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Narrativas de autores ibéricos sobre os índios do Brasil no século XVI: alteridade e conquistaAGUIAR, Ademir Dias de 21 September 2017 (has links)
Neste trabalho, analisamos as narrativas de autores ibéricos que tratam dos índios brasileiros no século XVI e de que maneira foram elas utilizadas como um instrumento ideológico de dominação, servindo como justificativa para a posse da terra e acomodação de seus habitantes às realidades apresentadas pelos seus conquistadores lusitanos. Nessa perspectiva, focamos nossos estudos, destacando as narrativas cabralinas, os escritos de viajantes, aventureiros e os testemunhos dos padres da Companhia de Jesus. Estes documentos descrevem os nativos do Brasil como criaturas sem Deus, lei ou organização, propiciando aos colonizadores a execução de seus planos de conquista e catequese, na medida em que se evidencia a questão da alteridade, que se mostrou quase de imediato. De um lado se apresentava o universalismo cristão português e de outro o paganismo indígena, o que colaboraria para o estabelecimento na América portuguesa de um projeto de colonização onde se assentaria a civilização europeia, fundamentada no cristianismo e nas práticas mercantilistas. O assunto não é novo, sendo já tratado por diversos historiadores, mas desejamos ao dar continuidade à matéria, compreender melhor as relações entre estes mundos tão antagônicos e ao mesmo tempo complementares, na medida em que são confrontados os seus costumes e crenças, culminando na formação de um povo mestiço em sua aparência, mas lusitano e cristão em suas ações. As pesquisas têm por finalidade entender os mecanismos da conquista da América portuguesa, que se fundamentaram nas narrativas quinhentistas sobre sua terra e gente, criando condições favoráveis à conquista e construção do Brasil. / En este trabajo, analizamos las narrativas de autores ibéricos que tratan de los indios brasileños en el siglo XVI y de qué manera fueron utilizadas como un instrumento ideológico de dominación, sirviendo como justificación para la posesión de la tierra y acomodación de sus habitantes a las realidades presentadas por sus conquistadores Lusitanos. En esa perspectiva, enfocamos nuestros estudios, destacando las narrativas cabralinas, los escritos de viajeros, aventureros y los testimonios de los padres de la Compañía de Jesús. Estos documentos describen a los nativos de Brasil como criaturas sin Dios, ley u organización, propiciando a los colonizadores la ejecución de sus planes de conquista y catequesis, en la medida en que se evidencia la cuestión de la alteridad, que se mostró casi de inmediato. De un lado se presentaba el universalismo cristiano portugués y de otro el paganismo indígena, lo que colaboraría para el establecimiento en la América portuguesa de un proyecto de colonización donde se asentaría la civilización europea, fundamentada en el cristianismo y en las prácticas mercantilistas. El asunto no es nuevo, ya tratado por diversos historiadores, pero deseamos al dar continuidad a la materia, comprender mejor las relaciones entre estos mundos tan antagónicos y al mismo tiempo complementarios, en la medida en que se enfrentan sus costumbres y creencias, La formación de un pueblo mestizo en su apariencia, pero lusitano y cristiano en sus acciones. Las investigaciones tienen por finalidad entender los mecanismos de la conquista de la América portuguesa, que se fundamentar en las narrativas quinientas de su tierra y gente, creando condiciones favorables a la conquista y construcción de Brasil.
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