Spelling suggestions: "subject:"blue amazon"" "subject:"blue imazon""
1 |
Contaminação ambiental por microplásticos em Fernando de Noronha, Abrolhos e TrindadeSUL, Juliana Assunção Ivar do 16 May 2014 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2017-05-22T16:32:34Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf: 5438964 bytes, checksum: 3a47f8c982e48dec47ae2a5fbae63c0b (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-22T16:32:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
TESE_Juliana Ivar do Sul_SEM assinaturas.pdf: 5438964 bytes, checksum: 3a47f8c982e48dec47ae2a5fbae63c0b (MD5)
Previous issue date: 2014-05-16 / Recentemente, a comunidade científica especializada vem concentrando seus esforços na
identificação, caracterização e quantificação dos microplásticos, definidos pela literatura como
partículas plásticas menores que 5 milímetros. Microplásticos então presentes na superfície dos
oceanos, em praias arenosas e ambientes lamosos, desde o Equador até os Pólos, em praias urbanas
e regiões remotas do globo, e ainda depositados em sedimentos profundos (>2.000m).
Experimentos de laboratório indicam que estas partículas plásticas podem ser ingeridas por
organismos de todos os níveis da teia trófica marinha. Poluentes orgânicos, como DDTs e PCBs, e
inorgânicos presentes na água do mar podem estar adsorvidos a estes plásticos, transportando
contaminantes químicos para diversas regiões do globo, ou sendo liberados quando no trato
gastrointestinal de vertebrados e invertebrados se ingeridos, podendo ainda ser transportados ao
longo da teia trófica marinha. Há mais de 10 anos relata-se que no Oceano Pacífico Norte
microplásticos estão presentes principalmente no centro do giro subtropical, aparentemente
influenciados por variáveis oceanográficas. Para o Oceano Atlântico tropical, evidências sobre a
presença de microplásticos existiam apenas para as praias arenosas do Arquipélago de Fernando de
Noronha (3°S, 32°W), e para as águas adjacentes ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Para
preencher esta lacuna, microplásticos foram o foco da amostragem em três importantes ambientes
insulares no oeste do Oceano Atlântico tropical: Arquipélago de Fernando de Noronha,
Arquipélago de Abrolhos (17°S, 38°W) e a Ilha da Trindade (20°S, 29°W) em 4 expedições
científicas realizadas entre dezembro de 2011 e março de 2013. Plásticos flutuantes foram
amostrados através de arrastos planctônicos (neuston) nas áreas marinhas adjacentes a estes
ambientes. Um total de 160 arrastos foi realizado. Em Trindade, mais de 90% dos arrastos estavam
contaminados por microplásticos, identificados como fragmentos duros, fragmentos moles, paint
chips, linhas e fibras. Em Noronha e Abrolhos aproximadamente metade dos arrastos estava
contaminada. Fragmentos plásticos duros foram os tipos de itens mais amostrados assim como em
outros estudos de microplásticos em amostras de plâncton. Entre os fragmentos, >75% tinham 5mm
ou menos. A contaminação média foi de 0,03 partículas por m3, inferior às quantidades previamente
conhecidas no Oceano Pacífico. As amostras de microplásticos depositados na superfície do
sedimento foram coletadas nas praias arenosas em cada uma das ilhas através de quadrantes. As
amostras coletadas também foram analisadas quanto a granulometria predominante, já que estas
informações ainda eram inexistentes para as ilhas estudadas. Em Abrolhos nenhuma partícula
plástica foi amostrada. Fragmentos plásticos duros e esférulas plásticas foram identificados somente
em Fernando de Noronha e Trindade, sendo que o lado mais exposto à ação de ventos e corrente
superficias predominantes estava mais contaminado, quando comparado ao lado relativamente mais
protegido nas ilhas estudadas. Estes resultados são os primeiros indícios da contaminação do oeste
do Oceano Atlântico tropical em relação à contaminação por microplásticos. A presença destes
microplásticos alerta para a vulnerabilidade destas ilhas e sua biota em relação á contaminação por
plásticos. / Recently, the scientific community is focussed on the identification, characterization e
quantification of microplastics, defined in the literature as those plastic particles with less than 5
millimetres. Microplastics are widespread on the ocean’s surface, on sand beaches and mud
sediments, from the equator to the poles, on urban beaches and remote regions in the globe, and
even deposited on deep sediments (>2,000m). Laboratory experiments indicate that organisms from
every level of the marine food web potentially ingest microplastic particles. Organic, such as DDTs
and PCBs, and inorganic pollutants available in seawater may adsorbed onto microplastics,
transporting chemical contaminants to diverse regions in the globe, or being released in the
gastrointestinal tract of vertebrates and invertebrates if ingested, when they are even transported
along the marine food web. For more than 10 years, there were reports on the occurrence of
microplastics in the North Pacific Ocean, mainly in the centre of the subtropical gyre, probably
influenced by oceanographic variables. To the tropical Atlantic Ocean, however, evidences on the
presence of microplastics were available only to sandy beaches in the Fernando de Noronha
Archipelago (3°S, 32°W), and to waters around the São Pedro e São Paulo Archipelago. To fulfil
this gap, microplastics were studied in three important insular environments in the western Atlantic
Ocean: the Fernando de Noronha Archipelago, the Abrolhos Archipelago (17°S, 38°W) and the
Trindade island (20°S, 29°W), during four scientific expeditions between December 2011 and
March 2103. Floating plastics were collected by plankton tows (neuston) on the sea surface in the
adjacent region to these environments. A total of 160 tows were conducted. In Trindade Island,
more than 90% of the tows were contaminated with microplastics, identified as hard plastic
fragments, soft fragments, paint chips, lines and fibres. In Fernando de Noronha and Abrolhos,
approximately half of the tows were contaminated. Hard plastic fragments were the majority of the
sampled items, as well as reported in other studies with plankton samples. Among plastic
fragments, >75% had 5mm or less. The mean contamination pattern was 0.03 particles/m3, less than
previously reported on the Pacific Ocean. Microplastics sampled on sediments were collected on
sandy beaches in each island by quadrants dispoded in the strandline. Samples were also analysed
in the relation to the main grain size of sediments because these information was still non-existent
to the studied islands. In Abrolhos, no plastic particle was sampled. Hard plastic fragments and
plastic pellets were identified in Fernando de Noronha and Trindade, where the windward side of
the islans were significantly more contaminated when compared to the leeward side. These results
are the first results indicating the occurrence of microplastic debris particles in the Western tropical
Atlantic Ocean. The occurrence of microplastics highlights the vulnerability of these islands and
their biota in relation to microplastic pollution.
|
Page generated in 0.0233 seconds