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AMBIGUIDADE E LIBERDADE NA FILOSOFIA MORAL DE SIMONE DE BEAUVOIR / AmbiguÃtà et la libertà dans la philosophie morale de Simone de BeauvoirJANAINA ALMEIDA ORTINS DIAS 29 June 2016 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / A pesquisa tem como proposta pensar as diferenÃas entre o singular, em sua concepÃÃo existencialista, e o universal da tradiÃÃo filosÃfica com o objetivo de refletir a relaÃÃo categorial entre ambiguidade e liberdade na filosofia moral de Simone de Beauvoir (1908-1986), reflexÃes essas feitas em Por uma moral da ambiguidade [1947]. A filÃsofa se contrapÃe à tradiÃÃo universalista, porque, conforme argumenta, discorda de suas caracterÃsticas abstratas referendada na unidade e considera a verdade como a singularidade existencial mÃltipla, conduzindo-se a uma anÃlise da liberdade que busca encontrar a sua lei no prÃprio homem. Como delimitaÃÃo da pesquisa adotamos o filÃsofo Immanuel Kant (1724-1804) â segundo ela, uns dos principais representantes da teoria universalista â para podermos estabelecer a diferenÃa. Dessa forma, devemos, ainda que secundariamente, buscar compreender os significados das concepÃÃes de liberdade, universalidade e subjetividade neste filÃsofo alemÃo pensadas na FundamentaÃÃo da MetafÃsica dos Costumes (1785), para representar a filosofia Universal que possibilitarà esta paradigmÃtica questÃo entre universalidade e singularidade. Retomando os argumentos da filÃsofa, devemos perguntar: o que à ambiguidade? A ambiguidade à assumir a condiÃÃo humana sem tentar evitÃ-la a partir do movimento entre fracasso e Ãxito. Escolher por essa postura constitui uma atitude autenticamente moral e assim conquistar o principal objetivo humano: a liberdade. Para tanto, a liberdade nÃo pode ser fruto apenas da glÃria do homem, mas ela està inserida neste grande pulsar da existÃncia que, sem o fracasso compreendido na singularidade, nÃo poderia ter sentido em si mesma. A liberdade à redesenhar no fracasso novas possibilidades para conquistar a existÃncia que constantemente se falta no prÃprio ser. Portanto, a ambiguidade està inserida nesse movimento existencial que jà nasce naturalmente com o homem, mas que ele pode transformar em consciÃncia ou negÃ-la.
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