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A discriminação no discurso: a categorização da mulher sob o enfoque da linguística sistêmico-funcional / The discrimination in discourse: the categorization of women under the light of systemic functional linguisticsSantos, Claudia Moreira dos 03 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-03 / It isn t neither uncommon nor surprising when we hear on the streets male drivers crying to a female driver: Go to the kitchen! or Cooking is what you should be doing! as if women who dare drive had invaded a man s territory. I have always felt puzzled by such attitude towards women s chores against men s duties. If we picture the world as a vast collection of things and people one could understand such rights. Therefore, getting acquainted with Fowler s ideas on women s categorization and groupings made me decide to go deep inside it. Human communication, according to Fowler, involves belief systems, labeling arrangements and degrees of discrimination, which all together represent the world according to the needs of the societies where communication takes place. As we proceed with categorization of people, we go on assigning persons specific attributes and associating them with strongly predictable behaviors in a way that the categories end up turning into stereotypes. According to Fowler, categorization is a discursive basis for discrimination. He is one of the creators of Critical Linguistics which says that analysis made with appropriate linguistic tools and related to relevant social and historical contexts may reveal the ideology hidden under the surface of ordinary discourse and display it for inspection. Because there are also images which we picked up from the newspaper and included in this study, we refer to Macken-Horarik (2004) to account for the complementary contribution of image (artwork) and verbiage (text panel) to the meaning-making process. The objective of this study is to compare the categorization of women and men on the first page of Folha de S. Paulo newspaper, under the light of Critical Linguistics (Fowler 1991), with the support of Systemic Functional Linguistics (Halliday, 1985; 1994). For this purpose, the study shall answer the following questions: (a) How often are women or men cited on the first page of Folha de S. Paulo newspaper? (b) What type of activities do women and men cited on these pages are engaged in? (c) Which lexico-grammatical choices does the ideology behind the image of woman and man reveal? The corpus of this research is composed by the first pages of the thirty editions of Folha de S. Paulo in April 2010. From Systemic Functional Linguistics, I consider the TGR (Theory of Genres and Register), proposed by Eggins and Martin (1997), as well as more recent contributions that such theory has received, such as Martin´s Appraisal Theory (2000) and the concepts of Thompson and Thetela´s enacted and projected roles (1995), and some other rhetoric features as well as the so-called dog whistle politics (COFFIN & O'HALLORAN, 2006) or smuggling of information (LUCHJENBROERS; ALDRIDGE, 2007) / Não é incomum e nem causa estranheza se, no trânsito de uma avenida, ouvirem-se frases como: 'Lugar de mulher é na cozinha' ou 'Vá pilotar no fogão', como se a mulher estivesse invadindo um terreno que não lhe pertencesse. Sempre me intrigou essa diferença na consideração da mulher, quanto às suas atividades e seus deveres, em contraposição aos do homem. Se imaginarmos que o mundo é uma vasta coleção de coisas e de pessoas, poder-se-ia pensar que as pessoas teriam direito a essas coisas. Assim, ao entrar em contato com as ideias de Fowler (1991) sobre 'categorização' e 'grupo', decidi-me a pesquisar o assunto. A comunicação humana, segundo Fowler (1991), envolve sistemas de crenças, sistemas de categorias, graus de discriminação , que representam o mundo de acordo com as necessidades das sociedades em que ocorre a comunicação. Na medida em que categorizamos uma pessoa, continua o autor, como tendo atributos ou comportamentos fortemente previsíveis, a categoria pode enrijecer-se em um estereótipo. Segundo o autor, a categorização é a base discursiva para práticas de discriminação. O autor é um dos idealizadores da Linguística Crítica , segundo a qual, a análise feita com instrumentos linguísticos próprios e com referência a contextos históricos e sociais relevantes pode trazer a ideologia, normalmente escondida pela habitualização do discurso, à superfície para inspeção. Como em nossos dados constam também algumas imagens que apareceram na página do jornal em questão, apoiamo-nos em Macken-Horarik (2004), que analisa a contribuição complementar entre imagens (ilustrações) e palavras (do texto), no processo da construção de significados. O objetivo desta pesquisa é comparar, à luz da Linguística Crítica (Fowler, 1991), com apoio metodológico da Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday, 1985; 1994), a categorização da mulher e a do homem na primeira página, do jornal Folha de S. Paulo. Para tanto, a pesquisa deve responder às seguintes perguntas: (a) Com que frequência a mulher ou o homem são citados na primeira página do jornal Folha de S. Paulo? (b) Que tipo de atividade exercem homens e mulheres citados nessa página? (c) Que escolhas léxicogramaticais revelam a ideologia subjacente à figura da mulher e à do homem? O corpus desta pesquisa compõe-se das primeiras páginas das 30 edições do mês de abril de 2010 do jornal Folha de S.Paulo. Na LSF, considero a TGR (Teoria de Gêneros e Registro), proposta por Eggins e Martin (1997), bem como contribuições mais recentes que a teoria tem recebido, tais como a Avaliatividade de Martin (2000) e os conceitos de papel desempenhado e papel projetado, de Thompson e Thetela (1995), além de outros recursos retóricos, como a chamada 'política do apito do cão' (dog whistle politics) (COFFIN & O'HALLORAN, 2006) ou o 'contrabando' de informação (LUCHJENBROERS; ALDRIDGE, 2007)
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