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Dispersão do intervalo QT na cardite reumática

Inês Remígio de Aguiar, Maria January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:29:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8002_1.pdf: 655863 bytes, checksum: 5a052230914ceda4016ea7661120c5e3 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Apesar da denominação francesa Reumatismo articular agudo enfatizar o envolvimento articular, é no acometimento cardíaco que residem as maiores morbimortalidades da doença reumática. Única manifestação da doença que pode ser fatal na fase aguda e produzir seqüelas permanentes, a cardite reumática permanece bastante prevalente nos países economicamente menos favorecidos. Para o diagnóstico clínico do envolvimento cardíaco na doença reumática aguda permanece de valor o eletrocardiograma. São muitos os achados eletrocardiográficos no decorrer da doença, porém, nem sempre fornecem subsídios para o reconhecimento do componente cardíaco. Compreende-se então, o interesse em buscar novos dados ao Eletrocardiograma mais sensíveis e específicos da doença. A dispersão do intervalo QT, provável medida da pouca homogeneidade da repolarização ventricular, definida como a diferença entre o maior e o menor intervalo QT nas doze derivações, tem sido motivo de pesquisa em vários estudos. O aumento da dispersão do intervalo QT parece ter significado prognóstico importante, mostrando-se preditor independente de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio e com insuficiência cardíaca. Até a presente data, não parece haver estudos que correlacionem a Dispersão do QT com a presença de cardite reumática. No Brasil, especialmente nas regiões mais carentes, a doença reumática ainda constitui problema de Saúde Pública, de maneira que é válida a pesquisa de novos índices diagnósticos, de gravidade e do prognóstico da doença. Neste estudo, comparou-se características eletrocardiográficas, particularmente a dispersão do QT em pacientes com e sem cardite reumática em pacientes internados em primeiro acometimento cardíaco internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e no Instituto Materno Infantil de Pernambuco. Foram avaliadas 66 crianças, metade com cardite, no período de Julho a dezembro de 2003. As crianças com cardite preencheram os critérios de inclusão no estudo: afecção aguda da doença reumática, através dos critérios de Jones e em primeiro surto de cardite. O eletrocardiograma foi realizado no primeiro dia de internamento hospitalar. Foram excluídas as crianças com uso de medicações e com distúrbios metabólicos que pudessem alterar a dispersão do intervalo QT. No grupo de comparação, crianças portadoras de quaisquer cardiopatias também foram excluídas. A idade média e a distribuição segundo o sexo foi similar nos dois grupos de estudos. A valvulopatia mais encontrada nas crianças com cardite foi a insuficiência mitral isolada e quase metade se encontrava em insuficiência cardíaca. Quanto à gravidade, como os hospitais participantes da pesquisa são centros de referência, 66,7% foram agrupadas em moderadas ou graves. Mesmo com valores de QTc significativamente maiores do que no grupo de comparação (p<0,01), a normalidade do QTc foi encontrada em 84,8% dos pacientes com cardite. A dispersão do intervalo QT foi significativamente maior no grupo com cardite do que no grupo de comparação (p<0,0001). Quando se tentou correlacionar os valores de dispersão do intervalo QT com as variáveis: índice cardiotorácico, gravidade de cardite, tipo de valvulopatia encontrada e QTc, não houve significância estatística. De acordo com os resultados, a dispersão do intervalo QT parece ter alta especificidade e valor preditivo positivo para predizer a presença de cardite. Estudos prospectivos e controlados, com maior casuística são necessários para confirmar estes achados
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Alterações eletrocardiográficas na cardite reumática aguda clínica e subclínica

Lapa Santos, Frederick January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8731_1.pdf: 6071900 bytes, checksum: cd85041b6f4035463b7e4bafa2baf507 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 / A Febre Reumática (FR) é uma complicação tardia, não supurativa, de uma infecção de orofaringe pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield, acometendo indivíduos geneticamente predispostos. A doença adquire primordial importância nos países em desenvolvimento, sendo a principal causa de internamento por doença cardiovascular em crianças e adultos jovens nesses locais. Seu diagnóstico é efetuado obedecendo critérios clínicos e laboratoriais propostos por Jones. Trata-se de um problema importante de Saúde Pública no Brasil, da mesma forma que nos demais países em desenvolvimento em todo o mundo. Embora considerada doença rara nos países desenvolvidos, o surto de Utah reacendeu o interesse pelos aspectos etiopatológicos e clínicos da doença. Esta dissertação está composta por dois artigos, a serem publicados em revistas da área de Cardiologia. O primeiro artigo trata de revisão da literatura médica sobre as alterações eletrocardiográficas durante surto agudo de FR. Publicações têm diminuído nos últimos anos, embora a importância do eletrocardiograma para a prática cardiológica continue, já que se trata de exame de baixo custo, de fácil execução e que pode auxiliar no diagnóstico da fase aguda da doença. No segundo artigo é apresentado uma série de 43 casos em primeiro surto de FR, com comprometimento do coração, divididos em dois grupos. Um grupo com cardite clinicamente manifesta e outro com cardite detectada apenas através do exame ecodopplercardiográfico, o que é denominado mais recentemente de cardite subclínica. O objetivo principal do trabalho é o de descrever e comparar as alterações nos dois grupos de pacientes. Não foi encontrado na literatura artigos que se preocupem com a mesma matéria. Foi dado uma ênfase especial aos aspectos relacionados com os intervalos PR e QT do eletrocardiograma. Cinqüenta e duas crianças e adolescentes saudáveis foram utilizados como grupo de comparação

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