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Recuperação dos isoladores de vidro das linhas de transmissão condenados por corrosão e avaliação da aplicação de nanotecnologia na redução de acúmulo de poluentesSILVA, Luiz Carlos da 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / As cadeias de isoladores de vidro são largamente utilizadas tanto para isolar os
condutores de eletricidade da terra como suportá-los mecanicamente nas torres das linhas
de transmissão. Em termos construtivos, um isolador de vidro para linhas de transmissão de
energia elétrica possui uma campânula metálica, disco de vidro temperado, pino metálico e
argamassa de cimento Portland ou cimento aluminoso. A argamassa tem função estrutural
de fixar o pino metálico ao disco de vidro temperado, podendo suportar cargas mecânicas
elevadas de 80 kN a 120 kN. Eletricamente, um isolador comporta-se como um capacitor, e
a suportabilidade da tensão de disrupção de um isolador depende de vários parâmetros, tais
como da distância de caminho entre os condutores elétricos, limpeza, atmosfera envolvida,
tipo e integridade do material utilizado na fabricação.
Para exemplificar, o sistema CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco),
empresa brasileira de produção, transmissão e comercialização de energia elétrica a nove
estados do norte-nordeste, possui cerca de 20 mil km de linhas de transmissão e mais de 3
milhões de isoladores de vidro instalados, que representam 80 % do total de isoladores em
operação. A CHESF substitui anualmente cerca de 60.000 isoladores de vidro danificados
por novos isoladores, devido à corrosão por oxidação do pino metálico gerada pelo elevado
campo elétrico e as ações de intempéries.
Na transmissão e distribuição de energia elétrica a poluição é um grande problema.
Spray de sais, poluentes industriais e mesmo areia do deserto levam à interrupção das
linhas de transmissão devido à ocorrência de arco elétrico e disrupção.
Filmes auto-limpantes compelem a superfície onde são aplicadas as seguintes
características: repulsão a água; deflexão de poeiras ou sujeiras; rejeição de limo; fácil de
lavar ou efeito auto-limpante; melhora a resistência a intempéries ambientais; evita
corrosão do vidro; proteção por longos períodos.
O objetivo da presente pesquisa é desenvolver um processo de substituição do pino
metálico do isolador de vidro condenado por corrosão e avaliar a utilização de produto
nanotecnológico na superfície do disco de vidro para minimizar o acúmulo de poluentes.Para obter sucesso na presente pesquisa realizou-se a caracterização por técnicas
avançadas da argamassa estrutural de fixação do pino metálico ao disco de vidro utilizada
atualmente, o estudo das propriedades reológicas das argamassas comerciais para
selecionar o material adequado para o processo de fixação do novo pino metálico ao disco
de vidro, ensaios de resistência mecânica à tração do isolador com o novo pino metálico e
aplicação do filme ultrafino hidrofóbico na superfície vítrea dos isoladores.
As técnicas de caracterização avançadas utilizadas provaram que existe uma variação
das propriedades físico-químicas das argamassas estruturais empregadas nos isoladores de
vidro para fixação do pino metálico ao disco de vidro em função do ano de fabricação do
isolador. O material comercial selecionado para fixação do novo pino metálico ao disco de
vidro foi empregado com sucesso. A superfície vítrea do isolador foi modificada com a
aplicação do filme ultrafino hidrofóbico
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