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Análise da influência do cisalhamento eólico sobre a circulação na região costeira de Guamaré-RN, BrasilSoares Leite, Fabiana January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O sistema de modelos SisBaHiA foi utilizado para analisar a influência do
cisalhamento eólico sobre a circulação da região costeira de Guamaré,
estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Para isso, foram obtidas as
correntes residuais sazonais desta área, onde as componentes vetoriais
médias da situação forçada exclusivamente pelas marés foram subtraídas
dos resultados da situação real (marés + vento). A análise intrasazonal
evidenciou uma maior dinâmica da maré de sizígia sobre a maré de
quadratura, a qual apresentou maiores correntes residuais durante todo o
ciclo de maré tanto no período chuvoso quanto no seco. A direção
predominante em ambos os períodos e marés foi para noroeste (NO
superfície) e para oeste (O outros dois níveis abaixo). Para tanto, há
exceção para as correntes superficiais da maré de sizígia que se
direcionaram para oeste (baixa-mar chuvoso; vazante seco) e para
sudoeste (enchente chuvoso; baixa-mar e enchente seco). A análise
sazonal apresentou correntes residuais mais intensas durante todo o ciclo
de maré do período seco em ambas as marés, devido aos ventos serem
mais fortes nesta época. Estas correntes tiveram direção predominante
para oeste (O), no meio e próximo ao fundo da coluna d água. No entanto,
os vetores das correntes superficiais se dirigiram para noroeste (NO),
durante o período chuvoso, exceto na enchente da sizígia que se dirigiu
para oeste-sudoeste (O-SO). Durante o período seco, as correntes
superficiais se direcionaram com predominância para noroeste (NO),
durante a quadratura, e para oeste (preamar e vazante) e oeste-sudoeste
(baixa-mar e enchente), durante a sizígia. Tais resultados sugerem grande
influência dos ventos na quadratura, principalmente durante o período
seco. O papel da forçante eólica sobre a dispersão de efluentes foi
simulado em dois locais distintos (emissários na Plataforma Continental
interna e vazamento de óleo no estuário) a partir da baixa-mar da sizígia.
Os efluentes lançados pelos emissários passaram 12 horas para atingir os
limites do domínio modelado durante o período seco (ventos mais
intensos). A pluma, transportada para oeste (O), chegou a 2,9 km da
costa. Sem a ação dos ventos as partículas alcançaram a fronteira aberta
a partir do 11º dia de simulação. O vazamento de óleo no Porto ficou
contido completamente dentro do estuário durante o período seco. O óleo
saiu do estuário nas outras duas simulações, tendo se distanciado mais
da fonte (na direção noroeste) durante o período chuvoso. Este
comportamento revela a importância dos ventos alíseos de nordeste (NE)
na contenção do óleo dentro do estuário, do contrário o óleo chegaria a
atingir a Plataforma Continental interna
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Seasonal and intraseasonal variability of the western boundary regime off the Eastern Brazilian CoastRegina Aires Veleda, Dóris 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A circulação da fronteira oeste do Oceano Atlântico Sul tropical exerce um
importante papel no controle climático através da troca inter-hemisférica de
massa e calor. Nesta região, o ramo sul da Corrente Sul Equatorial (sCSE) se
bifurca dando origem a Sub-corrente Norte do Brasil (SCNB), para o norte, e
a Corrente do Brasil (CB), para o sul. Nesta tese, foi investigada a
variabilidade desta parte do oceano utilizando-se medidas de correntes
oriundas de uma seção normal à costa brasileira em 11°S, composta de 5
fundeios (K1-K5). Os fundeios foram instalados durante os cruzeiros (2000-
2004) realizados no âmbito da contribuição alemã ao Programa CLIVAR
(Climate Variability and Predictability Program). A seção a 11°S abrange a
estrutura da SCNB e o núcleo da Corrente de Contorno Oeste Profunda
(CCP), que fazem parte dos ramos superior e inferior da Célula Meridional
Termohalina do Oceano Atlântico, respectivamente. Aplicando a técnica de
decomposição em Funções Ortogonais Empíricas (FOE) e de análise
espectral, identificaram-se tanto modos de variabilidade sazonal como intrasazonal
nos dados de corrente. A dinâmica da sCSE, bem como as principais
estruturas tri-dimensionais na fronteira oeste foram também investigadas
utilizando um modelo regional climatológico com 1/12° de resolução
horizontal (ROMS – Regional Ocean Model System). Os resultados da
simulação confirmaram a variabilidade sazonal na estrutura de correntes a
11°S. Médias mensais de 47 anos de re-análise da base SODA (Simple Ocean
Data Assimilation) confirmaram a variabilidade sazonal encontrada nos
resultados numéricos. A simulação da divergência da sCSE mostra que esta
desloca-se para sul conforme aumenta a profundidade do oceano, variando
de 8°S em 100 m de profundidade até 20°S em 500 m. Nas simulações do
modelo ROMS a bifurcação da sCSE atinge sua posição mais ao norte no
verão austral e sua posição mais ao sul no inverno austral. Isto corresponde
a um mais fraco e a um mais intenso transporte da SCNB, respectivamente.
Em 200 m de profundidade a sCSE bifurca-se a 13°S no verão austral e a
19°S no inverno austral. A 500 m de profundidade a bifurcação da sCSE é
em torno de 20°S, durante todo o ano com fraca variabilidade meridional. A
bifurcação das sCSE nos resultados da base SODA são sincronizados com a
linha zero do rotacional do cisalhamento eólico, assim como com os
resultados da simulação do ROMS. Nos resultados SODA, em 200 m, a sCSE
bifurca-se em 15°S no verão austral e em 18°S no inverno austral. A Análise
de Componentes Principais dos dados medidos a 11°S mostra que a
temperatura é fortemente acoplada à velocidade das correntes no núcleo da
CCP, com uma periodicidade de dois meses. A intensidade de acoplamento
entre as velocidades tangenciais à costa e a temperatura é de 60%,
indicando que as correntes no núcleo da Água Profunda do Atlântico Norte
(APAN) são responsáveis, nesta proporção, pela troca de calor interhemisf
érico. A simulação do modelo ROMS indica que a CCP reproduz
estruturas anticiclônicas da mesma ordem de magnitude das escalas dos
vórtices encontrados nos dados dos fundeios (K1-K5) a 11°S. Os resultados
numéricos indicaram ainda a presença de uma contracorrente na borda leste
da SCNB, que reduz o transporte de água para o norte. Em escala intrasazonal,
sinais energéticos em alta freqüência foram detectados como um modo de variabilidade dominante na extremidade oeste da SCNB, os quais
decaem com a distância da costa. Todavia, não foram encontrados
mecanismos locais que expliquem estas variabilidades. De fato, os valores de
corrente a 11°S são bem correlacionados com dados remotos de
cisalhamento eólico meridional, próximos à costa brasileira entre 22°S- 36°S.
Os mais altos valores de correlação foram verificados no inverno e primavera
austral, com defasagens em torno de 8 a 10 dias. Estes sinais propagam-se
para o equador com velocidade de 285±63 km.dia-1, típica de uma onda
costeira, forçada remotamente por influências meteorológicas. Estes últimos
resultados apóiam a existência de Coastally Trapped Waves (CTW) como um
mecanismo apropriado para explicar a nítida correlação entre a componente
meridional do cisalhamento eólico e a componente da corrente tangencial à
costa. Sugere-se, como futuro trabalho, um estudo mais abrangente deste
fenômeno através da análise de ondeletas e de técnicas de modelagem
numérica para confirmar as hipóteses aqui evidenciadas
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