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Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)?Maroccolo, Julianna Fernandes 31 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da
sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos
extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e
manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1- mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 – analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B. excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos
extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva, sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso, ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do seu conhecimento e de seu trabalho. / O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos
povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal
forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo
internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da
sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos
extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e
manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas
diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta
espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes
técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições
podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como
indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1-
mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que
possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 –
analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos
de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido
no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades
agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados
do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa
Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B.
excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das
árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B.
excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo
na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos
castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de
Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos
extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva,
sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste
estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo
de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas
podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie
B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso,
ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem
a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do
seu conhecimento e de seu trabalho.
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