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O \"patrimônio\" do movimento moderno em Luanda (1950 - 1975) / The modern movement \"heritage\" - Luanda (1950-1975)Correia, Maria Alice Vaz de Almeida Mendes 29 November 2012 (has links)
A arquitetura e o urbanismo da cidade de Luanda têm vindo a desenvolver-se desde o ano de 1575. Foi o momento em que o fundador Paulo Dias de Novais chegou à Luanda e fundou a vila de São Paulo de Loanda. Durante vários séculos Luanda foi um dos pontos para marcar presença no processo de ocupação portuguesa. Pouco a pouco os portugueses foram ocupando a cidade, onde a parte baixa foi ocupada pelos comerciantes e mercadores de escravos e a parte alta pelo poder político e a igreja católica. A doação de terras para comerciantes e cristãos proporcionou à cidade um desenvolvimento espontâneo, mas que ao longo do tempo foi beneficiado por profissionais que entendendo de desenho, geometria e construção foram direccionando a cidade para um rumo melhor. Até finais do século XIX a cidade de Luanda era considerada como detentora dum património pela sua arquitetura militar, religiosa e civil, mas pouco foi feito pelos governos portugueses no sentido de valorizarem esse património. Nos anos 20 e 30 do seculo XX a cidade passou a beneficiar de profissionais ligados a arquitetura e ao urbanismo e passaram a desempenhar um papel de itinerante. Esse processo não era o melhor, mas serviu para atribuir à cidade um rumo ainda melhor. Depois de 1938 a cidade de Luanda passou a ter arquitetos residentes, como o arquiteto Fernando Batalha, Vasco Vieira da Costa, Antonieta Jacinto, António Campino, Fernão Lopes Simões de Carvalho, Francisco Silva Dias, José Luís Pinto da Cunha, os irmãos Castilho, Ana Torres e tantos outros que após à sua formação nas Escolas Superiores de Belas Artes do Porto e de Lisboa e no atelier de Le Cobusier, resolveram edificar Luanda segundo as suas doutrinas, tratando-a como sua terra. Com esses profissionais a cidade de Luanda desenvolveu-se duma forma diferente com características do movimento moderno e com políticas do estado novo num sistema de economia capitalista e ditatorial. Duas ideologias divergentes permitindo aos profissionais, posturas diferentes no exercício da arquitectura, que prevaleceram em paralelo até 1975. A história do urbanismo e da arquitetura são aqui estudados com o objectivo de se perceber e entender melhor as transformações de Luanda no período de 1950 a 1975. Mas não se consegue estudar uma cidade sem se conhecer o seu passado, por isso foram também analisados os acontecimentos num período anterior. O conjunto de edificações é um marco para a cidade e como tal carece de estudos para que a sociedade, os estudantes e os visitantes tenham consciência do seu real valor e possam contribuir para a valorização do seu patrimônio. A presente dissertação de Mestrado tem como objeto identificar e apelar a sociedade para a importância no tombamento das obras do movimento moderno existentes na cidade de Luanda, com base nas referências estudadas no estado da arte sobre o movimento moderno, por forma a identificar e provar a existência e as doutrinas do maior promotor do movimento moderno, o arquiteto de origem suíça Le Corbusier. / The architecture and urban style of Luanda have been developing since 1575. It was the moment when the founder Paulo Dias de Novais arrived in Luanda and founded the village of São Paulo de Loanda. For several centuries Luanda was one of the points to be present in the process of Portuguese occupation. The Portuguese were gradually occupying the city, where the lower part was occupied by merchants and slave traders and the higher part by the political power and Catholic Church. The donation of land for merchants and Christians gave the city a spontaneous development, but over time it benefited from professionals who by understanding design, geometry and construction were directing the city towards a better destiny. Until the late nineteenth century the city of Luanda was regarded as having a heritage for its military, civil and religious architecture, but little was done by the Portuguese governments in the sense of appreciating that heritage. In the 20s and 30s of the twentieth century the city began to benefit from professionals linked to architecture and urbanism and started to play an itinerant role. This process was not the most appropriate, but it served to offer the city a better direction. After 1938 the city of Luanda started having resident architects such as Fernando Batalha, Vasco Vieira da Costa, Antonieta Jacinto, António Campino, Fernão Lopes, Simões de Carvalho, Francisco Silva Dias, José Luis Pinto da Cunha, the Castilho brothers, Ana Torres and many others that after graduating from the Fine Arts Schools of Porto and Lisbon and from the Le Corbusier Atelier, decided to build the city of Luanda according to their doctrines, treating it as their land. With these professionals the city of Luanda developed in a different manner with modern movement characteristics and with the new State policies in a capitalistic and dictatorial economy. Two diverging ideologies that prevailed in parallel until 1975. The history of urban styles and architecture are studied here with the objective of better understanding and perceiving the transformations undergone in Luanda between 1950 and 1975. Because a set of buildings is a milestone for a city and therefore lacks studies so that society, students and visitors can be aware of its real value and may contribute to the enhancement of its heritage. This Master\'s thesis has the aim to identify and appeal to society to the importance of overturning the modern movement works existing in the city of Luanda, based on references studied in the state of art on the modern movement in order to identify and prove the existence and doctrines of the biggest promoter of the modern movement, the Swiss origin architect Le Corbusier.
