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A localização dos pobres nas cidades brasileiras : um estudo sobre a situação dos assentamentos humanos às margens da lagoa Mundaú em Maceió, Alagoas. / The location of the poor people in brasilians cities: a study about the situation of human settlements on the banks of the Mundaú Lagoon, in Maceió, Alagoas.Melo, Taina Silva 26 April 2010 (has links)
The current work has as its general theme the solutions-locations found by the poorest part of
the population of Brazilian cities in terms of housing. It specifically addresses the
appropriation of environmentally sensitive areas in urban locations for that purpose, (more
precisely, the edges of urban water bodies), and the conflicts (social, environmental and,
consequently, political) that surround such situations. The research is a case study which has
as its empirical focus the situation of the human settlements on the banks of the Mundaú
Lagoon in Maceió, capital of Alagoas, and takes as its starting point the hypothesis that "the
urban environmental issue is primarily a housing problem and a problem of the adoption of
policies that will facilitate the access of the majority of the population to adequate housing".
(Martins 2002, p.126)
The discussion focuses initially on the relationship between the process of urbanization and
poverty in Brazil, contextualizing the settlements of the poorest part of the population of
Brazilian cities and specifically of the city of Maceió. This is followed by a discussion of the
socio-environmental dimension of human settlements in environmentally sensitive areas,
especially those located on the shores of Mundaú Lagoon. Later, we discuss public policies
for the promotion of housing for the poorest in Brazilian cities, with emphasis on those
policies which are related to the human settlements on the banks of Mundaú Lagoon, and
point out the conflicts of interest that permeate the decisions of public authorities, especially
those with respect to the use and occupation of environmentally fragile areas in the urban
space.
The work leads us to understand that the phenomenon of precarious human settlements in
environmentally fragile areas is the result of the reproductive processes of the socio-spatial
inequalities inherent in the reproduction of urban space in Brazil. In this manner we come to
see the urban environmental issue as a problem that stems from the difficulties of access to
adequate housing of most of the population. While this access is determined by the income of
the population the place of the poor will be a place ever more excluded from the benefits of
the city. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / O presente trabalho tem por tema geral as soluções-localizações encontradas pela população
mais pobre nas cidades brasileiras para moradia. Aborda-se especificamente a apropriação de
áreas ambientalmente frágeis em meios urbanos para aquele fim, mais precisamente, as
margens de corpos d água urbanas, bem como os conflitos (sociais, ambientais e,
conseqüentemente, políticos) que envolvem tais situações. A pesquisa consiste em um estudo
de caso, que tem por objeto empírico a situação dos assentamentos humanos às margens da
lagoa Mundaú, em Maceió, capital de Alagoas e parte da hipótese de que a questão
ambiental urbana é antes de tudo um problema de moradia e de adoção de políticas que
possibilite o acesso da maioria da população a uma moradia adequada. (MARTINS 2002,
p.126)
A discussão trata inicialmente da relação entre o processo de urbanização e a pobreza no
Brasil, contextualizando os assentamentos da população mais pobres nas cidades brasileiras e
especificamente na cidade de Maceió. Em seguida, discute-se a dimensão socioambiental dos
assentamentos humanos em áreas ambientalmente frágeis, mas especificamente, daqueles
localizados às margens da Lagoa Mundaú. Posteriormente, abordam-se as políticas públicas
de promoção de habitação para os mais pobres nas cidades brasileiras, enfatizando-se aquelas
referentes aos assentamentos humanos às margens da lagoa Mundaú e aponta-se para os
conflitos de interesse que permeiam as decisões do poder público, especialmente, quando se
referem ao uso e ocupação de áreas ambientalmente frágeis no espaço urbano.
O trabalho leva a compreensão de que o fenômeno dos assentamentos humanos precários em
áreas ambientalmente frágeis é fruto dos processos de reprodução das desigualdades sócioespaciais
inerente à reprodução do espaço urbano no Brasil. Desse modo, a questão ambiental
urbana aparece como um problema decorrente das dificuldades de acesso à moradia adequada
da maior parte da população. Enquanto esse acesso estiver condicionado à renda da
população, cada vez mais, a localização dos pobres consistirá em locais excluídos dos
benefícios da cidade.
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