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Resistência feminina e feminismo africano em Without a Name de Yvonne VeraSilva, Sheila Dias da 18 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-18 / Yvonne Vera é uma das romancistas africanas que mais se destacaram no cenário internacional da literatura de língua inglesa. A ficção é o veículo utilizado por ela para articular a experiência feminina reprimida e silenciada em seu país. Vera nos apresenta a sociedade zimbabuense, sob o olhar das mulheres, ou seja, é através de personagens femininas, acompanhadas por narradores provavelmente do mesmo sexo, que vivenciamos seus enredos e tramas. A escrita de Vera surge da necessidade de inverter as estruturas da opressão e dos estereótipos coloniais impostos às mulheres negras, o que reforça seu papel como uma escritora com ideais feministas. Em Without a name (1994), romance que analisamos nesta pesquisa, ela narra a trajetória de Mazvita, uma mulher que resiste a diversos tipos de violência, como, por exemplo, o estupro. Mazvita tenta superar o trauma e buscar um futuro melhor para si, mas é possível perceber a impossibilidade de esperança num cenário repleto de desolação causado pela guerra de libertação e pela opressão patriarcal africana. O objetivo deste trabalho é analisar a construção da resistência feminina nesse romance por meio da investigação da fragmentação corporal da personagem. Pretendemos estabelecer relações entre suas possibilidades de reação e agência e o estado alquebrado de seu corpo, ao mesmo tempo em que buscamos tecer considerações a respeito de suas conexões com o corpo social de sua coletividade. Também examinamos os modos como o feminismo africano é articulado nessa obra. Ao final de nossa análise, concluímos que, nesse romance, Vera elabora uma narrativa de aniquilação, retratando as tentativas de resistência e de superação da personagem como arruinadas em paralelismo com a debilitação de seu corpo e a desesperança do cenário em que está inserida. / Yvonne Vera is one of Africa’s most outstanding novelists in the international scene of the English language literature. Fiction is the vehicle used by her to articulate female experience repressed and silenced in her country. Vera portrays Zimbabwean society through women’s perspective, usually employing female narrators to tell her female characters’ stories. Vera’s writing arises from the need to reverse the structures of oppression and colonial stereotypes imposed on black women, reinforcing her role as a writer with feminist ideals. In Without a name (1994), the novel that is analyzed in this study, Vera brings the story of Mazvita, a woman who resists many types of violence, such as rape. Mazvita tries to overcome the trauma and seek a better future for her, but it is possible to realize the impossibility of hope in a world full of desolation caused by the war of liberation and African patriarchal oppression. The objective of this paper is to analyze the construction of female resistance in the novel through the investigation of the character’s body fragmentation. Some relationships between her possibilities of agency and reaction and the broken state of her body are also established in the current analysis. Similarly her connections with the social body of her community, as well as the ways in which African feminism is portrayed in this novel, also come under scrutiny. At the end of the analysis, it is possible to imply that Vera elaborates a narrative of annihilation in this novel, depicting the character’s attempts of resistance and overcoming as ruined in parallel with the weakening of her body and the hopelessness of her setting.
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