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Previsão de guildas de dispersão e de fenologia foliar com base em atributos funcionais para espécies arbustivo-arbóreas em uma área de cerrado sensu stricto em Itirapina (SP).

Jardim, André Vitor Fleuri 20 February 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:31:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissAVFJ.pdf: 842979 bytes, checksum: a746caf5bf4d903cb8d8859514a177a4 (MD5) Previous issue date: 2006-02-20 / Financiadora de Estudos e Projetos / There is growing recognition that classifying terrestrial plant species on the basis of their function (into functional types ) rather than their higher taxonomic identity is a promising way forward for tackling important ecological questions at the scale of communities, landscapes, and biomes. The aim of a plant ecology strategy scheme (PESS) is to express an understanding of important opportunities and selective forces that shape the ecologies of plants and to describe the general principles of plant-environment relations without taxonomic details, to provide a common language for comparing species and vegetation types worldwide. Westoby (1998) proposed a PESS for woody species consisted of three axes: 1) specific leaf area (SLA); 2) height of the canopy of the species; and 3) seed mass. These traits, leaf-height-seed (LHS), are correlated with a number of others and are fundamental trade-offs controlling plant strategies. The aim of this study was to test in a disjoint cerrado woodland site in southeastern Brazil whether traits of the LHS scheme are potential predictors of dispersal guilds. We tried to answer the following question: do the species dispersed by abiotic means present different ecological strategies to species dispersed by animals, considering the LHS scheme? Still, we tested in the same community whether specific leaf area and plant height are potential predictors of two phenological groups, that is, deciduous and evergreen species. We tried to answer the following question: are SLA and plant height related to leaf phenology? According to our results, neither dispersal guilds nor leaf phenological groups could be predicted by the functional traits studied. The similarity in SLA in both cases may be due to two factors: similar height of species (similar habitats in regard to light availability) and sclerophylly. Soil nutrient deficiency seems to lead cerrado woody species to convergent adaptative adjustments regarding both specific leaf area and height. Dispersal guilds were similar concerning seed mass, given that all zoochorous species studied were ornithochorous, whose seed mass is typically low, and abiotically dispersed species had higher than expected seed masses. In the cerrado, the latter may occur as support to the investment in high root-to-shoot ratio of biomass allocation at the seedling stage. Seeds of bird-dispersed species are limited on the size and mass because of the small size of most frugivorous birds. Additionally, in the cerrado, some plants associated with bird dispersers may have their diaspores collected by ants, which favours their seed germination. / 7 A classificação das plantas terrestres baseada em tipos funcionais, em vez de na identidade taxonômica, tem sido reconhecida como uma maneira promissora de lidar com questões ecológicas importantes em nível de comunidades, paisagens e biomas. Os objetivos de um esquema de estratégia ecológica vegetal (EEEV) são o entendimento das forças seletivas que moldam a ecologia das plantas e a descrição dos princípios gerais da relação entre as plantas e o ambiente sem necessidade de detalhamento taxonômico, a fim de que se construa uma linguagem comum para a comparação de espécies e tipos vegetacionais em escala mundial. Westoby (1998) propôs um EEEV para espécies arbustivo-arbóreas, constituído por três eixos: 1) área foliar específica (AFE); 2) altura da copa; e 3) massa da semente. Essas três características, folha-altura-semente (FAS), estão correlacionadas com várias outras e representam comprometimentos fundamentais que controlam as diferentes estratégias ecológicas das plantas. O objetivo deste trabalho foi testar, em uma área disjunta de cerrado sensu stricto em Itirapina SP, se os traços funcionais propostos no esquema FAS são potenciais previsores das guildas de dispersão. Procuramos responder à seguinte pergunta: com base no esquema FAS, as espécies dispersas por mecanismos abióticos apresentam estratégias ecológicas diferentes das espécies dispersas por animais? Ainda, testamos, na mesma comunidade, se a área foliar específica e a altura da planta foram potenciais previsores da fenologia foliar (espécies decíduas e sempre-verdes). Nesse caso, tentamos responder à seguinte pergunta: a área foliar específica e a altura estão relacionadas com o hábito foliar da planta? De acordo com os nossos resultados, os atributos funcionais estudados não puderam prever nem as guildas de dispersão nem a fenologia foliar. A similaridade da área foliar específica nos dois casos pode ser devida a dois fatores: altura similar das espécies (hábitats com disponibilidade de luz parecida) e esclerofilia. A deficiência nutricional do solo deve conduzir as espécies arbóreas de cerrado a ajustes adaptativos convergentes, tanto no que diz respeito à área foliar específica (baixos valores esclerofilia) quanto no que diz respeito à altura. As guildas de dispersão foram similares quanto à massa da semente, tendo em vista que todas as espécies zoocóricas amostradas eram ornitocóricas, cuja massa da semente é tipicamente reduzida, e que as espécies abioticamente dispersas tiveram sementes com massas maiores do que o esperado. No cerrado, isto pode ocorrer em suporte à elevada razão raiz-parte aérea das sementes de algumas espécies do cerrado. Por outro lado, as espécies ornitocóricas são limitadas no tamanho e na massa por causa do pequeno tamanho da maioria das aves frugívoras. Além disso, no cerrado, algumas plantas ornitocóricas podem ter seus diásporos coletados por formigas, o que favoreceria a germinação de suas sementes.

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