na ZFM, implantação dos planos econômicos voltados à infra-estrutura, abertura de estradas, colonização, e pólos agropecuários e minerais. No final do período 1970-1980, a Amazônia já se encontrava mais integrada comercial, física e produtiva ao país, e também voltava a exportar em grande escala, especialmente minérios. A integração econômica da Amazônia entre 1930 e 1980 teve como resultado a transformação da estrutura produtiva da região, a implantação de um capitalismo selvagem e predatório, com precárias relações de produção convivendo com novas. Esse processo, conduzido em grande parte pelo Estado, demonstrou equívocos que devem servir como exemplo para uma forma sustentável de desenvolvimento da região. / Abstract: The integration of the Brazilian Amazon in the national economy began only when the primary-export base of the region has reoriented from the foreign market for the national domestic market in the 1930s. However, its economy primarily extractive and agricultural has origins much earlier, referring to the beginning of Portuguese colonization from 1616. Despite the experience of extractive economy, the region only became integrated commercially with metropolis with mercantilist polices of "economic valorization", adopted since 1750. The opening of the ports in 1808 encouraged the region to integrate into the periphery of the international market. With the increasing demand for Amazonian rubber after 1850, especially with industrial use of vulcanization process in the capitalists centers, the product exports rose, reaching its peak between 1910-1912. What followed was the decline that exposed the contradictions of this primary-export model. During the periods of Cologne, Empire and First Republic, Amazon remained virtually isolated from trades with other regions of Brazil, focused almost exclusively abroad. The crisis of "1929" shook the primary-export model in the country, which changed its pattern of accumulation to a new one of industrialization and market integration. With the economic transformations in the country since 1930, the domestic market began to absorb traditional Amazonian products such as rubber and nuts, and became the new target of others as the hard fibers of jute, malva and guaxima. The State increased its presence in the region, has allocated resources in the Constitution of 1946, and presented an Economic Valorization Plan in 1953. In the second half of 1950s, began to implement polices of regional development, responsible for the construction of major highways connecting eastern and western Amazon to Brasilia. As the industrialization was proceeding in the center, the region was seen as an economic frontier expanding. The interest of domestic and foreign capital for raw materials and Amazon lands grew. The concern of Military dictatorship (1964-1985) led to rethinking the strategy planning. The "Operation Amazon" in 1966 was a major fiscal stimulus package, drawing on a system of regional planning, with the contribution of public investment in agricultural, in livestock and in mineral sectors. The effective implementation of Manaus Free Zone (ZFM) since 1967 has introduced an industrial production and the Amazon economy begin to leave to be exclusively primary. In the 1970s, the Brazilian economy increased significantly, and the Amazon region has undergone structural changes of large-scale, resulting from strong public and private investment. The main reasons of this process were the maturation of industrial investments in ZFM, implementation of economy plans to the infra-structure, opening of roads, settlements, and agriculturals, minerals and livestocks clusters. At the end of the period 1970-1980, the Amazon was already more integrated commercial, physical and productive with the country, and was back to export in large scale, especially minerals. The economic integration of the Amazon between 1930 and 1980 had as resulted the transformation of the productive structure of the region, and the implantation of a wild and predatory capitalism, with precarious relations of production coexisting with new. This process, with a large extent for the State, demonstrated mistakes that must be as example for a sustainable form of development for the region. / Mestrado / Desenvolvimento Economico, Espaço e Meio Ambiente / Mestre em Desenvolvimento Econômico

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