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Aprendendo a ouvir aqueles que não ouvem: o desafio do professor de Ciências no trabalho com a linguagem científica com alunos surdos / Learning to listen to those who do not listen: the challenge of the science teacher in working with the scientific language with Deaf studentsAmado, Beatriz Crittelli 27 June 2017 (has links)
A educação de alunos Surdos, no Brasil, é respaldada por documentos legais, sendo de escolha do aluno estudar em um contexto inclusivo com o apoio de intérpretes de língua brasileira de sinais (Libras) ou em espaços de educação bilíngue, com a Libras sendo língua de instrução. Ao ter como foco as escolas bilíngues, muitos pontos devem ser levados em consideração no processo de aprendizagem do aluno através da Libras, como, por exemplo: um bom domínio da língua por parte do professor, o uso de diferentes recursos como ferramentas nas aulas, a exploração de aspectos visuais, entre outros. Nas aulas de ciências, somado aos pontos mencionados, o professor deve se preocupar com a significação dos conceitos científicos a partir da Libras, sendo que, em alguns casos, a língua de sinais ainda não contempla esse vocabulário científico. A partir desse quadro, a presente pesquisa foi constituída com o foco de analisar as interações entre professor e os alunos Surdos nas aulas de ciências de uma escola de educação bilíngue, com base nas ferramentas de ensino que o professor utilizou em sua prática, no vocabulário científico utilizado e na avaliação final dos alunos. Essa análise foi pautada por um estudo etnográfico com base nos diários de campo, vídeos das avaliações dos alunos e, também, em uma entrevista realizada com o professor de ciências. Com isso, foram identificados diversos aspectos que podem contribuir tanto para o ensino de ciências para Surdos como para ouvintes quanto à formação do conceito científico em sala de aula. Palavras e sinais da área de ciências carregam consigo um significado conceitual que, em Libras, muitas vezes é construído em aula, pois o vocabulário científico ainda é básico em tal língua. Essa construção pode enriquecer uma aula a depender da metodologia de ensino e de como o professor trabalha em sala de aula e em Libras, podendo se trabalhar com o combinado de sinais ou também com o uso de classificadores, quando identificado que não há o sinal específico. Nas aulas acompanhadas, foi observado que houve combinados de sinais, mas, nas avaliações, muitos alunos não utilizaram esses sinais e nem classificadores para explicar os termos científicos trabalhados, apesar de, durante as aulas, a interação e construção de sinais ter ocorrido de forma intensa. Esperamos que essa pesquisa contribua para que o ensino de ciências seja pensado com base em outras perspectivas e que seja também uma porta para que, a partir desta, outras pesquisas nessa área se desenvolvam. / The education of Deaf students in Brazil is supported by legal documents, and the student\'s choice is to study in an inclusive context with the support of interpreters from Libras or in bilingual education spaces, with Libras being a language of instruction. When focusing on bilingual schools, many points should be taken into account in the student\'s learning process through Libras, such as: a good command of the language by the teacher, use of different resources such as tools in class, the exploration of visual aspects, among others. In science classes, in addition to the points mentioned, the teacher should be concerned with the meaning of the scientific concepts from Libras, and in some cases, sign language still does not contemplate this scientific vocabulary. From this framework, the present research was constituted with the focus of analyzing the interactions between teacher and Deaf students in the science classes of a bilingual education school, based on the teaching tools that the teacher used in his practice, in the vocabulary used and the students\' final evaluation. This analysis was based on an ethnographic study based on the diaries, videos of the students\' evaluations and also on an interview with the Science Teacher. With this, several aspects were identified that can contribute as much to the teaching of sciences for Deaf as to listeners as to the formation of the scientific concept in the classroom. Words and signs from the area of science carry with them a conceptual meaning which, in pounds, is often constructed in class, because the scientific vocabulary is still basic. This construction can enrich a class depending on the teaching methodology and how the teacher works in the classroom and in Libras, being able to work with the combination of signals or also with the use of classifiers, when identified that there is no specific signal. In the classes followed, it was observed that there were combinations of signals, but in the evaluations, many students did not use these signals and classifiers to explain the scientific terms worked, although during the classes interaction and sign construction occurred in a way Intense We hope that this research contributes to science education being thought from other perspectives and that it is also a door to other research in this area to develop.
