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Os saguis do gênero Leontopithecus Lesson, 1840 (Callithricidae - Primates)

Coimbra Filho, Adelmar Faria January 1976 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2017-08-09T20:37:15Z No. of bitstreams: 1 200779.pdf: 3748897 bytes, checksum: b3052dd09c4afaf3b995580590325607 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-09T20:37:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 200779.pdf: 3748897 bytes, checksum: b3052dd09c4afaf3b995580590325607 (MD5) Previous issue date: 1976 / CAPES / Revisão sistemática das formas do gênero Leontopithecus Lesson, 1840, comentando-se o histórico taxionômico do grupo e as afinidades genéticas dos seus representantes. Descreve-se aspectos morfológicos e se comenta o primeiro e único caso conhecido de hibridação entre duas formas do gênero. O comportamento é enfatizado, notadamente no que tange à participação ativa dos indivíduos imaturos na criação dos irmãos mais novos. A permanência mais ou menos longa ao lado dos pais é da maior importância para que possam adquirir um desenvolvimento psico-reprodutivo normal. Considera-se significativo esse fato nos projetos que visem à reprodução das espécies de calitricídeos em cativeiro. Os grupos variam em numero de indivíduos, mas geralmente é constituÍdo de 2 a 8 saguis, podendo ocorrer agrupamentos maiores. As três subespécies de Leontopithecus somente são encontradas em áreas restritas da região Sudeste do Brasil, L.r.rosalia, no Estado do Rio de Janeiro; L.r.chrysomelas, no Estado da Bahia, e L.r.chrysopygus no Estado de são Paulo. Na mata, frequentam os estratos intermediários e sua dieta é constituída basicamente de frutos silvestres, artrópodes, pequenos vertebrados e outros animais. O método especial adotado para capturar alguns micos-leões para o banco biológico da espécie, na Tijuca, proporcionou também a descoberta de 6 de seus abrigos naturais. Dos refúgios, 4 pertenciam à L.r.rosalia e 2 à L.r.chrysopygus. Digno de nota é a diferença de altura dos abrigos, cujas entradas distavam 1,5m a 15m do piso da mata. Originalmente, os micos-leões habitavam florestas primárias. Hoje, com as intensas alterações que sofreram seus habitats, notadamente o da subespécie nominal, as populações remanescentes desses raros saguis vivem em matas degradadas, ou secundárias. Essa destruição ininterrupta dos seus habitats é a causa das três subespécies estarem seriamente ameaçadas de desaparecimento. Todavia, medidas visando à preservação de L.rosalia estão em andamento, esperando-se para breve a concretização desse desiderato. / The systematic position of the forms of Leontopithecus Lesson,1840, is reviewed, with comments on the taxonomic history and genetic affinities of the representatives of this genus. Morphological aspects are described as well as the first and only known case of hybridization between two forms of the genus. Emphasis is on the behavior of these tamarins, especially the active participation of immature individuals in the rearing of younger siblings. Their rather prolonged stay by the parents ' side is of major importance in the acquisition of normal psychoreproductive development. This fact has great significance for projects aimed at reproducing species of Callithricidae in captivity. The size of groups of individuals varies, usually ranging from two to eight lion tamarins. However, larger groups may be formed temporarily. The three subspecies of Leontopithecus are found only in restricted areas of three states in Southeastern Brazil - L. r. rosalia in Rio de Janeiro, L.r.chrysomelas in Bahia, and L.r.chrysopygus in São Paulo. In the forest, individuals of these subspecies occupy the intermediate strata. Their diet is made up basically of wild fruits, arthropods, small vertebrates and other small animals. The special method adopted for capturing lion tamarins for the Leontopithecus biological bank in Tijuca led to the discovery of six natural shelters. Of these, four belonged to L.r. rosalia and two to L.r.chrysopygus. Worthy of mention is the difference in height of the refuge entrances, located from 1.5 to 15m above the forest floor. Originally, the lion tamarins inhabited primary forests. Today, due to the intense alteration of their habitats, especially that of the nominal race, the remaining populations of these rare marrnosets live in greatly deteriorated or secondary forests. The ongoing destruction of their habitats is reason enough for considering these subspecies as seriously threatened with extinction. However, measures are being taken to preserve L. rosalia, a goal, hopefully, soon to be realized.

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