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O ethos negativo e a arte de vanguarda : modernismo destrutivo das vanguardas históricas do início do século XX

Hagihara, Márcio 13 April 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2007. / Submitted by Fabrícia da Silva Costa Feitosa (fabriciascf@gmail.com) on 2009-12-15T23:26:34Z No. of bitstreams: 1 2007_MarcioTakeoSobralHagihara.PDF: 1619374 bytes, checksum: a59000341d4714e05b9023d6aaafae76 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2009-12-15T23:36:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_MarcioTakeoSobralHagihara.PDF: 1619374 bytes, checksum: a59000341d4714e05b9023d6aaafae76 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-12-15T23:36:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_MarcioTakeoSobralHagihara.PDF: 1619374 bytes, checksum: a59000341d4714e05b9023d6aaafae76 (MD5) Previous issue date: 2007-04-13 / No tocante à análise sociológica da arte, a fase de transição entre o romantismo e o modernismo permanece obscura. Anteriormente ao modernismo construtivista emergiu o modelo vanguardista de arte, caracterizado pelo profundo teor niilista, antitético e destrutivo. A arte gauche dos realistas e dos impressionistas, bem como, as vanguardas negativas como o expressionismo, o surrealismo e o dadaísmo foram indispensáveis para a consolidação da autonomização do campo artístico por meio da criação de instituições, grupos e, principalmente, de um ethos artístico específico. A lógica da negatividade, resultado da rede de interações sociais e dos vários tipos de afiliações entre a intelligentsia e as elites políticas, abriu caminho para a institucionalização de valores como a originalidade da obra de arte, a liberdade de criação e a expressão subjetiva, a tríade guiadora das ações sociais do artista e do processo criativo dos artistas de vanguarda no início do século XX. A autonomização do campo artístico gravitou em torno de uma ética da convicção baseada na crítica social, denominada ethos negativo. Entretanto, os artistas não se limitaram a repetir uma mera formulação dos intelectuais de esquerda. A negação através da arte implicou especificidades. Uma história social de rechaçamentos e alijamentos alimentou a utopia dos artistas de vanguarda em destruir a esperança positivista e criar sua própria idéia de futuro. A arte modernista precisou arruinar o passado e o futuro para construir sua própria utopia. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In regards to the sociological analysis of the art, the phase of transition between Romantism and Modernism remains obscure. Previously to the constructivist modern art, the avant-garde model of art, characterized for the deep nihilistic, antithetic, and destructive text, emerged. The gauche art of realists and impressionists, as well as, negative avant-gardes as Expressionism, Surrealism and Dadaism had been indispensable for the consolidation of the autonomization of the artistic field, by means of the creation of institutions, groups and, mainly, of a specific artistic ethos. The negative logics, resulted of the social web interactions and some types of affiliations between the intelligentsia and the political elites had opened way for the institutionalization of values as the originality of the work of art, the freedom of creation and the subjective expression, the guiding triad of the social actions of the artist, and of the creative process of the vanguard artists at the th beginning of the 20 Century. The autonomization of the artistic field turned around ethics of conviction, based on the social critical, the so called negative ethos. However, the artists had not limited themselves to repeat a mere formula of the left intellectuals. The negation in aesthetics work implied specificities. A social history of rejections and outsider actions fed the individualistic vanguard artists’ utopia in destroying the positivist hope and creating its inner idea of future. Modern art needed to put everything into ruins to construct its own utopia.

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