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Estrutura, litoestratigrafia e metamorfismo do Grupo Carrancas na frente orogênica da Faixa Brasília MeridionalCoutinho, Leandro 06 June 2012 (has links)
O Grupo Carrancas, neoproterozóico, é composto por uma pilha metassedimentar alóctone, com aproximadamente 400m de espessura, de quartzitos (metapsamitos) e xistos grafitosos (metapelitos), divididos em três formações: Fm. São Tomé das Letras, base da seqüência, composta por muscovita quartzitos, muscovita-quartzo xistos e subordinadamente muscovita xistos, ambos com muscovitas esverdeadas; Fm. Campestre, intermediária, caracterizada por uma intercalação de xistos grafitosos ± porfiroblásticos (Grt-St-Ky-Cld) e níveis expressivos de muscovita quartzitos com mica branca; Fm. Chapada das Perdizes, equivalente a Formação São Tomé das Letras, porém disposta no topo da sequência. A unidade do biotita xisto (metawacke), sempre com estrutura milonítica presente, se encontra tectonicamente sobre o Grupo Carrancas, dispondo-se no núcleo das estruturas sinformais D3, e sendo, portanto, uma unidade metassedimentar também alóctone.Os metassedimentos, assim como parte da infraestrutura gnáissica alóctone, estão estruturados em nappes sin-S2 com transporte tectônico para leste e sudeste, paralelo aos mullions e rods B2. Esse transporte, relacionado aos eventos contínuos progressivos D1 e D2, ocorreu a partir de zonas de cisalhamento ductil de baixo ângulo, sob regime de deformação não-coaxial, responsável pela geração de dobras isoclinais e intensa recristalização plano axial que constituí a foliação principal regional S2. O evento deformacional D3, produto da progressão da deformação em níveis crustais mais rasos, possuí caráter rúptil-ductil, onde foram geradas dobras assimétricas em diversas escalas, com espessamento de charneira, no geral homoaxiais a D2 (B2//B3). Também foram geradas em D3, importantes zonas de cisalhamento com movimentação lateral destral, como a Zona de Cisalhamento de Três Corações, de direção NE-SW e zonas de cisalhamento dispostas no norte da Serra da Estância. Nas proximidades dessas zonas de cisalhamento, a foliação se torna sub-vertical e as dobras D3 apertadas, ocorrendo transposição para S3 (S2//S3). Os dobramentos D4, com direção NE-SW e N-S, eixos com caimento para SW e S, e vergêntes para NW, foram responsáveis pela configuração da geometria em \"Z\" da Nappe Carrancas, redobrando e crenulando os elementos estruturais anteriormente formados. O metamorfismo registrado nos xistos grafitosos, aumenta de modo geral de NW para SE, com paragêneses que variam de Grt+Chl+Cld a Grt+Ky+St+Cld na Serra da Estância, Pombeiro e Galinheiro, evidenciando condições de fácie xisto verde na transição para o fácie anfibolito, considerando pressões intermediárias. Já para sul da Serra de Carrancas, a paragênese predominante é de Grt+St+Ky, típica da fácie anfibolito na zona da cianita. Contrastando com o Grupo Carrancas, a unidade do biotita xisto se encontra sempre em fácie xisto verde, marcada pela paragênese de Grt+Chl+Bt. / The Carrancas Group, Neoproterozoic, is composed by an allochthonous sedimentary pile, about 400m thick of quartzite (metapsamites) and graphitic schists (metapelites),divided into three formations: São Tomé das Letras Formation, the base of the sequence, composed of muscovite quartzite, quartz-muscovite schist and subordinate muscovite schists, both with greenish muscovites; Campestre Formation, intermediate, characterized by an intercalation of graphitic schists ± porfiroblastics (Grt-St-Cld-Ky) and significant levels of muscovite quartzites with white mica; Chapada das Perdizes Formation, equivalent to São Tomé das Letras Formation, but arranged on top of the sequence. The biotite schist, always with mylonitic structure present, is tectonically localized above of Carrancas Group, in the core of