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O que restou da indignação?juventude e representações sociais de cidade ideal e conflitos urbanos após as manifestações de junho de 2013ROCHA, Carolina Carneiro 23 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-23 / CAPES / Recentemente, uma avalanche mundial de indignação protagonizada por jovens urbanos intrigaram estudiosos. No Brasil, o esfriamento das ações pôs em dúvida a implicação dos jovens. Com base na articulação psicossociológica de Doise, investigamos as representações sociais de cidade ideal e conflitos urbanos para 197 jovens de classe média de Fortaleza-CE. Utilizamos associação livre de palavras sobre cidade ideal, escala de posicionamentos em conflitos urbanos e levantamento de inserções e vivências sociais. A análise foi embasada no paradigma das três fases, realizada por Análises Fatoriais apoiadas nos softwares Trideux e SPSS. Os resultados sobre cidade ideal indicaram representações centralizadas em questões públicas e organizadas em quatro modelos de cidade: democrática, pacífica, organizada e ouvida. Variações intergrupais deram-se em função das representações do cidadão, dos problemas urbanos e das pertenças dos sujeitos. Os resultados sobre conflitos urbanos indicaram campo comum composto por princípios de gestão íntegra e transparente da cidade, coletividade e garantia de direitos. As representações foram organizadas em torno das minorias sociais, dos usos da cidade e do preço a pagar pela Copa do Mundo. Ancoraram-se em inserções educacionais, ocupacionais e de participação em ações sociais. Conclui-se que muitas das demandas levantadas em 2013 compõem o senso comum dos jovens de classe média urbana pós-manifestações, e que estes se posicionam com boa adesão aos princípios do direito à cidade, especialmente se provenientes da universidade pública e participantes de ações sociais.
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