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Aquisição de Estreptococos mutans e periodontopatógenos por primogênitos de 7-19 meses de idade: estudo longitudinal em famílias / Acquisition of mutans streptococci and periodontal pathogens by firstlings aged 7-19 months longitudinal study in families

Noce, Érica 27 June 2005 (has links)
A colonização bucal por patógenos, como os estreptococos mutans (EM) e Porphyromonas gingivalis, microrganismos associados respectivamente à cárie e à doença periodontal, é pré-requisito para o desenvolvimento dessas doenças multifatoriais. Este estudo longitudinal investigou o momento de aquisição e a estabilidade de colonização de EM e de periodontopatógenos BANA-positivos (P.gingivalis, T.denticola e T.forsythensis), bem como de fatores facilitadores, em 14 primogênitos que tinham no início do estudo (visita 1), 7-8 meses de idade. A amostra, selecionada com base na positividade das mães para EM, foi composta por 14 famílias, constituídas do pai, mãe, bebê e avó ou tia, quando presente na mesma residência. Na visita 1, nos adultos foram feitos exames clínico e radiográfico para cárie, determinação do índice de sangramento papilar (ISP), teste BANA em amostras subgengivais e língua, colheita de saliva estimulada para avaliar os níveis de EM e, aplicados questionários sobre hábitos de risco de transmissão, alimentação e higiene dos bebês e saúde, condições socioeconômicas e educacionais das famílias; na visita 2, foram repetidos nos adultos o exame clínico de cárie e a colheita de saliva para contagem de EM. O teste BANA foi reaplicado nas visitas 2 e 3 somente nas mães. Nos bebês foram investigadas a presença e porcentagem de EM na saliva não estimulada, a presença de dentes, e o teste BANA lingual nas 3 visitas. Com exceção de um pai, negativo para EM, todos os pais e mães apresentaram EM nas duas visitas. Não houve diferença nos índices CPOS, ISP e IG e total de testes BANA positivos entre mães e pais. Somente na visita 3, três das 14 crianças (21,4%) se tornaram EM-positivas, com contagens > 1.000.000/ml de saliva. Ficou evidenciado que a mãe é o membro da família a ser investigado, para avaliar a possibilidade de aquisição de EM pelo filho. As condições que pareceram mais associadas à positividade das crianças foram atividade de cárie recente e elevados níveis salivares de EM nas mães. Mesmo elas, porém, devem ser acompanhadas pela maior parte das seguintes condições: baixa condição sócio-econômica e educacional, muitos hábitos de risco para a transmissão, higiene bucal deficiente e uso desnecessário ou freqüente do açúcar, para garantir a associação. Nenhum bebê foi colonizado por periodontopatógenos BANA-positivos, visto que os resultados positivos, ocorridos nas 3 visitas, foram transitórios. As investigações sobre aquisição de patógenos bucais por bebês devem ser longitudinais. / Oral colonization by pathogens as mutans streptococci (MS) and Porphyromonas gingivalis, microorganisms associated with caries and periodontal disease, respectively, is a pre-requirement for development of these multifactorial diseases. This longitudinal study investigated the period of acquisition and stability of colonization of MS and BANA-positive periodontal pathogens (P. gingivalis, T. denticola and T. forsythensis), as well as facilitating factors, in 14 firstlings aged 7-8 months at onset of the study (visit 1). The sample, selected based on the positivity of mothers to MS, consisted of 14 families comprising father, mother, infant and grandmother or aunt, living at the same home. At visit 1, the adults were submitted to clinical and radiographic examination for dental caries, establishment of the papillary bleeding index (PBS), BANA test in subgingival samples and tongue, collection of stimulated saliva for evaluation of the MS levels, and application of a questionnaire on health, transmission risk habits, feeding, hygiene and socioeconomic and educational conditions; at visit 2, the adults were once again submitted to clinical examination for dental caries and saliva collection for MS counting. The BANA test was reapplied at visits 2 and 3 only in mothers. The infants were assessed as to the presence and percentage of MS in non-stimulated saliva, presence of teeth, and lingual BANA test at the 3 visits. Except for one father, negative for MS, all fathers and mothers presented MS at the two visits. There was no difference in the DMFS, PBS and GI indexes and total of positive BANA tests between mothers and fathers. Only at visit 3, three out of the 14 children (21.4%) were MS-positive, with counting > 1,000,000/ml of saliva. It was demonstrated that the mother is the family member that should be investigated, for evaluation of the possibility of acquisition of MS by the child. The conditions that seemed to be most associated with positivity of children were recent caries activity and high MS salivary levels in the mothers. However, even they should also present most of the following conditions: low socioeconomic and educational level, many transmission risk habits, poor oral hygiene and unnecessary or frequent utilization of sugar, to assure the association. No infant was colonized by BANA-positive periodontal pathogens, since the positive outcomes, observed in the 3 visits, were transitory. Investigations on the acquisition of oral pathogens by infants should be longitudinal.
