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Estudo de perfil de sensibilidade / Resistência de cepas de Staphylococcus aureus MRSA do Hospital das Clínicas de PernambucoPereira Cordeiro, Risonildo January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / O surgimento de cepas Staphylococcus aureus resistentes a meticilina
(MRSA) a partir da década de setenta teve um rápido incremento em todo
mundo. Estas cepas multirresistentes são responsáveis por infecções nosocomiais
e comunitária de difícil tratamento. A resistência a meticilina é produzida pela
modificação de uma proteína que liga-se as penicilinas (PBP), a PBP2a
codificada pelo gene mecA. Cerca de 40 a 60% das cepas de S. aureus isolados
em hospitais de grande porte apresentam-se resistentes a meticilina e ainda,
relatos na literatura permitem constatar que tais infecções estão associadas a
clones específicos epidêmicos de Staphylococcus aureus multirresistentes,
muitas vezes unicamente sensíveis ao glicopeptídeo vancomicina. No Brasil a
partir de 1992 tem sido detectado um clone epidêmico designado como Clone
Epidêmico Brasileiro (CEB), amplamente disseminado em hospitais de diferentes
regiões do Brasil e outros países da América Latina e Europa. De outra parte a
heterogenicidade de resistência que apresentam muitos desses clones, levando
até mesmo a falhas no tratamento, justifica a preocupação de evidenciar sua
presença. No Recife, estudos sistemáticos dessa resistência do Staphylococcus
aureus não vinha ainda sendo realizados. No presente trabalho foram
desenvolvidas diferentes técnicas para determinar a resistência a meticilina e
estudos por biologia molecular para determinar a presença do gene mecA e
detectar a existência do clone epidêmico. Foram coletados 242 isolados clínicos
de Staphylococcus aureus de diferentes origens no período de janeiro de 2002
a julho de 2003 do Hospital Universitário (Hospital das Clinicas) de Recife
Pernambuco. Para determinar o perfil de sensibilidade/resistência, das cepas
devidamente identificadas , foi determinado um antibiograma padrão com oito
antibióticos: ciprofloxacina, vancomicina, oxacilina, gentamicina, penicilina,
sulfametropim, tetraciclina e eritromicina. A resistência à meticilina foi confirmada
pela técnica Agar screen de oxacilina, realizando paralelamente a determinação das CMI para oxacilina mediante um multiinoculador de Steers e a técnica de
Etest. Quanto a presença de gene mecA foi determinada por amplificação por
PCR. Dos resultados obtidos, 57 cepas (72%) dos 79 isolados Staphylococcus
aureus MRSA multirresistentes foram sensíveis apenas a vancomicina.
Quarenta e sete cepas de Staphylococcus aureus MRSA multirresistentes
escolhidas pelos seus padrões de resistência fenotipica foram estudadas pelo
método de eletroforeses de DNA em campos alternados (PFGE) determinandose
que 26 isolados eram subclones do Clone Epidêmico Brasileiro. Por outro
lado foi verificada a presença de oito subclones do Clone Pediátrico. Entre estes
o Staphylococcus aureus MRSA AM 824 , inicialmente considerado relacionado
ao clone New York foi classificado como clone pediátrico pela determinação do
mec elemento, SCCmec (tipo IV). Ainda foram detectados nove isolados
relacionados com Clones Epidêmicos Esporádicos. Os resultados encontrados
principalmente relativos ao CEB confirmam os dados citados na literatura para
centros hospitalares, do Brasil, de paises latinoamericanos como Argentina e
Uruguai, assim como países da Europa
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