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Infinito, imanência e transcendência na filosofia judaica medieval: Hasdai Crescas / Infinity, Immanence and Transcendence in Medieval Jewish Philosophy: Hasdai CrescasLeone, Alexandre Goes 09 October 2018 (has links)
Hasdai Crescas (1340 -1411), foi filosofo, rabino e homem público, que viveu em um período muito turbulento para as comunidade judaicas ibéricas e provençais, do final da Idade Média. Crescas fez uma crítica veemente ao paradigma aristotélico recebido da falsifa, que foi usado por Maimônides para embasar e provar a existência, unidade e incorporeidade de Deus, conceituado no Guia dos Perplexos como o ser necessário absolutamente transcendente em relação aos seres contingentes. Crescas elabora, em Or Hashem ( Luz do Nome Divino), um conceito alternativo de ser necessário, no qual as duas noções antitéticas de imanência e transcendência divinas se relacionam à distinção, no seio do ser necessário entre sua essência simples e os seus infinitos atributos. A essência simples e inefável do ser necessário se expressa em infinitos atributos no ato eterno e constante de doar na univocidade do ser, seu bem, sua atualidade, aos infinitos entes contingentes. Crescas, advoga que universo apesar de ontologicamente contingente é infinito em sua atualidade. Deus é assim concebido como causa primeira eterna e constante, a enteléquia e Lugar do Mundo. / Hasdai Crescas (1340-1411) was a philosopher, rabbi and public man, who lived in a very turbulent period for the Iberian and Provençal Jewish communities of the late Middle Ages. Crescas made a vehement criticism of the Aristotelian paradigm received from falsifa, which was used by Maimonides to ground and prove the existence, unity, and incorporeality of God, which was conceptualized in the Guide of the Perplexed as the absolutely necessary transcendent being in relation to contingent beings. Crescas elaborates, in Or Hashem (Light of the Divine Name), an alternative concept of being necessary, in which the two antithetical notions of divine immanence and transcendence relate to the distinction, within the necessary being between its simple essence and its infinite attributes . The simple and ineffable essence of the necessary being is expressed in infinite attributes in the eternal and constant act of giving in the univocity of being, its good, its actuality, to the infinite contingent entities. Crescas, advocates that universe although ontologically contingent is infinite in its actuality. God is thus conceived as the eternal and constant first cause, the entelechy and Place of the World.
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