D3 sinformals structures, and is therefore also a sedimentary allochthonous unit. The metasediments, as part of the allochthonous gneiss infrastructure, are structured in sin-S2 nappes, with tectonic transport to the east and southeast, parallel to the mullions and rods B2. This transport, related to continuous and progressive events D1 and D2, occurred from ductile shear zones of low angle, under the regime of non-coaxial deformation, responsible for the generation of isoclinals folds and intense recrystallization axial plane that constitutes the main S2 regional foliation. The D3 deformational event, a product of progressive deformation in shallow crustal levels, possess character brittle-ductile, which were generated by asymmetric folds in several scales, with thickening of the hinge, usually homoaxials to D2 (B2 / / B3). Major shear zones with dextral lateral movement, such as the Três Corações Shear Zone, NE-SW direction and shear zones arranged in the northern Serra da Estância, were also generated in D3. Near these shear zone, the foliation becomes sub-vertical and D3 bends tight, occurring transposition to S3 (S2 / / S3). The D4 folds with NE-SW and N-S axis with trim to SW and NW vergence, were responsible for setting up the \"Z\" geometry of Carrancas Nappe, redoubling and crinkling structural elements previously formed. The metamorphism recorded in the graphitic schists, generally increases from NW to SE, which vary with paragenesis Grt + Chl + Cld the Grt + Ky + St + Cld at Serra da Estância, Galinheiro and Pombeiro, showing conditions of the greenschist facie transition to the amphibolite facie, considering intermediate pressures. As for the southern Serra das Carrancas, the predominant paragenesis of Grt + St + Ky, typical of amphibolite facie in the kyanite zone. In contrast to the Carrancas Group, a unit of biotite schist is always in greenschist facie, marked by the paragenesis of Grt + Chl + Bt.
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Estrutura, litoestratigrafia e metamorfismo do Grupo Carrancas na frente orogênica da Faixa Brasília MeridionalLeandro Coutinho 06 June 2012 (has links)
O Grupo Carrancas, neoproterozóico, é composto por uma pilha metassedimentar alóctone, com aproximadamente 400m de espessura, de quartzitos (metapsamitos) e xistos grafitosos (metapelitos), divididos em três formações: Fm. São Tomé das Letras, base da seqüência, composta por muscovita quartzitos, muscovita-quartzo xistos e subordinadamente muscovita xistos, ambos com muscovitas esverdeadas; Fm. Campestre, intermediária, caracterizada por uma intercalação de xistos grafitosos ± porfiroblásticos (Grt-St-Ky-Cld) e níveis expressivos de muscovita quartzitos com mica branca; Fm. Chapada das Perdizes, equivalente a Formação São Tomé das Letras, porém disposta no topo da sequência. A unidade do biotita xisto (metawacke), sempre com estrutura milonítica presente, se encontra tectonicamente sobre o Grupo Carrancas, dispondo-se no núcleo das estruturas sinformais D3, e sendo, portanto, uma unidade metassedimentar também alóctone.Os metassedimentos, assim como parte da infraestrutura gnáissica alóctone, estão estruturados em nappes sin-S2 com transporte tectônico para leste e sudeste, paralelo aos mullions e rods B2. Esse transporte, relacionado aos eventos contínuos progressivos D1 e D2, ocorreu a partir de zonas de cisalhamento ductil de baixo ângulo, sob regime de deformação não-coaxial, responsável pela geração de dobras isoclinais e intensa recristalização plano axial que constituí a foliação principal regional S2. O evento deformacional D3, produto da progressão da deformação em níveis crustais mais rasos, possuí caráter rúptil-ductil, onde foram geradas dobras assimétricas em diversas escalas, com espessamento de charneira, no geral homoaxiais a D2 (B2//B3). Também foram geradas em D3, importantes zonas de cisalhamento