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BioprospecÃÃo e atividade biolÃgica de produtos naturais das algas marinhas vermelhas Pterocladiella capillacea e Osmundaria obtusiloba / Bioprospection of natural products from the red marine algae Pterocladiella capillacea and Osmundaria obtusiloba and their biological activitiesDaniel Barroso de Alencar 15 January 2016 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O ambiente marinho possui grande biodiversidade de algas marinhas, sendo uma rica fonte natural de muitos compostos biologicamente ativos, como, compostos orgÃnicos volÃteis, carotenoides, clorofilas, ficobilinas, terpenos, esteroides, compostos fenÃlicos, alcaloides, polissacarÃdeos, vitaminas e Ãcidos graxos saturados e poli-insaturados, tornando-as cada vez mais procuradas para fins comerciais. O objetivo deste trabalho foi realizar bioprospecÃÃo e avaliar atividades biolÃgicas de produtos naturais das algas marinhas vermelhas Pterocladiella capillcea e Osmundaria obtusiloba. Os extratos etanÃlicos a 70% (EtOH 70%) das algas apresentaram os maiores valores do conteÃdo fenÃlico total (CFT) comparados aos extratos hexÃnicos (Hex). Os resultados do DPPH dos extratos Hex e EtOH 70% da O. obtusiloba foram maiores (43,46% e 99,47%) do que aqueles da P. capillacea (33,04% e 40,81%), na concentraÃÃo de 1.000 μg/mL. Quanto à habilidade de quelaÃÃo de Ãons ferrosos (FIC), observou-se um comportamento inverso, os extratos da P. capillacea apresentaram atividade superior aos da O. obtusiloba. Todos os extratos apresentaram um baixo poder de reduÃÃo de Ãons fÃrricos (FRAP), com variaÃÃo da densidade Ãptica entre 0,054 e 0,180. As atividades antioxidantes de todos os extratos algÃceos, avaliadas pela degradaÃÃo do β-caroteno (BCB), foram superiores a 40%. NÃo foi observada atividade antibacteriana contra as estirpes bacterianas testadas. Entretanto, os extratos das duas espÃcies foram capazes de aglutinar cÃlulas bacterianas Gram positivas de Staphylococcus aureus e Gram negativas de Escherichia coli, Salmonella sorovar Infantis multirresistente e Vibrio harveyi. Os compostos orgÃnicos volÃteis (COVs) e os Ãcidos graxos das algas marinhas vermelhas P. capillacea e O. obtusiloba foram analisados qualitativamente por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e quantitativamente por cromatografia gasosa (CG) equipada com detector de ionizaÃÃo de chama (DIC). Quanto aos COVs, ao todo foram identificados 31 constituintes diferentes nas espÃcies de algas, sendo alguns deles comuns Ãs duas. Em P. capillacea, dos 21 constituintes identificados, os majoritÃrios foram hexanal (50,4%), 2-pentilfurano (9,2%) e heneicosano (8,8%). Em O. obtusiloba dos dos 21 constituintes identificados, os majoritÃrios foram heneicosano (57,3%), hexanal (20,5%) e 1-pentadeceno (2,6%). Nove Ãcidos graxos foram identificados por CG-EM nas duas espÃcies. Em P. capillacea, os Ãcidos graxos majoritÃrios foram Ãcido palmÃtico (88,8%), Ãcido oleico (3,1%), Ãcido araquidÃnico (2,0%) e Ãcido eicosapentaenoico (1,9%). Em O. obtusiloba, os Ãcidos palmÃtico (55,6%), eicosapentaenoico (9,1%), oleico (8,9%) e araquidÃnico (8,5%) foram os majoritÃrios. A capacidade de sequestro do radical DPPH dos Ãcidos graxos apresentou uma atividade moderada variando de 25,90% a 29,97%. Os Ãcidos graxos de P. capillacea (31,18%) apresentaram uma moderada atividade FIC e os de O. obtusiloba (17,17%), fraca. O FRAP dos Ãcidos graxos de P. capillacea e O. obtusiloba apresentou baixa atividade. Com relaÃÃo ao BCB, a alga P. capillacea apresentou uma atividade de 61,24% na concentraÃÃo de 12,5 μg/mL e O. obtusiloba apresentou uma atividade de 49,13% na concentraÃÃo de 50 μg/mL. Este à o primeiro relato sobre identificaÃÃo e quantificaÃÃo de COVs, de compostos lipofÃlicos em extratos brutos das rodÃfitas P. capillacea e O. obtusiloba na costa Nordeste do Brasil. / There is a great diversity of seaweeds in marine environment that are natural rich sources of a variety of biologically active compounds, such as, volatile organic compounds, carotenoids, chlorophyls, phycobillins, terpenes, steroids, phenolic compounds, alkaloids, polysaccharides, vitamins, saturated and unsaturated fatty acids, one reason for becoming desirable for commercial uses. The objective of this work was to carry on a bioprospection and the evaluation of the biological activity of the natural products from the red marine algae Pterocladiella capillacea and Osmundaria obtusiloba. The 70% ethanolic extracts (70% EtOH) from both species showed higher values of total phenolic compounds (TPC) than hexanic (Hex) ones. The results of DPPH of both extracts, Hex and 70% EtOH, from O. obtusiloba were higher (43.46% and 99.47%) than those from P. capillacea (33.04% and 40.81%), at 1,000 μg/mL concentration. In contrast, the ferrous ion chelation (FIC) activity from P. capillacea extracts was superior to those of O. obtusiloba. All extracts showed low ferric ion reduction (FRAP) activity, with optical density varying from 0.054 to 0.180. The antioxidant activities of all agal extracts, measured by β-carotene bleaching (BCB), were above 40%. No antibacterial activity was observed against the tested strains. However, the extracts of both algae were capable of agglutinating bacterial cells: Gram positive Staphylococcus aureus and Gram negative Escherichia coli, multi-resistant Salmonella sorovar Infantis and Vibrio harveyi. The volatile organic compounds (VOCs) and the fatty acids of the red marine algae P. capillacea and O. obtusiloba were analyzed qualitatively by gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS) and quantitatively by gas chromatography with a flame ionization detector (GC-FID). Thirty-one different VOCs were identified in these alga species, some of which are common to both. In P. capillacea, out of twenty-one identified compounds, the major were hexanal (50.4%), 2-pentylfuran (9.2%), and heneicosane (8.8%). On the other hand, in O. obtusiloba, out of twenty-one identified compounds, the major were heneicosane (57.3%), hexanal (20.5%) and 1-pentadecane (2.6%). Nine fatty acids were identified by GC-MS in the two species. In P. capillacea, the principal fatty acids were palmitic acid (88.8%), oleic acid (3.1%), arachidodic acid (2.0%), and eicosapentaenoic acid (1.9%). In O. obtusiloba, palmitic acid (55.6%), eicosapentaenoic (9.1%), oleic (8.9%), and arachidonic (8.5%) were the most important fatty acids found. The scavenging of DPPH free radical of the fatty acids from both species showed a moderate activity, which varied from 25.90% to 29.97%. Fatty acids obtained from P. capillacea (31.18%) exhibited moderate FIC activity, whereas those from O. obtusiloba (17.17%), just weak. The FRAP measured from the fatty acids from both P. capillacea and O. obtusiloba showed low activity. Considering the BCB, the activity of P. capillacea was 61.24% in the 12.5 μg/mL concentration, and for O. obtusiloba, BCB activity was 49.13% in the 50 μg/mL concentration. This is the first report on the identification and quantification of VOC, from crude extracts of the red marine algae P. capillacea and O. obtusiloba, collected in the Northeast coast of Brazil.
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