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Aprendendo a ouvir aqueles que não ouvem: o desafio do professor de Ciências no trabalho com a linguagem científica com alunos surdos / Learning to listen to those who do not listen: the challenge of the science teacher in working with the scientific language with Deaf studentsBeatriz Crittelli Amado 27 June 2017 (has links)
A educação de alunos Surdos, no Brasil, é respaldada por documentos legais, sendo de escolha do aluno estudar em um contexto inclusivo com o apoio de intérpretes de língua brasileira de sinais (Libras) ou em espaços de educação bilíngue, com a Libras sendo língua de instrução. Ao ter como foco as escolas bilíngues, muitos pontos devem ser levados em consideração no processo de aprendizagem do aluno através da Libras, como, por exemplo: um bom domínio da língua por parte do professor, o uso de diferentes recursos como ferramentas nas aulas, a exploração de aspectos visuais, entre outros. Nas aulas de ciências, somado aos pontos mencionados, o professor deve se preocupar com a significação dos conceitos científicos a partir da Libras, sendo que, em alguns casos, a língua de sinais ainda não contempla esse vocabulário científico. A partir desse quadro, a presente pesquisa foi constituída com o foco de analisar as interações entre professor e os alunos Surdos nas aulas de ciências de uma escola de educação bilíngue, com base nas ferramentas de ensino que o professor utilizou em sua prática, no vocabulário científico utilizado e na avaliação final dos alunos. Essa análise foi pautada por um estudo etnográfico com base nos diários de campo, vídeos das avaliações dos alunos e, também, em uma entrevista realizada com o professor de ciências. Com isso, foram identificados diversos aspectos que podem contribuir tanto para o ensino de ciências para Surdos como para ouvintes quanto à formação do conceito científico em sala de aula. Palavras e sinais da área de ciências carregam consigo um significado conceitual que, em Libras, muitas vezes é construído em aula, pois o vocabulário científico ainda é básico em tal língua. Essa construção pode enriquecer uma aula a depender da metodologia de ensino e de como o professor trabalha em sala de aula e em Libras, podendo se trabalhar com o combinado de sinais ou também com o uso de classificadores, quando identificado que não há o sinal específico. Nas aulas acompanhadas, foi observado que houve combinados de sinais, mas, nas avaliações, muitos alunos não utilizaram esses sinais e nem classificadores para explicar os termos científicos trabalhados, apesar de, durante as aulas, a interação e construção de sinais ter ocorrido de forma intensa. Esperamos que essa pesquisa contribua para que o ensino de ciências seja pensado com base em outras perspectivas e que seja também uma porta para que, a partir desta, outras pesquisas nessa área se desenvolvam. / The education of Deaf students in Brazil is supported by legal documents, and the student\'s choice is to study in an inclusive context with the support of interpreters from Libras or in bilingual education spaces, with Libras being a language of instruction. When focusing on bilingual schools, many points should be taken into account in the student\'s learning process through Libras, such as: a good command of the language by the teacher, use of different resources such as tools in class, the exploration of visual aspects, among others. In science classes, in addition to the points mentioned, the teacher should be concerned with the meaning of the scientific concepts from Libras, and in some cases, sign language still does not contemplate this scientific vocabulary. From this framework, the present research was constituted with the focus of analyzing the interactions between teacher and Deaf students in the science classes of a bilingual education school, based on the teaching tools that the teacher used in his practice, in the vocabulary used and the students\' final evaluation. This analysis was based on an ethnographic study based on the diaries, videos of the students\' evaluations and also on an interview with the Science Teacher. With this, several aspects were identified that can contribute as much to the teaching of sciences for Deaf as to listeners as to the formation of the scientific concept in the classroom. Words and signs from the area of science carry with them a conceptual meaning which, in pounds, is often constructed in class, because the scientific vocabulary is still basic. This construction can enrich a class depending on the teaching methodology and how the teacher works in the classroom and in Libras, being able to work with the combination of signals or also with the use of classifiers, when identified that there is no specific signal. In the classes followed, it was observed that there were combinations of signals, but in the evaluations, many students did not use these signals and classifiers to explain the scientific terms worked, although during the classes interaction and sign construction occurred in a way Intense We hope that this research contributes to science education being thought from other perspectives and that it is also a door to other research in this area to develop.
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