com movimentação lateral destral, como a Zona de Cisalhamento de Três Corações, de direção NE-SW e zonas de cisalhamento dispostas no norte da Serra da Estância. Nas proximidades dessas zonas de cisalhamento, a foliação se torna sub-vertical e as dobras D3 apertadas, ocorrendo transposição para S3 (S2//S3). Os dobramentos D4, com direção NE-SW e N-S, eixos com caimento para SW e S, e vergêntes para NW, foram responsáveis pela configuração da geometria em \"Z\" da Nappe Carrancas, redobrando e crenulando os elementos estruturais anteriormente formados. O metamorfismo registrado nos xistos grafitosos, aumenta de modo geral de NW para SE, com paragêneses que variam de Grt+Chl+Cld a Grt+Ky+St+Cld na Serra da Estância, Pombeiro e Galinheiro, evidenciando condições de fácie xisto verde na transição para o fácie anfibolito, considerando pressões intermediárias. Já para sul da Serra de Carrancas, a paragênese predominante é de Grt+St+Ky, típica da fácie anfibolito na zona da cianita. Contrastando com o Grupo Carrancas, a unidade do biotita xisto se encontra sempre em fácie xisto verde, marcada pela paragênese de Grt+Chl+Bt. / The Carrancas Group, Neoproterozoic, is composed by an allochthonous sedimentary pile, about 400m thick of quartzite (metapsamites) and graphitic schists (metapelites),divided into three formations: São Tomé das Letras Formation, the base of the sequence, composed of muscovite quartzite, quartz-muscovite schist and subordinate muscovite schists, both with greenish muscovites; Campestre Formation, intermediate, characterized by an intercalation of graphitic schists ± porfiroblastics (Grt-St-Cld-Ky) and significant levels of muscovite quartzites with white mica; Chapada das Perdizes Formation, equivalent to São Tomé das Letras Formation, but arranged on top of the sequence. The biotite schist, always with mylonitic structure present, is tectonically localized above of Carrancas Group, in the core of D3 sinformals structures, and is therefore also a sedimentary allochthonous unit. The metasediments, as part of the allochthonous gneiss infrastructure, are structured in sin-S2 nappes, with tectonic transport to the east and southeast, parallel to the mullions and rods B2. This transport, related to continuous and progressive events D1 and D2, occurred from ductile shear zones of low angle, under the regime of non-coaxial deformation, responsible for the generation of isoclinals folds and intense recrystallization axial plane that constitutes the main S2 regional foliation. The D3 deformational event, a product of progressive deformation in shallow crustal levels, possess character brittle-ductile, which were generated by asymmetric folds in several scales, with thickening of the hinge, usually homoaxials to D2 (B2 / / B3). Major shear zones with dextral lateral movement, such as the Três Corações Shear Zone, NE-SW direction and shear zones arranged in the northern Serra da Estância, were also generated in D3. Near these shear zone, the foliation becomes sub-vertical and D3 bends tight, occurring transposition to S3 (S2 / / S3). The D4 folds with NE-SW and N-S axis with trim to SW and NW vergence, were responsible for setting up the \"Z\" geometry of Carrancas Nappe, redoubling and crinkling structural elements previously formed. The metamorphism recorded in the graphitic schists, generally increases from NW to SE, which vary with paragenesis Grt + Chl + Cld the Grt + Ky + St + Cld at Serra da Estância, Galinheiro and Pombeiro, showing conditions of the greenschist facie transition to the amphibolite facie, considering intermediate pressures. As for the southern Serra das Carrancas, the predominant paragenesis of Grt + St + Ky, typical of amphibolite facie in the kyanite zone. In contrast to the Carrancas Group, a unit of biotite schist is always in greenschist facie, marked by the paragenesis of Grt + Chl + Bt.
