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Com que diferenças se fazem adultos e crianças na escola: uma analítica das posições discursivas pela ótica da fronteira e da experimentação / About the differences that made adults and children at school: an analytical of subjective positions from perspective of the border and experimentation

COSTA, Erica Atem Gonçalves de Araújo January 2015 (has links)
COSTA, Erica Atem Gonçalves de Araújo. Com que diferenças se fazem adultos e crianças na escola: uma analítica das posições discursivas pela ótica da fronteira e da experimentação. 2015. 314f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-03T13:48:21Z No. of bitstreams: 1 2015_tese_eagacosta.pdf: 3489946 bytes, checksum: fdd35079c3f0242489334f7237113260 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2015-06-03T16:52:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_tese_eagacosta.pdf: 3489946 bytes, checksum: fdd35079c3f0242489334f7237113260 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-03T16:52:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_tese_eagacosta.pdf: 3489946 bytes, checksum: fdd35079c3f0242489334f7237113260 (MD5) Previous issue date: 2015 / This work seeks to understand how the differentiation adult / child is produced in the context of a school of early childhood education. The theoretical and methodological framework articulates the contributions of post-structuralism, cultural studies, and studies of Foucault's discourse analysis with the sociology of childhood to think how child and adult subject positions are related in the space of interactions that occur in school. The corpus was constructed from an ethnographic-inspired approach. In this way, was crucial that the researcher establish a transit on the border of differentiation devices self / other in order to grasp the mediantion process. Taking into account the situations of daily school that functioned as emblematic of differentiation processes, the route chosen for the "listening" of the subjects was made in three directions: we observed the operation of the process of differentiation adult / child in relation to two school practices and the insertion of adult-researcher in free play and routine of the classroom the last group of early childhood education. Analyses indicated as the subject children and adults handle the identity borders established by school rituals sometimes fracturing them or legitimizing the operations that take place both in the peer culture as in school culture. The analysis of school practice of identifying the age groups for coloured uniforms revealed the criteria to establish the school identities, both with regard to the relationship between the children and in relation to teachers. Those criteria are supported by a logic based on developmental concepts, with means to relate skills and age. Another point of analyses was listening to the child by the adult/teacher. The adult/teacher when confronted by the action enunciative children, try to re-establish criteria for what is "typical of the child. It strains relations temporarily by the suspention of the images about what is "being a child" and "being an adult." The child prodigy is a school classification in which one tries to respond to the challenges posed by the changes in contemporary processes of subjectivity, without, however, giving up childhood images supported by the adult / child relationship that these transformations call into question. The analysis of the effects of adult-researcher participation as a foreigner in free play and in the classroom routine enabled to view the destabilization processes of institutionalized places for the child and the adult in the school order. Becoming an player-adult and an aunt-which-not-teaches created a field of experimentation in which the positions of children subject (players and kindergarten students) and adults (the researcher and the teacher) is made explicit as co-produced. The participation of the researcher led to the exposure of the defining criteria of borders in the context of free play and classroom routines, giving rise to negotiations underscore the limitations of a developmental perspective of differentiation adult / child. / Este trabalho busca compreender como se produz a diferenciação adulto/criança no contexto de uma escola de educação infantil. O quadro teórico-metodológico articula as contribuições do pós-estruturalismo, dos Estudos Culturais, dos estudos Foucaultianos e da análise do discurso com as da sociologia da infância para pensar como se produzem mutuamente as posições subjetivas infantil e adulta no espaço das interações que ocorrem na escola. A construção do corpus se valeu de uma abordagem de inspiração etnográfica, na qual foi decisivo que o pesquisador estabelecesse um trânsito na fronteira dos dispositivos de diferenciação eu/outro, a fim de apreender, no trabalho de análise, os níveis de mediação implicados nesse processo. Tendo em conta as situações do cotidiano escolar que funcionassem como emblemáticas dos processos de diferenciação, o itinerário escolhido para a “escuta” dos sujeitos se deu em três direções: se observou o funcionamento do processo de diferenciação adulto/criança em relação a duas práticas escolares e à inserção da adulta-pesquisadora nas brincadeiras livres e na rotina da sala de aula do último grupo da educação infantil. As análises indicaram como os sujeitos crianças e adultos manejam as fronteiras identitárias constituídas pelos rituais escolares ora fraturando-as ora legitimando-as em operações que se dão tanto na cultura de pares quanto na cultura escolar. A análise da prática escolar de identificação dos grupos etários por cor do fardamento revelou a presença do estabelecimento de critérios para fixar as identidades escolares, tanto no que diz respeito à relação entre as crianças, como em relação aos professores. São critérios sustentados por uma lógica desenvolvimentista, baseada na promoção das competências e na especificação das habilidades por idade. A escuta da criança pelo adulto-professor se estabeleceu como outra direção analisada, momento em que, diante da ação enunciativa das crianças, tentam reestabelecer critérios para o que é “típico da criança”, o que tensiona as relações, suspendendo temporariamente as imagens do que é “ser criança” e “ser adulto”. A criança prodígio é uma tipificação escolar pela qual se tenta responder aos desafios postos pelas transformações nos processos de subjetivação contemporâneos, sem, no entanto, renunciar à imagem de infância sustentada pela relação adulto/criança que estas transformações põem em questão. A análise dos efeitos da participação do adulto-pesquisador como estrangeiro na brincadeira livre e na rotina de sala de aula possibilitou visualizar processos de desestabilização dos lugares institucionalizados para a criança e o adulto na ordem escolar. Tornar-se uma adulta-brincante e uma tia-que-não-ensina criou um campo de experimentações em que os posicionamentos dos sujeitos crianças (brincantes e alunos de educação infantil) e adultos (pesquisadora e professora) se explicitaram como coproduzidos. A participação da pesquisadora provocou a exposição dos critérios definidores das fronteiras no contexto da brincadeira livre e das rotinas de sala de aula, dando margem a negociações que põem à mostra as limitações de uma perspectiva desenvolvimentista da diferenciação adulto/criança.

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