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Coletivos culturais no Recife : uma cartografia da amizadePONTES, Célio Rodrigues de Lima 27 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-27 / This dissertation is characterized as an exploratory study on cultural collectives in Recife, at the beginning of the twenty-first century. It aims to understand the present modes of action in collective cultural activism, especially in the formulation of aesthetic narratives, as fields of action that contribute to the development of socio-educational processes based on collaborative work and cultural activism as modes of intervention in public policies and practices. In this sense, they are new collective practices that activate, question and demand public policies in the most diverse fields of life in the great centers, such as urbanism, culture, education and labor market, whose main articulation of this way of acting is friendship, here taken in its biopolitical dimension. Although it is necessary to make a brief analysis about the forms of organization and social participation of these collectives, within this master's degree, our path is guided by the relations between the narratives that develop an immersive and sensorial perception of pontential transformations, now underway, impacting and meaning new territories of belongings and affections. Therefore, the theoretical methodological journey proposes the reflection on Culture, without the pretension of thematic egotism, but, above all, aiming to structure the conceptual dialogue between collective processes, reterritorialization, friendship and contestation. From an immersion, in the form of ambulatory chronicles, it was possible to reveal in a universe of seventy collectives, a mapping of experiences and artistic occupations aiming to compose the beginning of a contemporary cultural cartography of the city of Recife, making possible the construction of other glances in the field of academic research. / A presente dissertação caracteriza-se como um estudo exploratório sobre coletivos culturais no Recife, neste início de século vinte e um. Tem por objetivo compreender os modos de atuação presentes no ativismo coletivo cultural, especialmente na formulação de narrativas estéticas, como campos de atuação que contribuem para o desenvolvimento de processos socioeducativos baseados no trabalho colaborativo e no ativismo cultural como modos de intervenção nas políticas públicas e nas práticas cidadãs. Nesse sentido, são novas práticas coletivas que ativam, questionam e demandam políticas públicas nos mais diversos campos da vida nos grandes centros, tais como urbanismo, cultura, educação e mercado de trabalho, cujo principal dispositivo de articulação desse modo de atuar é a amizade, aqui tomada em sua dimensão biopolítica. Ainda que seja necessário fazer uma breve análise sobre as formas de organização e participação social desses coletivos, no âmbito deste mestrado, nosso caminho se pauta pelas relações entre as narrativas que desenvolvem uma percepção imersiva e sensorial de pontenciais transformações, ora em curso, impactando e ressignificando novos territórios de pertencimentos e afetos. Portanto, a jornada teórico metodológica propõe a reflexão sobre Cultura, sem a pretensão de egotamento temático, mas, sobretudo, visando estruturar o diálogo conceitual entre processos coletivos, reterritorialização, amizade e contestação. A partir de uma imersão, na forma de crônicas deambulatórias, foi possivel revelar num universo de setenta coletivos pesquisados, um mapeamento de experiências e ocupações artísticas visando compor o início de uma cartografia cultural contemporânea da cidade do Recife, possibilitanto a construção de outros olhares no campo da pesquisa acadêmica.
