(...) A escolha do tema prende-se com os nossos interesses de investigação inscritos no campo da arquitetura civil setecentista, caracterizada pela propagação de edifícios públicos dotados de funções específicas e desprovidos de qualquer necessidade de legitimação de natureza religiosa, tais como: hospitais, teatros, prisões e quartéis. Presentemente direcionamos a nossa atenção para a arquitetura hospitalar, uma vez que a temática vem permanecendo algo esquecida pela historiografia da arte em Portugal, além de nos permitir tecer relações entre a história da ciência, da técnica e da cultura tendo presente o contexto político, económico e social da época. Interessa-nos estudar as tipologias dos edifícios hospitalares que se constroem um pouco por toda a Europa, nomeadamente em Portugal, bem como os autores dos projetos, as fontes de inspiração, as características dos programas construtivos e dos homens envolvidos na sua materialização à luz dos ideais iluministas que marcam o período histórico em causa, colocando, naturalmente, o enfoque no Hospital de Santo António – projetado por um experiente e reputado arquiteto britânico – que começou a ser erigido na cidade do Porto, no ano de 1769. A construção do imóvel dilatou-se no tempo sem que o plano inicial viesse a ser inteiramente materializado. Daí que a nossa baliza cronológica esteja relacionada com a eclosão da guerra civil em 1832, que impôs uma nova e contundente paragem nas obras do Hospital de Santo António. (...)

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O presente trabalho consiste no estudo do conjunto urbano entre a Avenida dos Aliados e a Rua de Ceuta, através da análise da evolução da sua forma urbana, das funções das componentes espaciais, contribuindo para a percepção fenómenos de vida da cidade do Porto, poderá reflectir e (d)escrever as diferentes tendências da história da arquitectura em Portugal, e as diferentes maneiras de pensar o urbanismo e artes plásticas.

O presente trabalho debruça-se sobre a História da Arquitectura e Urbanismo numa praça da cidade do Porto - Praça da Liberdade -, desde os seus primórdios até 1932

Na segunda metade do século XVIII, a cidade do Porto conheceu intervenções urbanísticas e arquitectónicas marcantes. Na presente dissertação de mestrado, colocámos o enfoque no estudo do Quartel do Segundo Regimento de Infantaria e da Real Casa Pia de Correcção e de Educação e Aquartelamento das Partidas Avulsas por representarem os dois edifícios públicos mais importantes construídos no final de Setecentos. Atentámos nas razões subjacentes à sua edificação, nos meios financeiros que viabilizaram as respectivas obras e na inspecção das mesmas. A localização e a compra dos terrenos necessários para a empreitada mereceram o nosso interesse. Procurámos ainda dar uma resposta quanto à autoria do risco dos quartéis, delinear a trajectória profissional dos arquitectos ligados à edificação dos imóveis, estabelecer as suas possíveis fontes de inspiração e os formulários da linguagem arquitectónica adoptados. Intentámos analisar a cronologia das obras e o funcionamentodos estaleiros. Todavia, importa referir que o teor das fontes documentais perscrutadas determinou a abordagem da nossa temática