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Uma investigação paleoepidemiológica sobre a cárie dentária em perspectiva epidemiológica e microbiológica / A paleoepidemiologia research on dental caries in epidemiological and microbiological perspective

Pessanha, Thaíla Santos January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-15T12:52:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 24.pdf: 2181333 bytes, checksum: f782aa57a38656ecb9bf08d98d4bfbb0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015 / A paleoepidemiologia utiliza como fonte de estudo, remanescentes de corpos humanos provenientes de série esquelética. Destas séries, são utilizados como instrumento de estudo a análise de aparatos dentários/dentes para melhor compreensão da saúde oral de povos pré-históricos, principalmente no que se refere à exposição ambiente biológico, patógenos, práticas alimentares e padrões nutricionais. Estes fatores contribuem para melhor compreensão de aspectos culturais e ambientais para obter resultados consistentes sobre modo de vida e saúde das populações no passado.Neste trabalho foram utilizados 19 dentes provenientes da série esquelética do Sambaqui de Cabeçuda, sítio arqueológico qual o povo que ali habitava possui uma característica singular, em comparação aos demais sítios estudados no que se refere a saúde oral: dentes com ausência do processo cariogênico. É sabido que povos sambaqueiros possuem uma alta exposição ao ambiente marinho, o qual, bactérias de Vibrio são universalmente presentes. Estes cenários, motivaram a presente pesquisa, o qual problematizou tal ausência do processo cariogênico e levantou a hipótese da possível presença de bactérias do tipo Vibrio de água salina na cavidade oral dos povos de sambaquieiros, especialmente aqueles cujo estilo de vida fosse mais intimamente relacionada à questão do uso e exposição ao ambiente aquático litorâneo, expresso no uso e consumo de materiais oriundos das lagunas e do mar. O presente trabalho, objetivou de forma geral, investigar a presença de vibriões, pela documentação e interpretação da morfologia dos microfósseis bacterianos encontrados nos cálculos dentários provenientes de esqueletos humanos do sambaqui de Cabeçuda.A análise dos microfósseis bacterianos, propôs uma primeira interpretação sobre a constituição dos biofilmes que originaram os cálculos dentários e sua possível relação com a ausência de cáries dentárias naquele grupo pré-histórico. / The paleoepidemiology uses as a source of study, remains of human bodies from skeletal series. Of these series are used as tool to study the analysis of dental apparatuses / teeth for a better understanding of prehistoric oral health, especially with regard to exposure biological environment, pathogens, food and nutritional practices standards. These factors contribute to better understanding of cultural and environmental aspects for consistent results on lifestyle and health of populations in the past.In this study was used 19 teeth from skeletal series of Sambaqui de Cabeçuda, archaeological site that has a unique feature compared to the other sites studied in relation to oral health: teeth with lack of cariogenic process. It is known that sambaqueiros groups have a high exposure to the marine environment, which, Vibrio bacteria are universally present. This scenarios have motivated this research, which problematized such absence of cariogenic process and hypothesized the possible presence of bacteria Vibrio, type of saline water in the oral cavity of the sambaquis groups, especially those whose lifestyle was more closely related to question of the use and exposure to coastal aquatic environment, expressed in the use and consumption of materials from the lagoons and the sea. This study aimed in general, investigate the presence of Vibrio, the documentation and interpretation of the morphology of bacterial microfossils found in dental calculus from human skeletons sambaqui of Cabeçuda.The analysis of bacterial microfossils, proposed an initial interpretation of the constitution of biofilms that originated dental calculus and the possible relation with absence of dental caries in that prehistoric group. (AU)^ien
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Aquisição de Estreptococos mutans e periodontopatógenos por primogênitos de 7-19 meses de idade: estudo longitudinal em famílias / Acquisition of mutans streptococci and periodontal pathogens by firstlings aged 7-19 months longitudinal study in families

Érica Noce 27 June 2005 (has links)
