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O processo de retextualização na canção para crianças: uma abordagem discursiva

Mendes, Aline Fabíola Freitas January 2017 (has links)
MENDES, Aline Fabíola Freitas. O processo de retextualização na canção para crianças: uma abordagem discursiva. 2017. 166f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Lingüística, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-10-20T16:13:59Z No. of bitstreams: 1 2017_tese_afmendes.pdf: 2280996 bytes, checksum: 5936f2b6f28a6896fb16d9252b68ab07 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-10-20T19:36:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2017_tese_afmendes.pdf: 2280996 bytes, checksum: 5936f2b6f28a6896fb16d9252b68ab07 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-20T19:36:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2017_tese_afmendes.pdf: 2280996 bytes, checksum: 5936f2b6f28a6896fb16d9252b68ab07 (MD5) Previous issue date: 2017 / Este trabalho destina-se a estudar como se dá o processo de retextualização do ponto de vista discursivo em canções para crianças. Indagamo-nos sobre o comportamento de canções que são “transpostas” de um público geral para um público específico, no caso, o infantil. Essa questão levou-nos a interrogar de que forma aspectos verbais e contextuais afetam o processo de retextualização e são por ele afetados em canções para crianças que não foram originalmente produzidas para elas. Com foco na concepção de prática discursiva, partimos da hipótese geral de que o arranjo atua como agente retextualizador ao lado de determinados aspectos contextuais (recepção, encarte do CD, DVD, clipes disponibilizados na internet, performance dos artistas nos shows), compondo um conjunto que possibilita retextualizar uma canção, alterando, por vezes, a cenografia e o ethos e tornando-a apta a ser identificada como canção para crianças. Para atingirmos este propósito, lançamos mão dos conceitos de cenografia e ethos, trabalhados por Maingueneau (2001) e dos estudos de Travaglia (2003), Marcuschi (2001) e Costa (2012), que versam sobre o fenômeno da retextualização. Além dos estudos assinalados, também fazemos uso da pesquisa desenvolvida por Coelho (2014) no que concerne ao arranjo da canção e de Sarmento (2004) ao tratarmos da concepção de infância e de suas produções culturais. A seleção do corpus de que nos valemos, 08 canções (versões originais e suas respectivas versões retextualizadas), está condicionada ao fato de terem sido originalmente gravadas em álbuns não destinados para crianças e posteriormente retextualizadas para o público infantil. A análise apontou que quanto mais próxima da cultura lúdica infantil a versão original, menos alterações são observadas em relação aos efeitos de sentido produzidos na canção retextualizada para crianças. Além disso, concluímos que o arranjo e as condições de produção e circulação das canções retextualizadas para crianças mostram-se bastante produtivos enquanto agentes retextualizadores na tarefa de promover a inserção das canções estudadas na prática lúdica infantil.

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