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Modelagem metamórfica e geotermobarometria de elementos traço em metapelitos e quartzitos: exemplo de Nappe de Luminárias-MG / Metamorphic modeling and geothermobarometry of trace elements in metapelites and quartzites: example of Luminárias Nappe-MGFumes, Regiane Andrade [UNESP] 18 January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-01-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A Nappe Luminárias corresponde a uma estrutura alongada de orientação NNE-SSW com cerca de 40 km de extensão, situada na porção sul do Orógeno Brasília (idade neoproterozoica), bordejando o Cráton do São Francisco. Tal estrutura é composta majoritariamente por metapelitos e quartzitos do Grupo Carrancas. O presente trabalho foca na caracterização metamórfica de metapelitos e quartzitos do Grupo Carrancas na Nappe Luminárias. Para tal, utiliza-se modelagem metamórfica através de pseudosseções (THERMOCALC), química mineral e os geotermômetros Zr em rutilo e Ti em quartzo. Com base na mineralogia e nas relações texturais e estruturais observadas em lâmina, foram identificadas paragêneses distintas nas porções norte, centro-norte e sul da Nappe Luminárias. Na porção norte, a paragênese é Cld+Chl+Ky+Rt+Qtz+Ms. Na porção centro-norte, ocorre a paragênese St+Grt+Rt+Qtz+Ms, com biotita, clorita e ilmenita retrometamórfica. A assembleia de pico metamórfico registrada nas rochas da porção sul é Grt+Ky+St+Rt+Qtz+Ms com biotita, clorita e ilmenita retrometamórfica. Os resultados indicam a presença de um gradiente metamórfico com condições variando de fácies xisto-verde na porção norte (560˚C e 10kbar) e centro-norte (610˚C e 12,5kbar) a fácies anfibolito / eclogito na porção sul (630˚C e 15kbar). As rochas metapelíticas da Nappe de Luminárias evoluíram através de trajetórias P-T-t horárias, que indicam aquecimento seguido de uma forte descompressão. Análises de elementos traço em grãos de rutilo derivados de quartzito indicam que os mesmos podem ser utilizados para cálculo de temperatura utilizando-se o geotermômetro Zr no rutilo. Todavia, os dados indicam que a homogeneização, ou reequilíbrio, da concentração de Zr em rutilos detríticos em quartzitos ocorre em temperaturas mais elevadas que nos metapelitos, em torno de 580˚C. Não foi observada sillimanita nas rochas estudadas. Estes dados colocam em dúvida a extensão da Zona de Interferência entre as Faixas Brasília e Ribeira até a região de Luminárias. Além disso, os dados de modelagem do presente trabalho mostram que seria necessária descompressão isotérmica de aproximadamente 8 kbar para a cristalização de sillimanita, o que é incompatível com a superposição da Faixa Ribeira sobre a Faixa Brasília, que levaria a um soterramento ainda maior das unidades. / The Luminárias Nappe is a 40 km long, NNE-SSW elongated structure, located in the southern portion of the Neoproterozoic Brasília Orogen, which borders the São Francisco Craton (Minas Gerais, Brazil). It is composed of high aluminium metapelites and quartzites from the Carrancas Group. The present work focuses on the metamorphic characterization of the metapelites and the quartzites of the Luminárias Nappe by means of pseudosection modelling, mineral chemistry and the Zr-in-rutile thermometer. In the northern portion, the paragenesis is Cld + Chl + Ky + Rt + Qtz + Ms. In the center-north portion, the paragenesis is St + Grt + Rt + Qtz + Ms, with retro-metamorphic biotite, chlorite and ilmenite. The metamorphic peak assembly recorded in rocks from the southern portion is Grt + Ky + St + Rt + Qtz + Ms with retro-metamorphic biotite, chlorite and ilmenite. Results indicate the presence of a metamorphic gradient with conditions increasing from green-schist facies in the northern portion (560˚C and 10kbar) and center-north (610˚C and 12,5kbar) to amphibolite / eclogite facies in the southern portion (630˚C and 15kbar). Metapelitic rocks of the Luminárias Nappe followed a clockwise P-T-t path, characterised by an initial heating stage that is followed by strong decompression. Analyses of trace elements in rutile grains derived from quartzite indicate that they can be used for temperature calculation using the geothermometer Zr in rutile. However, the data shows that the homogenisation, or reequilibration, of the Zr content detrital rutile in quartzites occurs at higher temperatures than in the metapelites, at about 580˚C. No sillimanite has not been described in the studied rocks. Therefore, it suggests that the Interference Zone between the Brasília and Ribeira belts does not extent to the Luminárias Nappe region. In addition, our modelling shows that it would be require an isothermal decompression of approximately 8 kbar for the crystallization of sillimanite, which is incompatible with the overlapping of the Ribeira Belt over the Brasilia Belt, which would lead to an even greater burial of the units. / FAPESP: 2015/05230-0 / FAPESP: 2015/07750-0
