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Atenção primária da saúde para prevenção da deficiência visual congênita em crianças / Primary Health Care for the Prevention of Congenital Visual Impairment in Children

Batista, Joana D'arc Lyra 27 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-09-25T12:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Investigate the preventive process of congenital visual impairment during the prenatal care performed by the nurses in the Estratégia Saúde da Família. A transversal, descriptive and exploratory study with a quantitative approach using primary and secondary data accomplished in the Secretaria de Saúde of Campina Grande city, Paraíba-Brazil, by the notifications of congenital syphilis from SINAN-NET and a questionnaire involving 83 nurses from the Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF s) located in urban area of that city. The Software SPSS 13.0 was used for the data processing, and a statistical treatment making use of descriptive statistics and chi-square test. This present study gained Ethical Approval in the Comitê de Ética em Pesquisa under protocol No. 161888513.7.00005187.Results: The data were collected during 2007-2012, and revealed an annual increasing with a total of 113 cases of congenital syphilis in Campina Grande city, Paraíba, Brazil. In relation to the mother s profile, through the samples of the cases identified, it is observed that 63,7% of them were 20 to 34 years old; 76,9% of them are mixed race/color; 30% had incomplete primary education; 98,2% of the notified children were less than 1 year old; 97% lived in urban area; 78,7 of the mothers underwent prenatal care; 62,8% underwent syphilis treatment improperly and 79,6¨% of the mothers did not have their partners treated. In relation to the preventive actions performed during prenatal care with (n) nurses, it is concluded that 69.9% of nurses did not perform educational activities on prevention of disabilities; 83,6 % informed about the importance of rubella immunization; 100% required serology for toxoplasmosis, 98,6% for syphilis; 57,5% underwent the mothers pregnancy syphilis treatment in their own USBF s units; 97,3% of the nurses affirmed to have treated the pregnant woman and her partner; 90,4% made reference to toxoplasmosis prevention; 64% did not guide or order the mothers to protect the children s play areas; 64,4% guided the mothers to wash their hands after touching land; 89% guided the mothers to wash fruit and vegetables before eating them; 51,2% did not guide to do cleaning in cats sanitary boxes every day; 56,2% affirmed to have guided mothers about vector control, 90,4% about drinking treated or boiled water, 72,2% about eating well-done meats and 52,1% about not to eat raw meat. In relation to the nurses actions and profiles, we observed that the majority did not present a statistically significant association, standing out the ones who have obtained association. Some nurses who did not know the guiding policy to combat congenital visual impairment were the ones who made less reference to the prevention of this disability, a result of professional unpreparedness. The results show that the prevention of congenital visual impairment is accomplished, but in an indirect and unsatisfactory way in relation to the increasing number of cases of congenital syphilis, an easily prevention, detection and treatment disease. The nurses perform most of the actions recommended in prenatal. However, they demonstrate professional unpreparedness at issue health education, especially in relation to congenital visual impairment. / Objetivou-se investigar o processo de prevenção à deficiência visual congênita durante o pré-natal realizado pelo enfermeiro inserido na Estratégia Saúde da Família. Foi feito um estudo transversal, descritivo e exploratório com abordagem quantitativa utilizando dados primários e secundários realizado na Secretaria de Saúde do Município de Campina Grande- PB por meio das notificações de sífilis congênita no Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET) e com 83 enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde da Família situadas na zona urbana utilizando questionário. Foi utilizado um software estatístico para processamento dos dados, fazendo-se uso da estatística descritiva e do teste qui-quadrado. O presente estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob protocolo nº16188513.7.0000.5187. Os dados foram levantados no período de 2007 a 2012, sendo constatado um crescimento anual totalizando113 casos de sífilis congênita no município de Campina Grande-PB. Em relação ao perfil materno, observou-se que da amostra de casos identificadas 63,7% tinham de 20-34 anos de idade, 76,9% são da raça/cor parda, 30% possuem o ensino fundamental incompleto, 98,2% das crianças notificadas eram menores de 1 ano de idade, 97% residiam na zona urbana, 78,7% das mães realizaram pré-natal, 62,8% fizeram tratamento para sífilis de forma inadequada e 79,6% não tiveram seus parceiros tratados. Em relação às ações de prevenção realizadas no pré-natal com enfermeiros, conclui-se que 69,9% dos enfermeiros não realizam atividades educativas sobre prevenção de deficiências, 83,6% informaram sobre a importância da vacinação contra rubéola, 100% solicitaram sorologia para toxoplasmose, 98,6% para sífilis, 57,5% fizeram o tratamento da sífilis gestacional na própria unidade, 97,3% dos enfermeiros afirmam que trataram a gestante e seu parceiro, 90,4% fazem referência na consulta a toxoplasmose, 64,4% não orientam as mães a proteger áreas de recreação infantil, 64,4% orientam a lavar as mãos ao manipular a terra, 89% orientam a lavar as frutas e verduras antes de ingeri-las, 52,1% não orientam a fazer limpeza diária nas caixas sanitárias dos gatos, 56,2% afirmam orientar as mães quanto ao controle das moscas e vetores, 90,4% a ingerir apenas água tratada ou fervida, 72,2% a comer carnes sempre bem cozidas e 52,1% a não experimentar carnes cruas. Alusivo as associações feitas entre as ações e o perfil dos enfermeiros, verificou-se que a maioria não apresentou associação estatisticamente significativa, destacando-se entre as que obtiveram associação, o fato de alguns enfermeiros que não conheciam a política norteadora de combate a cegueira congênita, serem os que menos referiam em suas consultas a prevenção desta deficiência, demonstrando o despreparo profissional. Através dos resultados obtidos, pode-se concluir que a prevenção da deficiência visual congênita é realizada, porém de forma indireta e pouco satisfatória diante o crescente número de sífilis congênita que é de fácil prevenção, detecção e tratamento. Os enfermeiros conseguem realizar a maior parte das ações que são preconizadas pelo Ministério da Saúde quanto ao pré-natal, porém demonstram fragilidades no quesito educação em saúde e, principalmente, em relação à deficiência em questão.

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