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Paisagem e reminiscência: o tombamento do Campo de Batalhas dos Montes GuararapesChristiano Cavalcanti Gonçalves, Fábio 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / O presente trabalho objetiva interpretar a dimensão da paisagem como objeto memorial
subjacente ao valor histórico instituído pelo tombamento do Campo de Batalhas dos Montes
Guararapes (CBMG) no âmbito federal, em 1961, como local onde foram travadas as definidoras
batalhas do período da Insurreição Pernambucana, nos anos de 1648 e 1649, que culminaram
com a expulsão definitiva dos holandeses do Brasil. Para tanto se adota o processo de
tombamento do CBMG como objeto de estudo. Reflete-se inicialmente que esse Campo de
Batalhas possui essencialmente o caráter e o sentido de paisagem. Entretanto a paisagem, ainda
que presente enquanto sentido, não foi considerada enquanto categoria de preservação, no
momento da inscrição do Campo de Batalhas como bem tombado, visto que mesmo diante da
existência no Decreto-Lei 25 de 1937 do Livro do Tombo Histórico, Arqueológico e Paisagístico,
o tombamento do Campo de Batalhas foi exclusivamente inscrito no Livro do Tombo Histórico.
Portanto, o valor histórico instituído não se revela completo, visto que possui subliminarmente
um outro sentido que está velado (o de paisagem), o que emula toda a significância valorativa que
se pode apreender do CBMG. Portanto, a hipótese da pesquisa é a de que a paisagem é uma
dimensão de significância que está subjacente ao valor histórico atribuído ao Campo de Batalhas
dos Montes Guararapes. Para tanto, como método de estudo, a investigação se estruturou na
Teoria da Argumentação de Chaim Perelman, abordando o processo de tombamento como
um conjunto discursivo e assim com um todo-argumento , onde se puderam inferir sobre os
objetos dos discursos, as premissas e os sujeitos argumentativos, bem como sobre as definições,
noções e juízos de valor empreendidos. Como resultado da análise se constatou dois momentos
argumentativos ou dois conjuntos discursivos : o da evocação do valor histórico (1953 a
1955), conotando essencialmente o sentido de cenário e o da consolidação do valor histórico
(1956 a 1961), conotando o sentido de monumento. Verificou-se então que em ambos os
momentos, e de forma sistemática a paisagem se fez presente enquanto dimensão de significância
subjacente ao valor histórico, mas emulada quando da inscrição do tombamento do CBMG no
livro do Tombo Histórico
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