A colonização bucal por patógenos, como os estreptococos mutans (EM) e Porphyromonas gingivalis, microrganismos associados respectivamente à cárie e à doença periodontal, é pré-requisito para o desenvolvimento dessas doenças multifatoriais. Este estudo longitudinal investigou o momento de aquisição e a estabilidade de colonização de EM e de periodontopatógenos BANA-positivos (P.gingivalis, T.denticola e T.forsythensis), bem como de fatores facilitadores, em 14 primogênitos que tinham no início do estudo (visita 1), 7-8 meses de idade. A amostra, selecionada com base na positividade das mães para EM, foi composta por 14 famílias, constituídas do pai, mãe, bebê e avó ou tia, quando presente na mesma residência. Na visita 1, nos adultos foram feitos exames clínico e radiográfico para cárie, determinação do índice de sangramento papilar (ISP), teste BANA em amostras subgengivais e língua, colheita de saliva estimulada para avaliar os níveis de EM e, aplicados questionários sobre hábitos de risco de transmissão, alimentação e higiene dos bebês e saúde, condições socioeconômicas e educacionais das famílias; na visita 2, foram repetidos nos adultos o exame clínico de cárie e a colheita de saliva para contagem de EM. O teste BANA foi reaplicado nas visitas 2 e 3 somente nas mães. Nos bebês foram investigadas a presença e porcentagem de EM na saliva não estimulada, a presença de dentes, e o teste BANA lingual nas 3 visitas. Com exceção de um pai, negativo para EM, todos os pais e mães apresentaram EM nas duas visitas. Não houve diferença nos índices CPOS, ISP e IG e total de testes BANA positivos entre mães e pais. Somente na visita 3, três das 14 crianças (21,4%) se tornaram EM-positivas, com contagens > 1.000.000/ml de saliva. Ficou evidenciado que a mãe é o membro da família a ser investigado, para avaliar a possibilidade de aquisição de EM pelo filho. As condições que pareceram mais associadas à positividade das crianças foram atividade de cárie recente e elevados níveis salivares de EM nas mães. Mesmo elas, porém, devem ser acompanhadas pela maior parte das seguintes condições: baixa condição sócio-econômica e educacional, muitos hábitos de risco para a transmissão, higiene bucal deficiente e uso desnecessário ou freqüente do açúcar, para garantir a associação. Nenhum bebê foi colonizado por periodontopatógenos BANA-positivos, visto que os resultados positivos, ocorridos nas 3 visitas, foram transitórios. As investigações sobre aquisição de patógenos bucais por bebês devem ser longitudinais. / Oral colonization by pathogens as mutans streptococci (MS) and Porphyromonas gingivalis, microorganisms associated with caries and periodontal disease, respectively, is a pre-requirement for development of these multifactorial diseases. This longitudinal study investigated the period of acquisition and stability of colonization of MS and BANA-positive periodontal pathogens (P. gingivalis, T. denticola and T. forsythensis), as well as facilitating factors, in 14 firstlings aged 7-8 months at onset of the study (visit 1). The sample, selected based on the positivity of mothers to MS, consisted of 14 families comprising father, mother, infant and grandmother or aunt, living at the same home. At visit 1, the adults were submitted to clinical and radiographic examination for dental caries, establishment of the papillary bleeding index (PBS), BANA test in subgingival samples and tongue, collection of stimulated saliva for evaluation of the MS levels, and application of a questionnaire on health, transmission risk habits, feeding, hygiene and socioeconomic and educational conditions; at visit 2, the adults were once again submitted to clinical examination for dental caries and saliva collection for MS counting. The BANA test was reapplied at visits 2 and 3 only in mothers. The infants were assessed as to the presence and percentage of MS in non-stimulated saliva, presence of teeth, and lingual BANA test at the 3 visits. Except for one father, negative for MS, all fathers and mothers presented MS at the two visits. There was no difference in the DMFS, PBS and GI indexes and total of positive BANA tests between mothers and fathers. Only at visit 3, three out of the 14 children (21.4%) were MS-positive, with counting > 1,000,000/ml of saliva. It was demonstrated that the mother is the family member that should be investigated, for evaluation of the possibility of acquisition of MS by the child. The conditions that seemed to be most associated with positivity of children were recent caries activity and high MS salivary levels in the mothers. However, even they should also present most of the following conditions: low socioeconomic and educational level, many transmission risk habits, poor oral hygiene and unnecessary or frequent utilization of sugar, to assure the association. No infant was colonized by BANA-positive periodontal pathogens, since the positive outcomes, observed in the 3 visits, were transitory. Investigations on the acquisition of oral pathogens by infants should be longitudinal.

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