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Tempo e espaço na Amazônia Colonial: da Vila de Ega a cidade de Tefé século XVIII e XIXSantos, Sandriele Pessoa dos 21 October 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-10-21 / FAPEAM - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / Describe the colonial and imperial periodization of the area that corresponds to the current
state of Amazonas and rebuild geohistória Tefé and its spatial distribution of Villa for City
was the main objective of this dissertation. Therefore, after reviewing the literature, we sought
to understand the production of Portuguese villages in the Amazon basin that arise especially
from the Pombalina policy pursued in the mid-eighteenth century. Describes how the power
of church and state constituted the main transforming agents of the territory and how was the
"occupation" of the northern border. It highlights the role that Ega town had in the
configuration of the Portuguese North Colony. He started from the hypothesis that the
territorial dimension that articulates the embryonic network of village and places that emerge
linearly along the Solimões river was not "by chance". This would be due to the position and
geographical location of each village. Ega in particular, had the implantation site chosen for
its central and represent the equidistance in relation to Vale do Rio Negro, where was located
the village later Barra Manaus, and the west border at Tabatinga. So it was a strategic point in
the consolidation of the limits of the Portuguese colony in the North. Due to its position,
economic and social relations have intensified between Portuguese and Spanish allowing Ega
after Tefé, the title of trading post. It went on to give it broad domain and influence in the
territory. Nevertheless, the documentary research and the analysis of the report of the
travelers found that the construction of the village space was structured in need of an urban
plan regulated. Based on the creation of streets cluttered with houses and buildings crudely
similar to other villages created in the same period. In the mid-nineteenth century the events
related to the rise of the Amazon the Province in 1850, the creation of the Solimões District in
1853 and headquartered in Ega and the introduction of steam navigation in the Amazon
created the improvement of conditions of village structure and were conditions for the
elevation to city status in 1855. With this, there are new buildings to house the administrative
apparatus of the transplanted capital. Was driven to the way public servants and the spatial
reorganization of the core, the implementation of infrastructure and transformation of the
morphology of the city resulting from landfill coves and creeks, opening new blocks,
construction of the new cemetery, the Mother Church of Santa Tereza D ' Avila, the Chapel of
Bom Jesus de Tefé, public school, new streets and squares. These changes are reported by
travelers and described in the Report of the Provincial Presidents from 1852 to 1857. It was
concluded that the creation of Ega even if not preceded by a plan was not an accident of work,
but as part of the consolidation strategy northern border of the Portuguese colony in America. / Descrever a periodização colonial e imperial da área que corresponde ao atual estado do
Amazonas e reconstruir a geohistória de Tefé e sua espacialização de Vila à Cidade foi o
objetivo principal desta dissertação. Para tanto, após revisão da literatura, buscou-se
compreender a produção das vilas portuguesas no vale amazônico que surgem especialmente
a partir da política pombalina levada a efeito em meados do século XVIII. Descreve-se como
o poder da Igreja e do Estado se constituíram nos principais agentes transformadores do
território e como se deu a “ocupação” da fronteira setentrional. Evidencia o papel que a Vila
de Ega teve na configuração da Colônia portuguesa do Norte. Partiu-se da hipótese, que a
dimensão territorial que articula a rede embrionária de vila e lugares que vão surgindo de
modo linear ao longo do rio Solimões não foi "obra do acaso". Esta seria decorrente da
posição e situação geográfica de cada vila. Ega em particular, teve o local de implantação
escolhido por ser central e representar a equidistância em relação ao Vale do Rio Negro, onde
se localizava a vila da Barra mais tarde Manaus, e a fronteira Oeste em Tabatinga. Portanto,
se constituía um ponto estratégico na consolidação dos limites da Colônia portuguesa no
Norte. Em decorrência de sua posição, as relações econômicas e sociais se intensificaram
entre portugueses e espanhóis permitindo a Ega, depois Tefé, o título de entreposto comercial.
Isso passou a lhe conferir amplo domínio e influência no território. Apesar disso, a pesquisa
documental e a análise do relato dos viajantes identificou que a construção do espaço da vila
se estruturou carente de um plano urbano normatizado. Baseou na criação de ruas
desordenadas com habitações e edificações toscas semelhantes a outras vilas criadas no
mesmo período. Em meados do século XIX os acontecimentos relacionados à elevação do
Amazonas a Província em 1850, a criação da Comarca do Solimões em 1853 e com sede em
Ega e a introdução da navegação a vapor na Amazônia criaram as condições de melhoria da
estrutura da vila e eram condicionantes para a elevação à condição de cidade em 1855. Com
isso, surgem novas construções para abrigar o aparelho administrativo transplantado da
capital. Foi impulsionada à ida de servidores públicos e a reorganização espacial do núcleo,
pela implantação de infraestruturas e transformação da morfologia da cidade decorrente dos
aterros de enseadas e igarapés, abertura de novos quarteirões, construção do novo cemitério,
da Igreja Matriz de Santa Tereza D’Ávila, da Capela do Bom Jesus de Tefé, de escolas
públicas, novas ruas e praças. Estas transformações são relatadas pelos viajantes e descritas
no Relatório dos Presidentes da Província de 1852 a 1857. Conclui-se que a criação de Ega
mesmo não sendo precedida de um plano não se constituiu em obra do acaso, mas como parte
da estratégia de consolidação da fronteira norte da colônia portuguesa na América.
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