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Monitoramento do anticorpo anti-HBs em indivíduos renais crônicos vacinados contra hepatite B de um município do interior paulista / Monitoring of anti-HBs in individuals with chronic renal failure who were vaccinated against hepatitis B in a city in the interior of the state of São Paulo

Lopes, Leticia Pimenta 10 August 2011 (has links)
A vacinação é o método mais importante, barato e eficaz que se tem para a prevenção da transmissão do vírus da hepatite B (VHB). A vacina é indicada para indivíduos renais crônicos devido ao risco acrescido para aquisição do VHB durante a hemodiálise e a transfusão de sangue ou derivados. É indicado que a vacina seja administrada o mais precocemente possível ao entrar no programa de diálise, enquanto os indivíduos são bons respondedores. Este estudo teve como objetivo avaliar o monitoramento do anticorpo anti-HBs vacinal contra a hepatite B em pacientes renais crônicos, que iniciaram hemodiálise no ano de 2005 e permaneceram em seguimento por até quatro anos, em Ribeirão Preto-SP. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, desenvolvido em quatro unidades de hemodiálise que atendiam indivíduos portadores de DRC na cidade de Ribeirão Preto. A fonte de informação foi composta pela revisão de prontuários de saúde e a população do estudo foi constituída por 102 indivíduos renais crônicos. Dos 102 (100%) participantes, 58,8% eram do sexo masculino e a faixa etária predominante foi <= 45 anos; 52,3% foram a óbito; 18,5% foram submetidos a transplante renal; 20% transferidos; e, em 9,2% dos casos, as razões da interrupção do seguimento não estavam descritas nos prontuários. A proporção de indivíduos que receberam o esquema vacinal completo contra hepatite B foi de 35,3%; em 94,4% dos indivíduos, o tipo de esquema vacinal realizado foi de três doses de 40 mcg e, em 5,6%, o de quatro doses de 40 mcg; o esquema vacinal foi realizado antes do início da hemodiálise em 13,9% dos indivíduos. Em relação à realização da dose de reforço da vacina, 16,7% receberam-na, e o número de doses variou de uma a três doses. A taxa de soroconversão da vacina contra hepatite B, nos hemodialisados que receberam o esquema vacinal completo, foi de 72,2%. Quanto ao teste anti-HBs, no período da admissão na unidade de hemodiálise, 29,4% dos pacientes possuíam registros desse teste. Os títulos de anti-HBs não foram realizados semestralmente em 62,7% dos indivíduos. Ao avaliar a persistência da imunidade da vacina contra hepatite B nos hemodialisados, 39,2% dos indivíduos permaneceram com os títulos de anti-HBs sempre reagentes ao longo do estudo, sendo, portanto, respondedores à vacina contra hepatite B. Conclui-se que a análise dos dados permitiu evidenciar índices insatisfatórios da vacinação contra hepatite B durante o tratamento hemodialítico, bem como dificuldades em seguir o protocolo com esquema vacinal implementado, realização de doses reforço e solicitação de sorologia para anti-HBs. Desta forma, identifica-se a necessidade da equipe de profissionais que atuam em unidades de hemodiálise de adotar, na sua prática, a aplicação de instrumentos que visem facilitar e possibilitar um maior controle e monitoramento da vacinação contra hepatite B e dos títulos de anti-HBs. / Vaccination is the most important, inexpensive and effective method to prevent the transmission of hepatitis B virus (HBV). The vaccine is indicated for individuals with chronic renal failure due to the increased risk for acquiring HBV during hemodialysis and transfusion of blood or derivatives. It is recommended that the vaccine be administered as early as possible to patients entering the dialysis program, while individuals are good responders. This study aimed to evaluate the monitoring of anti- HB antibodies in patients with chronic renal failure who initiated hemodialysis in 2005 and remained in follow-up for up to four years in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, Brazil. It is a retrospective cohort study which was developed in four hemodialysis units that assist individuals with chronic renal failure in Ribeirão Preto. The source of information was composed of the review of health records and the sample was consisted of 102 individuals with chronic renal failure. Of the 102 (100%) participants, 58.8% were male and the predominant age group was <= 45 years; 52.3% of them died; 18.5% were undergone to kidney transplantation; 20% were transferred; and in 9.2% of the cases, the reasons for discontinuing follow up were not described in the records. The proportion of individuals who received the complete vaccination against hepatitis B was of 35.3%; the vaccination scheme used for immunization in 94.4% of the individuals was of three doses of 40 mcg; and in 5.6% was of four doses of 40 mcg; the vaccination was performed before initiating hemodialysis in 13.9% of individuals. 16.7% of them received the booster dose of vaccine and the number of doses ranged from one to three doses. The seroconversion rate of hepatitis B vaccine in hemodialysis patients who received the full vaccination schedule was of 72.2%. Related to the anti-HBs test in the period of admission to the hemodialysis unit, 29.4% of the patients had records of this test. The titers of anti-HBs were not accomplished every six months in 62.7% of the individuals. Evaluating the persistence of vaccine immunity against hepatitis B virus in hemodialysis patients, 39.2% of the them remained with the titers of anti-HBs always reagents throughout the study, being therefore, responders to the vaccine against hepatitis B. Data analysis highlighted unsatisfactory rates of vaccination against hepatitis B during the hemodialysis treatment as well as difficulties to follow the vaccination protocol implemented, give a booster dose, and request serology for anti-HBs. Thus, it was observed the need for professional staff who works at hemodialysis units to adopt, in their practice, the use of instruments to facilitate and enable greater control and monitoring of hepatitis B vaccination and titers of anti- HBs.
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Monitoramento do anticorpo anti-HBs em indivíduos renais crônicos vacinados contra hepatite B de um município do interior paulista / Monitoring of anti-HBs in individuals with chronic renal failure who were vaccinated against hepatitis B in a city in the interior of the state of São Paulo