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Comparison of temperature of metamorphism using quartz c-axis fabric thermometer, Zr-in-rutile and Ti-in-quartz, using as example quartzite samples of the Carrancas Group, MG, Brazil / not availableAraújo, Beatriz Pontes 12 December 2018 (has links)
Quartz is one of the most common minerals in the Earth\'s crust, and is an important constituent of many metamorphic rocks. Because of the correlation between the dynamic recrystallization mechanisms and temperature, it is possible to understand the relationship between deformation and metamorphism evolution with the investigation of quartz, its textures, crystallographic orientation and its trace elements composition. Recently, thermometer calibrations were proposed based on the relationship between c-axis fabric open angle. Studies show that trace elements are also reliable indicators for geothermometers, especially on rocks without metamorphic index minerals,, such as in quartzites. With these calibrations it is possible to investigate the metamorphic-deformational evolution and compare to the metamorphic evolution of associated rocks containing diagnostic paragenesis and P-T conditions, allowing the full picture of establishment of the relationship between deformation and metamorphism. The aim of this research is to evaluate the c-axis thermometer, using data from Universal Stage and Electron Backscatter Diffraction (EBSD), as well as trace elements thermometry, Ti-in-quartz and Zr-in-rutile. The study was conducted on quartzites of the Carrancas Group, on Serra da Estância, Serra do Pombeiro and Serra de Carrancas, which P-T conditions of metamorphism were established with great precision in previous works. The study area is located in the southern region of Minas Gerais, near the cities of Carrancas, Itutinga, Itumirim and Lavras. Temperatures obtained by the c-axis thermometer were confronted with previously processed data and produced different results for each method, Universal Stage and EBSD. The Universal Stage produced a temperature that fits very well with metamorphic peak from previously calculated temperatures, and it seems to be a very reliable, cheap and relatively fast method. The stereograms made with EBSD data produced blurred girdles. It is not clear if the acquired data was either made properly or if this is a result of superimposed events of deformations, as suggested by petrography. The Zr-in-rutile thermometer partially agrees with the thermobarometry results of the literature, because at temperatures below 600 °C, it does not activate the zircon to participate on cation exchange reactions with other minerals, so the Zr concentration on rutile is considered to be from the source rock, and not related to deformation or metamorphism. The Ti-in-quartz was not a reliable thermometer for this case study. The temperatures are higher than the expected and the hypothesis is that the quartz grains might not have enough energy to exchange cations with rutile and zircon during the deformation and metamorphism caused by shear zones on Carrancas klippe. For further investigation, it is interesting to use cathodoluminescence that might map the Ti concentration zones on quartz grains to identify portions with different Ti concentrations and investigate their relationship with possible recrystallization textures. / O quartzo é um dos minerais mais comuns na crosta terrestre e é um constituinte importante de muitas rochas metamórficas. Devido à correlação entre os mecanismos dinâmicos de recristalização e a temperatura, é possível entender a relação entre a deformação e a evolução do metamorfismo com a investigação do quartzo, suas texturas, orientação cristalográfica e sua composição de elementos traços. Recentemente, calibrações de termômetros foram propostas com base na relação entre o ângulo de abertura do eixo-c. Estudos mostram que elementos traços também são indicadores confiáveis para geotermômetros, especialmente em rochas sem índices de minerais metamórficos, como os quartzitos. Com estas