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Níveis de uréia ou casca de algodão na alimentação de novilhos de origem leiteira em confinamento / Urea or cottonseed hulls levels in diets for confined dairy steers

Magalhães, Karla Alves 11 July 2003 (has links)
Submitted by Reginaldo Soares de Freitas (reginaldo.freitas@ufv.br) on 2018-04-04T12:24:38Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1280282 bytes, checksum: 8677d5ceb8927eda268e9298692e5e63 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-04T12:24:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 1280282 bytes, checksum: 8677d5ceb8927eda268e9298692e5e63 (MD5) Previous issue date: 2003-07-11 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O presente trabalho foi desenvolvido à partir de dois experimentos. No primeiro, avaliou-se o efeito dos níveis de uréia na dieta de novilhos de origem leiteira, em confinamento, sobre os consumos e digestibilidades aparentes totais da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN) e carboidratos não- fibrosos (CNF) e consumo de proteína degradável no rúmen (PDR) e nutrientes digestíveis totais (NDT), além da avaliação das características de carcaça e rendimento dos cortes básicos. Além disso, avaliou-se o efeito da correção da fibra em detergente neutro (FDN) para cinzas e proteína sobre a digestibilidade total da FDN e dos carboidratos não-fibrosos. Foram utilizados 27 novilhos mestiços, com peso vivo médio inicial de 300 kg, castrados, sendo que três animais foram abatidos ao início do experimento, para servirem de referência para estudos posteriores e os 24 restantes foram alocados em delineamento inteiramente casualizado, a quatro tratamentos: 0; 0,65; 1,30 e 1,95% de uréia na base da MS total, em substituição à proteína do farelo de soja, contendo aproximadamente 22, 37, 50 e 63% da PB na forma de compostos nitrogenados não-protéicos. Como volumoso foi utilizada uma mistura de silagem de milho e silagem de capim-elefante, na proporção 70:30, respectivamente, sendo que a relação volumoso:concentrado da dieta total foi de 65:35. Os consumos não foram afetados (P>0,05) pelos níveis de uréia das dietas, com exceção do consumo de PDR, que apresentou comportamento linear crescente (P<0,05). As digestibilidades da MS e PB aumentaram linearmente (P<0,05) com os níveis de uréia nas rações. A presença de cinzas e proteína na FDN subestima a digestibilidade da FDN e superestima a dos CNF. Não houve efeito dos níveis de uréia (P>0,05) sobre as características de carcaça e rendimento dos cortes básicos dos animais. A uréia pode substituir totalmente o farelo de soja, para novilhos de origem leiteira em confinamento, com ganhos de peso próximos a 1,0 Kg/dia. No segundo experimento, objetivou-se avaliar o efeito dos níveis de casca de algodão sobre os consumos e digestibilidades aparentes totais da MS, MO, PB, EE, FDN e CNF e o consumo de NDT, além da determinação da composição física da carcaça e avaliação das características de carcaça e rendimento dos cortes básicos. Foram utilizados 18 novilhos mestiços, com peso vivo médio inicial de 230 kg, sendo que dois animais foram abatidos ao início do experimento, para servirem de referência para estudos posteriores e os 16 restantes foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, a quatro tratamentos: 0, 10, 20 e 30% de casca de algodão na base da MS total, em substituição à silagem de capim- elefante, sendo a relação volumoso:concentrado de 60:40. A inclusão de casca de algodão em níveis crescentes na dieta aumentou linearmente (P<0,05) os consumos de EE, bem como os de MS e FDN expressos em relação ao peso vivo. As digestibilidades dos nutrientes não foram influenciadas (P>0,05) pelos níveis de casca de algodão nas rações. Não houve efeito dos níveis de casca de algodão (P>0,05) sobre a composição física da carcaça, características de carcaça e rendimento dos cortes básicos dos animais. O nível máximo de casca de algodão utilizado no experimento de 30% na MS total, resultou em desempenho adequado de novilhos de origem leiteira em confinamento. Além disso, nos dois experimentos estimou-se a produção de proteína microbiana através dos derivados de purinas na urina e determinou-se a concentração de uréia plasmática (NUP) e excreções urinárias de uréia. As amostras de urina foram obtidas por meio da coleta de urina spot, 4 horas após a alimentação, quando os animais urinaram espontaneamente. Na urina foram determinados os derivados de purinas (alantoína e ácido úrico). No soro, como também na urina, foram