Leticia Pimenta Lopes 10 August 2011 (has links)
A vacinação é o método mais importante, barato e eficaz que se tem para a prevenção da transmissão do vírus da hepatite B (VHB). A vacina é indicada para indivíduos renais crônicos devido ao risco acrescido para aquisição do VHB durante a hemodiálise e a transfusão de sangue ou derivados. É indicado que a vacina seja administrada o mais precocemente possível ao entrar no programa de diálise, enquanto os indivíduos são bons respondedores. Este estudo teve como objetivo avaliar o monitoramento do anticorpo anti-HBs vacinal contra a hepatite B em pacientes renais crônicos, que iniciaram hemodiálise no ano de 2005 e permaneceram em seguimento por até quatro anos, em Ribeirão Preto-SP. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo, desenvolvido em quatro unidades de hemodiálise que atendiam indivíduos portadores de DRC na cidade de Ribeirão Preto. A fonte de informação foi composta pela revisão de prontuários de saúde e a população do estudo foi constituída por 102 indivíduos renais crônicos. Dos 102 (100%) participantes, 58,8% eram do sexo masculino e a faixa etária predominante foi <= 45 anos; 52,3% foram a óbito; 18,5% foram submetidos a transplante renal; 20% transferidos; e, em 9,2% dos casos, as razões da interrupção do seguimento não estavam descritas nos prontuários. A proporção de indivíduos que receberam o esquema vacinal completo contra hepatite B foi de 35,3%; em 94,4% dos indivíduos, o tipo de esquema vacinal realizado foi de três doses de 40 mcg e, em 5,6%, o de quatro doses de 40 mcg; o esquema vacinal foi realizado antes do início da hemodiálise em 13,9% dos indivíduos. Em relação à realização da dose de reforço da vacina, 16,7% receberam-na, e o número de doses variou de uma a três doses. A taxa de soroconversão da vacina contra hepatite B, nos hemodialisados que receberam o esquema vacinal completo, foi de 72,2%. Quanto ao teste anti-HBs, no período da admissão na unidade de hemodiálise, 29,4% dos pacientes possuíam registros desse teste. Os títulos de anti-HBs não foram realizados semestralmente em 62,7% dos indivíduos. Ao avaliar a persistência da imunidade da vacina contra hepatite B nos hemodialisados, 39,2% dos indivíduos permaneceram com os títulos de anti-HBs sempre reagentes ao longo do estudo, sendo, portanto, respondedores à vacina contra hepatite B. Conclui-se que a análise dos dados permitiu evidenciar índices insatisfatórios da vacinação contra hepatite B durante o tratamento hemodialítico, bem como dificuldades em seguir o protocolo com esquema vacinal implementado, realização de doses reforço e solicitação de sorologia para anti-HBs. Desta forma, identifica-se a necessidade da equipe de profissionais que atuam em unidades de hemodiálise de adotar, na sua prática, a aplicação de instrumentos que visem facilitar e possibilitar um maior controle e monitoramento da vacinação contra hepatite B e dos títulos de anti-HBs. / Vaccination is the most important, inexpensive and effective method to prevent the transmission of hepatitis B virus (HBV). The vaccine is indicated for individuals with chronic renal failure due to the increased risk for acquiring HBV during hemodialysis and transfusion of blood or derivatives. It is recommended that the vaccine be administered as early as possible to patients entering the dialysis program, while individuals are good responders. This study aimed to evaluate the monitoring of anti- HB antibodies in patients with chronic renal failure who initiated hemodialysis in 2005 and remained in follow-up for up to four years in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, Brazil. It is a retrospective cohort study which was developed in four hemodialysis units that assist individuals with chronic renal failure in Ribeirão Preto. The source of information was composed of the review of health records and the sample was consisted of 102 individuals with chronic renal failure. Of the 102 (100%) participants, 58.8% were male and the predominant age group was <= 45 years; 52.3% of them died; 18.5% were undergone to kidney transplantation; 20% were transferred; and in 9.2% of the cases, the reasons for discontinuing follow up were not described in the records. The proportion of individuals who received the complete vaccination against hepatitis B was of 35.3%; the vaccination scheme used for immunization in 94.4% of the individuals was of three doses of 40 mcg; and in 5.6% was of four doses of 40 mcg; the vaccination was performed before initiating hemodialysis in 13.9% of individuals. 16.7% of them received the booster dose of vaccine and the number of doses ranged from one to three doses. The seroconversion rate of hepatitis B vaccine in hemodialysis patients who received the full vaccination schedule was of 72.2%. Related to the anti-HBs test in the period of admission to the hemodialysis unit, 29.4% of the patients had records of this test. The titers of anti-HBs were not accomplished every six months in 62.7% of the individuals. Evaluating the persistence of vaccine immunity against hepatitis B virus in hemodialysis patients, 39.2% of the them remained with the titers of anti-HBs always reagents throughout the study, being therefore, responders to the vaccine against hepatitis B. Data analysis highlighted unsatisfactory rates of vaccination against hepatitis B during the hemodialysis treatment as well as difficulties to follow the vaccination protocol implemented, give a booster dose, and request serology for anti-HBs. Thus, it was observed the need for professional staff who works at hemodialysis units to adopt, in their practice, the use of instruments to facilitate and enable greater control and monitoring of hepatitis B vaccination and titers of anti- HBs.

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