calibrações é possível investigar a evolução metamórfico-deformacional e comparar com a evolução metamórfica de rochas associadas contendo paragênese diagnóstica e condições de P-T, permitindo o quadro completo do estabelecimento da relação entre deformação e metamorfismo. O objetivo desta pesquisa é avaliar os termômetros de eixo-c, utilizando dados de Platina Universal e de Electron Backscatter Diffraction (EBSD), e temperatura de elementos traço, Ti-em-quartzo e Zr-em-rutilo. O estudo foi realizado nos quartzitos do Grupo Carrancas, na Serra da Estância, Serra do Pombeiro e Serra de Carrancas, cujas condições de metamorfismo da P-T foram estabelecidas com grande precisão em trabalhos anteriores. A área de estudo está localizada na região sul de Minas Gerais, próximo às cidades de Carrancas, Itutinga, Itumirim e Lavras. As temperaturas obtidas pelo termômetro do eixo c foram confrontadas com dados previamente processados e produziram resultados diferentes para cada método de Platina Universal e EBSD. Os dados de platina produziram temperaturas que se encaixam muito bem com o pico metamórfico de temperaturas previamente calculadas, e parece ser um método muito confiável, barato e relativamente rápido. Os estereogramas feitos com os dados do EBSD produziram guirlandas pouco nítidas. Não está claro se os dados adquiridos foram feitos adequadamente ou se isso é resultado de eventos sobrepostos de deformações, como sugerido pela petrografia. O termômetro de Zr-em-rutilo concordam parcialmente com os resultados de termobarometria da literatura, porque em temperaturas abaixo de 600 ° C, os minerais de zircão não são ativados para participar de reações de troca de cátions com outros minerais, portanto a concentração de Zr no rutilo é considerada como sendo da rocha fonte, e não relacionadas à deformação ou metamorfismo. O Ti-em-quartzo não foi um termômetro confiável para este estudo de caso. As temperaturas são superiores às esperadas e a hipótese é de que os grãos de quartzo podem não ter energia suficiente para trocar cátions com rutilo e zircão durante a deformação e metamorfismo causados por zonas de cisalhamento na klippe Carrancas. Para investigações posteriores, é interessante utilizar catodoluminescência para que seja possível mapear as zonas de concentração de Ti em grãos de quartzo e assim identificar porções com diferentes concentrações de Ti e investigar sua relação com possíveis texturas de recristalização.
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Comparison of temperature of metamorphism using quartz c-axis fabric thermometer, Zr-in-rutile and Ti-in-quartz, using as example quartzite samples of the Carrancas Group, MG, Brazil / not availableBeatriz Pontes Araújo 12 December 2018 (has links)
Quartz is one of the most common minerals in the Earth\'s crust, and is an important constituent of many metamorphic rocks. Because of the correlation between the dynamic recrystallization mechanisms and temperature, it is possible to understand the relationship between deformation and metamorphism evolution with the investigation of quartz, its textures, crystallographic orientation and its trace elements composition. Recently, thermometer calibrations were proposed based on the relationship between c-axis fabric open angle. Studies show that trace elements are also reliable indicators for geothermometers, especially on rocks without metamorphic index minerals,, such as in quartzites. With these calibrations it is possible to investigate the metamorphic-deformational evolution and compare to the metamorphic evolution of associated rocks containing diagnostic paragenesis and P-T conditions, allowing the full picture of establishment of the relationship between deformation and metamorphism. The aim of this research is to evaluate the c-axis thermometer, using data from Universal Stage and Electron Backscatter Diffraction (EBSD), as well as trace elements thermometry, Ti-in-quartz and Zr-in-rutile. The study was conducted on quartzites of the Carrancas Group, on Serra da Estância, Serra do Pombeiro and Serra de Carrancas, which P-T conditions of metamorphism were established with great precision in previous works. The study area is located in the southern region of Minas Gerais, near the cities of Carrancas, Itutinga, Itumirim and Lavras. Temperatures obtained by the c-axis thermometer were confronted with previously processed data and produced different results for each method, Universal Stage and EBSD. The Universal Stage produced a