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Carnaval de Fortaleza: tradiÃÃes e mutaÃÃes / Fortaleza Carnival: traditions and changesVanda Lucia de Souza Borges 03 September 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo trata do carnaval de Fortaleza do perÃodo de 1936, ano do desfile do bloco âProva
de Fogoâ, a 2000, ano de desarticulaÃÃo do bloco âQuem à de Benfica", cujo objetivo principal
à analisar a transformaÃÃo do carnaval de Fortaleza, que passou de um evento prestigioso, do
sÃculo XIX atà a dÃcada de 1970, a um evento marginal no conjunto das festividades da
capital e do estado a partir da dÃcada de 1980. Analisaram-se os discursos e as prÃticas dos
atores sociais na construÃÃo da cultura carnavalesca do Cearà e, mais especificamente, o
papel atribuÃdo aos segmentos populares no conjunto dos festejos e a maneira como foi
exercido. As categorias teÃricas discutem o carnaval como um fenÃmeno histÃrico, que, por
sua natureza festiva, possui caracterÃsticas rituais, ancoradas na tradiÃÃo. Para verificar a
validade dessa vertente, realizou-se pesquisa bibliogrÃfica e hemerogrÃfica nos jornais O
Povo, considerando as publicaÃÃes de 1936 a 2000, e DiÃrio do Nordeste, de 1982 a 2000, e
pesquisa de campo nos espaÃos onde se realizam atividades relacionadas ao carnaval, com
entrevistas a diretores das agremiaÃÃes e personalidades do evento na cidade. A anÃlise das
fontes concentrou-se nas representaÃÃes sociais do carnaval de Fortaleza, privilegiando os
segmentos de elite, mÃdio e popular, a imprensa e os poderes pÃblicos; nos espaÃos das
prÃticas carnavalescas, que sÃo as ruas, os clubes e as praias; nas atividades efetivadas,
como o desfile de agremiaÃÃes, blocos de bandas e blocos de trio elÃtrico; e nas relaÃÃes de
gÃnero. A pesquisa desenvolveu-se a partir da hipÃtese de que Fortaleza reproduz as prÃticas
carnavalescas emanadas dos centros de poder, com predomÃnio das iniciativas dos
segmentos dirigentes, como as sociedades carnavalescas da belle Ãpoque, os clubes, as
bandas carnavalescas e os trios elÃtricos. No final do sÃculo XX, os segmentos dominantes
locais criaram o carnaval litorÃneo como um novo modelo carnavalesco no CearÃ. Apesar de
as agremiaÃÃes populares, blocos, cordÃes, escolas de samba e maracatus terem uma
participaÃÃo minoritÃria no conjunto dos festejos, a tradiÃÃo carnavalesca de Fortaleza
continua associada à sua atuaÃÃo, jà que expressam o complexo cultural dos segmentos
subordinados da sociedade local. ConcluÃmos que a pertinÃcia das agremiaÃÃes populares
que realizam o nosso âpequeno carnavalâ constitui um elemento de resistÃncia cultural frente
Ãs prÃticas hegemÃnicas e homogeneizadoras das classes dominantes e contribui para a
diversificaÃÃo cultural no conjunto da sociedade, o que evidencia a capacidade de resistÃncia
dos grupos populares na luta por melhores condiÃÃes de vida e por um lugar na histÃria
cultural da cidade.
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Carnaval de Fortaleza: tradições e mutações / Fortaleza Carnival: traditions and changesBORGES, Vanda Lúcia de Souza January 2007 (has links)
BORGES, Vanda Lúcia de Souza. Carnaval de Fortaleza: tradições e mutações. 2007. 297f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2007. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-03-20T14:09:36Z
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Previous issue date: 2007 / Este estudo trata do carnaval de Fortaleza do período de 1936, ano do desfile do bloco “Prova de Fogo”, a 2000, ano de desarticulação do bloco “Quem é de Benfica", cujo objetivo principal é analisar a transformação do carnaval de Fortaleza, que passou de um evento prestigioso, do século XIX até a década de 1970, a um evento marginal no conjunto das festividades da capital e do estado a partir da década de 1980. Analisaram-se os discursos e as práticas dos atores sociais na construção da cultura carnavalesca do Ceará e, mais especificamente, o papel atribuído aos segmentos populares no conjunto dos festejos e a maneira como foi exercido. As categorias teóricas discutem o carnaval como um fenômeno histórico, que, por sua natureza festiva, possui características rituais, ancoradas na tradição. Para verificar a validade dessa vertente, realizou-se pesquisa bibliográfica e hemerográfica nos jornais O Povo, considerando as publicações de 1936 a 2000, e Diário do Nordeste, de 1982 a 2000, e pesquisa de campo nos espaços onde se realizam atividades relacionadas ao carnaval, com entrevistas a diretores das agremiações e personalidades do evento na cidade. A análise das fontes concentrou-se nas representações sociais do carnaval de Fortaleza, privilegiando os segmentos de elite, médio e popular, a imprensa e os poderes públicos; nos espaços das práticas carnavalescas, que são as ruas, os clubes e as praias; nas atividades efetivadas, como o desfile de agremiações, blocos de bandas e blocos de trio elétrico; e nas relações de gênero. A pesquisa desenvolveu-se a partir da hipótese de que Fortaleza reproduz as práticas carnavalescas emanadas dos centros de poder, com predomínio das iniciativas dos segmentos dirigentes, como as sociedades carnavalescas da belle époque, os clubes, as bandas carnavalescas e os trios elétricos. No final do século XX, os segmentos dominantes locais criaram o carnaval litorâneo como um novo modelo carnavalesco no Ceará. Apesar de as agremiações populares, blocos, cordões, escolas de samba e maracatus terem uma participação minoritária no conjunto dos festejos, a tradição carnavalesca de Fortaleza continua associada à sua atuação, já que expressam o complexo cultural dos segmentos subordinados da sociedade local. Concluímos que a pertinácia das agremiações populares que realizam o nosso “pequeno carnaval” constitui um elemento de resistência cultural frente às práticas hegemônicas e homogeneizadoras das classes dominantes e contribui para a diversificação cultural no conjunto da sociedade, o que evidencia a capacidade de resistência dos grupos populares na luta por melhores condições de vida e por um lugar na história cultural da cidade.
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