analisadas as concentrações de uréia e creatinina. Não houve efeito dos níveis de uréia, tampouco dos de casca de algodão, sobre os derivados de purinas e sobre a eficiência de síntese microbiana. A concentração de NUP e a excreção de uréia não foram influenciados pelos nívies de uréia. A concentração de NUP decresceu linearmente com a inclusão da casca de algodão na dieta. Tanto a uréia quanto a casca de algodão podem ser utilizadas até o nível de 1,95% e 30% na MS total da dieta de novilhos de origem leiteira, respectivamente, sem afetar a eficiência de síntese microbiana. / The present work was developed based on two experiments. In the first one the effect of urea levels of the diets under the intake and total apparent digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), neutral detergent fiber (NDF) and non-structural carbohydrate (NSC) and degradable protein (DP) intake and total digestible nutrients (TDN) intake, as well as under the carcass characteristics and basic cuts percentage of confined dairy steers was evaluated. In addition, the effect of correcting NDF for ash and protein under the total digestibility of NDF and NSC was evaluated. Twenty-seven crossbred steers with initial live weight (LW) of 300 kg were used. Three were slaughtered in the beginning of the trial, performing the reference group and the remaining were uniformly allotted to a complete randomized design, in four treatments: 0; 0,65; 1,30 and 1,95% of urea in the total dry matter basis, replacing soybean meal protein, resulting in 22, 37, 50 and 63% of crude protein as non-protein nitrogen compounds. The roughage constituted 65% of the total diet and it was composed by corn silage and elephant grass silage in the ratio of 70:30. The nutrients intakes were not affected (P>0,05) by urea levels, excepted for DP intake that increased linearly (P<0,05). The digestibility of DM and CP increased linearly (P<0,05) with the inclusion of urea in the diets. The presence of ash and protein in the NDF underestimates the digestibility of NDF and overestimates the digestibility of NSC. Soybean meal can be totally replaced by urea, for confined dairy steers, allowing performance near to 1,0 kg of live weight/day. In the second trial, the effect of cottonseed hulls levels of the diets under the intake and total apparent digestibility of DM, OM, CP, EE, NDF and NSC and TDN intake, as well as the determination of physical carcass composition, carcass characteristics and basic cuts percentage of confined dairy steers was evaluated. Eighteen crossbred steers with 230 kg of initial live weight (LW) were used. Two were slaughtered in the beginning of the trial, performing the reference group and the remaining were uniformly allotted to a complete randomized design, in four treatments: 0, 10, 20 and 30% of cottonseed hulls in the total dry matter basis, replacing elephant grass silage. The roughage:concentrate ratio was 60:40. The inclusion of cottonseed hulls in the diets increased (P<0,05) the intake of EE linearly, as well as the intake of DM and NDF expressed as LW percentage. The nutrients digestibilities were not affected (P>0,05) by the cottonseed hulls levels. There was no influence (P>0,05) of cottonseed hulls levels under physical carcass composition, carcass characteristics and basic cuts percentage. The highest level of cottonseed hulls used in the experiment (30% in total dry matter basis) resulted in appropriate performance of confined dairy steers. In addition, in both trials the microbial protein production, determined using the purine derivatives (PD) urinary excretion, and the plasma urea concentration and urea excretions in steers were evaluated. The urine samples were obtained through spot urine collection, approximately 4 hours after feeding. The purine derivatives (allantoin and uric acid) were determined in spot urine samples and the creatinine and urea concentrations were also analyzed in plasma. The purine derivatives and the microbial protein production were not influenced (P>0,05) by both urea and cottonseed hulls levels. There was no significant difference (P>0,05) in plasma urea concentration and urea excretions within urea levels. The plasma urea concentration decreased linearly (P<0,05) with the inclusion of cottonseed hulls in the diet. Urea as well as cottonseed hulls can be used until the level of 1,95% and 30% in the total dry matter basis in diets for dairy steers, respectively, without affecting the efficiency of microbial synthesis.

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