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O novo engajamento cultural: militância e trabalho com políticas públicas em São Paulo / The new cultural engagement: militancy and work with public policies in São PauloOliveira, Taiguara Belo de 23 April 2018 (has links)
Este trabalho investiga os processos constitutivos, as condições de atuação e o sentido político do que chama de novo engajamento cultural. Desde os anos 1990 surge na cidade de São Paulo um novo conjunto de experiências associativas informais, autodenominadas coletivos, que atualizam as formas de relacionamento entre o fazer cultural e a militância política. Essa nova configuração político-cultural notabiliza-se por se aliar a temáticas cotidianas que emanam do meio social dos públicos ou territórios com que estão envolvidos ao mesmo tempo em que direciona seus esforços para fazer do coletivo um espaço de experimentação de novas relações produtivas. Do mesmo modo, o fenômeno parece desenvolver-se nos termos de novas modalidades laborais, já que a formação de coletivos aparece também como via alternativa de acesso a subvenções públicas propiciadas pelas novas políticas culturais estruturadas por sistemas de financiamento direto a projetos selecionados através de editais públicos. A hipótese é de que a emergência do novo engajamento cultural é estreitamente vinculada com o paradigma antropológico de política cultural que se firmou no país ao longo dos anos 2000, favorecendo-se das modulações políticas operadas pela era de hegemonia dos governos progressistas. Para tanto, privilegia como arco histórico de análise os debates, formulações e impasses enfrentados pelas instâncias organizativas de dois movimentos culturais que se formaram ao redor de dois programas públicos municipais: o Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, de 2002, e a breve experiência do Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo, de 2016. Isso é feito através de observação direta participante (no período 2011-2017) em espaços organizativos dos movimentos; análise de dados secundários compostos por atas, legislações, projetos e outros documentos atinentes à relação entre coletivos e poder público; e pesquisa bibliográfica que permitiu pensar, por diferentes perspectivas, o atual papel da cultura frente às transformações mais recentes do sistema capitalista. Em seus resultados, a pesquisa sugere que a agenda cultural antropológica, forjada em sintonia com as novas estratégias de gerenciamento político global e com a centralidade assumida pela cultura na nova etapa de acumulação, degenera o sentido político destas pequenas experiências ao instrumentalizar a capacidade mobilizadora e auto-organizativa demonstrada por elas. Intrínsecos ao novo paradigma, os sistemas de financiamento baseado na forma-edital serviram a que a norma competitiva neoliberal se infiltrasse nestes pequenos ensaios organizativos informais, o que reduziu o potencial emancipador aí presente a uma forma subordinada de trabalho e transformou os processos interativos por eles produzidos em novas espécies de mercadoria. / This work researches the constitutive processes, the conditions of action and the political sense of what it calls a new cultural engagement. Since the 1990s a new set of informal associative experiences, self-described collectives, has emerged in the city of São Paulo and updated the forms of relationship between cultural making and political activism. This new political-cultural composition is notable for its alliance with the everyday themes emanating from the social milieu of the public or territory with which they are involved. At the same time, there are direct efforts to experiment new productive relations inside the collectives. Likewise, the phenomenon seems to develop in terms of new forms of labor, since constituting collectives also appears as an alternative way to access public subsidies through new cultural policies that fund projects which are selected in open calls. The hypothesis is that the emergence of the new cultural engagement is closely linked to the anthropological paradigm of cultural policy that was established in the country during the years 2000, favored by political modulations operated by an era of hegemony of progressive governments. In order to do so, it analises the historical arc of debates, formulations and impasses faced by the organizational instances of two cultural movements that were formed around two municipal public plans: Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, established in 2002, and the brief experience of Fomento à Cultura da Periferia, established in 2016. This is done through participant direct observation in organizational spaces of the movements (during the period of 2011-2017); analysis of secondary data composed by minutes, laws, projects and other documents concerning the relationship between collectives and public power; and bibliographical research as subsidy to reflect, from different perspectives, on the current role of culture in face of the most recent transformations of the capitalist system. In its conclusions, this research suggests that the anthropological cultural agenda, forged in tune with the new global political management strategies and with the centrality assumed by culture in the new stage of accumulation, degenerates the political meaning of those small experiences by instrumentalizing their demonstrated mobilizing and self-organization capacity. The funding systems based on the open call form, intrinsic to the new paradigm, served to the infiltration of the neoliberal competitive norm into these small informal organizational experiments; reducing thus the emancipatory potential present there to a subordinate form of work and transforming the interactive processes they produced into new types of commodity.