temperature that fits very well with metamorphic peak from previously calculated temperatures, and it seems to be a very reliable, cheap and relatively fast method. The stereograms made with EBSD data produced blurred girdles. It is not clear if the acquired data was either made properly or if this is a result of superimposed events of deformations, as suggested by petrography. The Zr-in-rutile thermometer partially agrees with the thermobarometry results of the literature, because at temperatures below 600 °C, it does not activate the zircon to participate on cation exchange reactions with other minerals, so the Zr concentration on rutile is considered to be from the source rock, and not related to deformation or metamorphism. The Ti-in-quartz was not a reliable thermometer for this case study. The temperatures are higher than the expected and the hypothesis is that the quartz grains might not have enough energy to exchange cations with rutile and zircon during the deformation and metamorphism caused by shear zones on Carrancas klippe. For further investigation, it is interesting to use cathodoluminescence that might map the Ti concentration zones on quartz grains to identify portions with different Ti concentrations and investigate their relationship with possible recrystallization textures. / O quartzo é um dos minerais mais comuns na crosta terrestre e é um constituinte importante de muitas rochas metamórficas. Devido à correlação entre os mecanismos dinâmicos de recristalização e a temperatura, é possível entender a relação entre a deformação e a evolução do metamorfismo com a investigação do quartzo, suas texturas, orientação cristalográfica e sua composição de elementos traços. Recentemente, calibrações de termômetros foram propostas com base na relação entre o ângulo de abertura do eixo-c. Estudos mostram que elementos traços também são indicadores confiáveis para geotermômetros, especialmente em rochas sem índices de minerais metamórficos, como os quartzitos. Com estas calibrações é possível investigar a evolução metamórfico-deformacional e comparar com a evolução metamórfica de rochas associadas contendo paragênese diagnóstica e condições de P-T, permitindo o quadro completo do estabelecimento da relação entre deformação e metamorfismo. O objetivo desta pesquisa é avaliar os termômetros de eixo-c, utilizando dados de Platina Universal e de Electron Backscatter Diffraction (EBSD), e temperatura de elementos traço, Ti-em-quartzo e Zr-em-rutilo. O estudo foi realizado nos quartzitos do Grupo Carrancas, na Serra da Estância, Serra do Pombeiro e Serra de Carrancas, cujas condições de metamorfismo da P-T foram estabelecidas com grande precisão em trabalhos anteriores. A área de estudo está localizada na região sul de Minas Gerais, próximo às cidades de Carrancas, Itutinga, Itumirim e Lavras. As temperaturas obtidas pelo termômetro do eixo c foram confrontadas com dados previamente processados e produziram resultados diferentes para cada método de Platina Universal e EBSD. Os dados de platina produziram temperaturas que se encaixam muito bem com o pico metamórfico de temperaturas previamente calculadas, e parece ser um método muito confiável, barato e relativamente rápido. Os estereogramas feitos com os dados do EBSD produziram guirlandas pouco nítidas. Não está claro se os dados adquiridos foram feitos adequadamente ou se isso é resultado de eventos sobrepostos de deformações, como sugerido pela petrografia. O termômetro de Zr-em-rutilo concordam parcialmente com os resultados de termobarometria da literatura, porque em temperaturas abaixo de 600 ° C, os minerais de zircão não são ativados para participar de reações de troca de cátions com outros minerais, portanto a concentração de Zr no rutilo é considerada como sendo da rocha fonte, e não relacionadas à deformação ou metamorfismo. O Ti-em-quartzo não foi um termômetro confiável para este estudo de caso. As temperaturas são superiores às esperadas e a hipótese é de que os grãos de quartzo podem não ter energia suficiente para trocar cátions com rutilo e zircão durante a deformação e metamorfismo causados por zonas de cisalhamento na klippe Carrancas. Para investigações posteriores, é interessante utilizar catodoluminescência para que seja possível mapear as zonas de concentração de Ti em grãos de quartzo e assim identificar porções com diferentes concentrações de Ti e investigar sua relação com possíveis texturas de recristalização.
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