Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciencias Humanas, 1996 / Made available in DSpace on 2012-10-16T11:11:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T20:32:25Z : No. of bitstreams: 1 104342.pdf: 66262928 bytes, checksum: f03988c7c5da336d24fdcdfcfa82a2b1 (MD5) / Nos estudos geomorfológico, estratigráfico e sedimentológico da planície costeira da região de Biguaçu, no contexto da bacia hidrográfica do rio homônimo, são abordados os múltiplos processos que interagem na região costeira em questão. A partir da análise dos processos e produtos sedimentares da área, foi possível aumentar os conhecimentos sobre os sistemas deposicionais costeiros e a influência antrópica neste processo. A análise estratigráfica, visando reconstituir as características paleoambientais da área de Biguaçu, permitiu a interpretação dos eventos responsáveis pela elaboração do modelado atual do plano sedimentar. No Pleistoceno (120 000 anos A.P.) o mar possivelmente invadiu as partes baixas do vale do Rio Biguaçu, até próximo a cidade de Antônio Carlos, de modo que, por ocasião da regressão subseqüente, formaram-se leques aluviais nos vales dos rios Três Riachos e da Saudade. No Holoceno (5.100 anos A.P.), um novo período transgressivo propiciou o avanço do mar até as proximidades do cemitério da cidade de Biguaçu; a regressão subseqüente propiciou a formação das cristas praiais da região. Posteriormente o Rio Biguaçu retrabalhou partes dos depósitos dessa planície, permitindo assim, a formação de barras de desembocadura, cujo desenvolvimento sofreu interferências humanas ao longo dos principais canais da bacia, através de obras de retificação.