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O novo engajamento cultural: militância e trabalho com políticas públicas em São Paulo / The new cultural engagement: militancy and work with public policies in São PauloTaiguara Belo de Oliveira 23 April 2018 (has links)
Este trabalho investiga os processos constitutivos, as condições de atuação e o sentido político do que chama de novo engajamento cultural. Desde os anos 1990 surge na cidade de São Paulo um novo conjunto de experiências associativas informais, autodenominadas coletivos, que atualizam as formas de relacionamento entre o fazer cultural e a militância política. Essa nova configuração político-cultural notabiliza-se por se aliar a temáticas cotidianas que emanam do meio social dos públicos ou territórios com que estão envolvidos ao mesmo tempo em que direciona seus esforços para fazer do coletivo um espaço de experimentação de novas relações produtivas. Do mesmo modo, o fenômeno parece desenvolver-se nos termos de novas modalidades laborais, já que a formação de coletivos aparece também como via alternativa de acesso a subvenções públicas propiciadas pelas novas políticas culturais estruturadas por sistemas de financiamento direto a projetos selecionados através de editais públicos. A hipótese é de que a emergência do novo engajamento cultural é estreitamente vinculada com o paradigma antropológico de política cultural que se firmou no país ao longo dos anos 2000, favorecendo-se das modulações políticas operadas pela era de hegemonia dos governos progressistas. Para tanto, privilegia como arco histórico de análise os debates, formulações e impasses enfrentados pelas instâncias organizativas de dois movimentos culturais que se formaram ao redor de dois programas públicos municipais: o Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, de 2002, e a breve experiência do Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo, de 2016. Isso é feito através de observação direta participante (no período 2011-2017) em espaços organizativos dos movimentos; análise de dados secundários compostos por atas, legislações, projetos e outros documentos atinentes à relação entre coletivos e poder público; e pesquisa bibliográfica que permitiu pensar, por diferentes perspectivas, o atual papel da cultura frente às transformações mais recentes do sistema capitalista. Em seus resultados, a pesquisa sugere que a agenda cultural antropológica, forjada em sintonia com as novas estratégias de gerenciamento político global e com a centralidade assumida pela cultura na nova etapa de acumulação, degenera o sentido político destas pequenas experiências ao instrumentalizar a capacidade mobilizadora e auto-organizativa demonstrada por elas. Intrínsecos ao novo paradigma, os sistemas de financiamento baseado na forma-edital serviram a que a norma competitiva neoliberal se infiltrasse nestes pequenos ensaios organizativos informais, o que reduziu o potencial emancipador aí presente a uma forma subordinada de trabalho e transformou os processos interativos por eles produzidos em novas espécies de mercadoria. / This work researches the constitutive processes, the conditions of action and the political sense of what it calls a new cultural engagement. Since the 1990s a new set of informal associative experiences, self-described collectives, has emerged in the city of São Paulo and updated the forms of relationship between cultural making and political activism. This new political-cultural composition is notable for its alliance with the everyday themes emanating from the social milieu of the public or territory with which they are involved. At the same time, there are direct efforts to experiment new productive relations inside the collectives. Likewise, the phenomenon seems to develop in terms of new forms of labor, since constituting collectives also appears as an alternative way to access public subsidies through new cultural policies that fund projects which are selected in open calls. The hypothesis is that the emergence of the new cultural engagement is closely linked to the anthropological paradigm of cultural policy that was established in the country during the years 2000, favored by political modulations operated by an era of hegemony of progressive governments. In order to do so, it analises the historical arc of debates, formulations and impasses faced by the organizational instances of two cultural movements that were formed around two municipal public plans: Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, established in 2002, and the brief experience of Fomento à Cultura da Periferia, established in 2016. This is done through participant direct observation in organizational spaces of the movements (during the period of 2011-2017); analysis of secondary data composed by minutes, laws, projects and other documents concerning the relationship between collectives and public power; and bibliographical research as subsidy to reflect, from different perspectives, on the current role of culture in face of the most recent transformations of the capitalist system. In its conclusions, this research suggests that the anthropological cultural agenda, forged in tune with the new global political management strategies and with the centrality assumed by culture in the new stage of accumulation, degenerates the political meaning of those small experiences by instrumentalizing their demonstrated mobilizing and self-organization capacity. The funding systems based on the open call form, intrinsic to the new paradigm, served to the infiltration of the neoliberal competitive norm into these small informal organizational experiments; reducing thus the emancipatory potential present there to a subordinate form of work and transforming the interactive processes they produced into new types of commodity.
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