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Transplante alogenico de celulas-tronco perifericas mobilizadas por rhG-CSF, não manipuladas in vitro, para tratamento de neoplasias hematologicas

Azevedo, Wellington Morais de 06 October 1995 (has links)
Orientador: Carmino Antonio de Souza / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-20T17:36:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Azevedo_WellingtonMoraisde_D.pdf: 3412808 bytes, checksum: 37fe74ea6f2a3b91910127765c8e266e (MD5) Previous issue date: 1995 / Resumo: Transplantes autoplásticos de células-tronco periféricas (CTP) já vêm sendo realizados há algum tempo, tendo mostrado algumas vantagens em relação aos transplantes do mesmo tipo que utilizam medula óssea. Dentre estas vantagens, destaca-se a capacidade das CTP de produzir uma "pega" mais rápida do enxerto, encurtando o período de aplasia de medula óssea que se segue ao condicionamento do paciente. A coleta de CTP por aférese oferece maior conforto ao doador, que não precisa ser submetido à anestesia geral e às numerosas punções da crista ilíaca necessárias à obtenção do número de células suficientes para o transplante. Apesar das evidentes vantagens observadas no cenário autoplástico, a aplicação da mesma técnica aos transplantes alogênicos só se iniciou no começo dos anos 90. Este retardo se deveu ao temor de que os enxertos de CTP alogênicas, mais ricos em células T imunocompetentes, pudessem acarretar aumentos na incidência e gravidade da doença do enxerto-contra-o-hospedeiro (DECH). Outro empecilho à realização desses transplantes é a ecessidade de mobilização das CTP para a circulação sangüínea, que se fez possível nos transplantes autoplásticos, inicialmente, pelo uso de quimioterápicos citotóxicos; tal prática seria eticamente condenável em doadores sadios e, só mais recentemente, os fatores de crescimento hematopoiético humanos, obtidos por tecnologia de recombinação gênica (rhGCSF), ofereceram uma alternativa mais segura para conseguir essa mobilização. Neste estudo, não controlado analisamos os resultados de dezessete transplantes alogênios de CTP, comparando-os com aqueles obtidos em um grupo-controle que recebeu, contemporaneamente, transplantes alogênicos convencionais de medula óssea. O objetivo foi o de se estudar, comparativamente, o perfil de "pega" dos enxertos de CTP, assim como a morbidade associada ao procedimento. Para tanto, foram comparados vários parâmetros entre os dois grupos, que incluíram: tempo de "pega" do enxerto, tempo de permanência no hospital após o transplante, necessidade de transfusões, número de dias em uso de antimicrobianos ou nutrição parenteral, níveis séricos máximos de creatinina e bilirrubina, incidência e gravidade de DECH aguda, entre outros. Procuramos avaliar ainda os eventuais efeitos colaterais a curto prazo do rhG-CSF nos doadores. Os resultados mostraram que a incidência e gravidade da DECH aguda foram comparáveis entre os dois grupos, assim como a morbidade geral relacionada ao transplante. De fato, os transplantes com CTP apresentaram "pega" mais rápida e permitiram alta hospitalar mais precoce. A mobilização de CTP pelo uso de rhG-CSF e sua obtenção por sessões únicas de aférese mostraram-se, no período estudado, livres de efeitos colaterais ou complicações clínicas sérias para os doadores. O número de células foi suficiente para garantir a "pega" e estabilidade do enxerto em todos os pacientes, não se observando rejeições ou "falhas de pega". Aparentemente, as vantagens oferecidas pelas CTP em transplantes autoplástiéos também se aplicam aos transplantes alogênicos. Os resultados sugerem ser a técnica viável, porém devem ser interpretados com cautela devido às limitações metodológicas do estudo, que incluem o curto tempo de seguimento dos pacientes e a realização de análise de dados de grupos de pacientes distribuídos sem "randomização" / Abstract: Autologous blood stem celI (BSC) transplantation is already a welI established medical procedure, which has shown some advantages over the use of bone marrow for the same purpose. A faster engraftment rate is observed in these transplants, consequently shortening the period of marrow aplasia that folIows the conditioning phase. Besides, BSC colIection by apheresis offers more cornfort to the donors, avoiding the need for general anesthesia and marrow aspiration in order to obtain sufficient numbers of stem celIs for engraftment. Despite alI these advantages, the use of allogeneic BSC for transplantation did not start until the beginning of the Nineties. The application of the technique had always been hampered by the fear. that BSC grafts, which contain a larger amount of immunocompetent T -celIs, could result in intolerable increases of graft-versus-host disease (GVHD) incidence and severity. ColIection ofBSC by apheresis requires that these celIs first be mobilized to the circulation, a task acomplished initially by the use of antinoeplastic cytotoxic drugs. The administration of such agents to healthy donors would be a clearly unnacceptable practice, and, only Tecently, recombinant human hematopoietic growth factors (rhG-CSF) have offered a reasonable alternative for this purpose. In thi~ study, we retrospectively analyze the results of seventeen allogeneic BSC transplants, comparing them to those obtained in a control group of patients who received conventional allogeneic marrow transplants contemporarily fashion. The objective was to study the engraftment profile of the BSC grafts, as welI as the general transplant-associated morbidity. For this purpose, several parameters were assessed and compared between the two groups, including: time to engraftment, transfusion needs, number of days under antimicrobial treatment and parenteral nutrition, maximal serum levels of creatinine and bilirubin, incidence and severity of acute GVHD, among others. We also analyzed the eventual short-term deleterious effects of rhG-CSF upon donors. The results have pointed to a comparable incidence and severity of acute GVHD in the two populations, as well as similar transplant-associated morbidity profiles. Indeed, BSC grafts produced significantly faster engraftment and shorter hospital stays. Donor stem cell mobilization by rhG-CSF and their collection by single apheresis sessions have been devoid of significant side-effects or clinical complications in the study period. The numbers of cells collected have always proven sufficient to promote good engraftment, with no documentated of rejection or any other kind of graft failure. It seems apparent that the advantages offered by autologous BSC transplants can be shared by their allogeneic counterparts. The results suggest that allogeneic BSC transplantation is a feasible procedure, but one must not forget that this was not a randomized, prospective study, and that our follow-up time was not long enough to permit safe conclusions about the issue. More studies are necessary until we can replace alogeneic BSC transplantation for conventional bone marrow transplants / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica

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