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O \"patrimônio\" do movimento moderno em Luanda (1950 - 1975) / The modern movement \"heritage\" - Luanda (1950-1975)Maria Alice Vaz de Almeida Mendes Correia 29 November 2012 (has links)
A arquitetura e o urbanismo da cidade de Luanda têm vindo a desenvolver-se desde o ano de 1575. Foi o momento em que o fundador Paulo Dias de Novais chegou à Luanda e fundou a vila de São Paulo de Loanda. Durante vários séculos Luanda foi um dos pontos para marcar presença no processo de ocupação portuguesa. Pouco a pouco os portugueses foram ocupando a cidade, onde a parte baixa foi ocupada pelos comerciantes e mercadores de escravos e a parte alta pelo poder político e a igreja católica. A doação de terras para comerciantes e cristãos proporcionou à cidade um desenvolvimento espontâneo, mas que ao longo do tempo foi beneficiado por profissionais que entendendo de desenho, geometria e construção foram direccionando a cidade para um rumo melhor. Até finais do século XIX a cidade de Luanda era considerada como detentora dum património pela sua arquitetura militar, religiosa e civil, mas pouco foi feito pelos governos portugueses no sentido de valorizarem esse património. Nos anos 20 e 30 do seculo XX a cidade passou a beneficiar de profissionais ligados a arquitetura e ao urbanismo e passaram a desempenhar um papel de itinerante. Esse processo não era o melhor, mas serviu para atribuir à cidade um rumo ainda melhor. Depois de 1938 a cidade de Luanda passou a ter arquitetos residentes, como o arquiteto Fernando Batalha, Vasco Vieira da Costa, Antonieta Jacinto, António Campino, Fernão Lopes Simões de Carvalho, Francisco Silva Dias, José Luís Pinto da Cunha, os irmãos Castilho, Ana Torres e tantos outros que após à sua formação nas Escolas Superiores de Belas Artes do Porto e de Lisboa e no atelier de Le Cobusier, resolveram edificar Luanda segundo as suas doutrinas, tratando-a como sua terra. Com esses profissionais a cidade de Luanda desenvolveu-se duma forma diferente com características do movimento moderno e com políticas do estado novo num sistema de economia capitalista e ditatorial. Duas ideologias divergentes permitindo aos profissionais, posturas diferentes no exercício da arquitectura, que prevaleceram em paralelo até 1975. A história do urbanismo e da arquitetura são aqui estudados com o objectivo de se perceber e entender melhor as transformações de Luanda no período de 1950 a 1975. Mas não se consegue estudar uma cidade sem se conhecer o seu passado, por isso foram também analisados os acontecimentos num período anterior. O conjunto de edificações é um marco para a cidade e como tal carece de estudos para que a sociedade, os estudantes e os visitantes tenham consciência do seu real valor e possam contribuir para a valorização do seu patrimônio. A presente dissertação de Mestrado tem como objeto identificar e apelar a sociedade para a importância no tombamento das obras do movimento moderno existentes na cidade de Luanda, com base nas referências estudadas no estado da arte sobre o movimento moderno, por forma a identificar e provar a existência e as doutrinas do maior promotor do movimento moderno, o arquiteto de origem suíça Le Corbusier. / The architecture and urban style of Luanda have been developing since 1575. It was the moment when the founder Paulo Dias de Novais arrived in Luanda and founded the village of São Paulo de Loanda. For several centuries Luanda was one of the points to be present in the process of Portuguese occupation. The Portuguese were gradually occupying the city, where the lower part was occupied by merchants and slave traders and the higher part by the political power and Catholic Church. The donation of land for merchants and Christians gave the city a spontaneous development, but over time it benefited from professionals who by understanding design, geometry and construction were directing the city towards a better destiny. Until the late nineteenth century the city of Luanda was regarded as having a heritage for its military, civil and religious architecture, but little was done by the Portuguese governments in the sense of appreciating that heritage. In the 20s and 30s of the twentieth century the city began to benefit from professionals linked to architecture and urbanism and started to play an itinerant role. This process was not the most appropriate, but it served to offer the city a better direction. After 1938 the city of Luanda started having resident architects such as Fernando Batalha, Vasco Vieira da Costa, Antonieta Jacinto, António Campino, Fernão Lopes, Simões de Carvalho, Francisco Silva Dias, José Luis Pinto da Cunha, the Castilho brothers, Ana Torres and many others that after graduating from the Fine Arts Schools of Porto and Lisbon and from the Le Corbusier Atelier, decided to build the city of Luanda according to their doctrines, treating it as their land. With these professionals the city of Luanda developed in a different manner with modern movement characteristics and with the new State policies in a capitalistic and dictatorial economy. Two diverging ideologies that prevailed in parallel until 1975. The history of urban styles and architecture are studied here with the objective of better understanding and perceiving the transformations undergone in Luanda between 1950 and 1975. Because a set of buildings is a milestone for a city and therefore lacks studies so that society, students and visitors can be aware of its real value and may contribute to the enhancement of its heritage. This Master\'s thesis has the aim to identify and appeal to society to the importance of overturning the modern movement works existing in the city of Luanda, based on references studied in the state of art on the modern movement in order to identify and prove the existence and doctrines of the biggest promoter of the modern movement, the Swiss origin architect Le Corbusier.
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