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Influência de variáveis hidro-climáticas na ocorrência de diarreias em menores de 5 anos na Amazônia Ocidental.Fonseca, Paula Andrea Morelli 26 June 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-06-26 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM / Diarrheal diseases kill, on average, half a million children worldwide per year. Its association
with climatic variables, not necessary related to the occurrence of El Niño SouthernOscillation
events is well documented in different world regions. In Brazil, particularly on the Amazonian region, where there is a high diseases’ incidence, few studies are found in the literature. In this context, the aim of this study is to evaluate the influence of the hydroclimatic variables, as temperature, precipitation and water level in the infant diarrheal diseases incidence in the western Amazon. Firstly, it was analyzed the influence of the precipitation and water level variables on the diarrhea’s mild cases in children, in the Acre’s river valley. For this region, which covers 11 municipalities in the Acre State, on average, the precipitation and water level variability explain approximately 20% of the disease incidence variation, and precipitation is the main factor in most of these cities, in comparison to the water level. For the Rio Branco (AC), Lábrea and Manaus (AM), and Boa Vista (RR) cities analysis with the infant hospitalization for diarrheal disease was carried out. Maximum average temperature per month presents low variability while precipitation and water level has strong seasonality. Different from the characteristics associated to the climate variables, a noticeable characteristic in these hospitalization series is the lack of seasonality. On the other hand, these series present a strong trend component over the time, associated to improvements on the basic health attention cover and/or population socioeconomic improvements over the years. A Generalized Additive Mixed Model (GAMM) was adjusted to water level and precipitation (lagged by a month), maximum temperature, a term which simulate the trend effect over time, and a categorical variable to identify the hospitalization’s origin. Water level, precipitation and maximum temperature presented a nonlinear relation with the hospitalization time series. For these variables it was found as risk factors the maximum temperature around 37 – 39º C, monthly accumulated precipitation around 100 mm, monthly water level average up to 4.200 cm, approximately. It was observed that water level and precipitation lagged by a month do not present a strong relation with the hospitalization time series, which suggest that the record of these variables in the same hospitalization month are better indicators, specially water level and temperature. During the years it was also observed a strong decreasing trend in the number of hospitalization, beginning by the end of 2006, which occurs in all cities except Boa Vista. Analyzing the hospitalization occurrence between the cities, the model considers that the risk between Boa Vista and Rio Branco do not differ significantly while the risk increase in Lábrea and Manaus, and both are significantly higher than the reference city (Boa Vista). The results here present add up to previous studies over thematic in the Occidental Amazon and contributes to better understanding about the relationship between hydroclimatic variables and the diarrheal diseases in children in the region, with the possibility to indicate thresholds that can be used in preventive action plans in these cities, once the results are validated by the responsible institutions. / Doenças diarreicas matam, em média, meio milhão de crianças anualmente em todo o mundo. A associação entre variáveis climáticas e a ocorrência de diarreias, com ou sem a ocorrência de fenômenos tipo El Niño Oscilação-Sul é bem documentada em diferentes regiões do globo. No Brasil, particularmente na região amazônica, onde se tem uma alta incidência de diarreias, poucos são os estudos encontrados na literatura. Nesse contexto, buscou-se avaliar a influência de variáveis hidro-climáticas como temperatura, precipitação e cota do rio, na incidência de doenças diarreicas infantis na Amazônia Ocidental. Primeiramente, foi analisada a influência das variáveis precipitação e cota para os casos leves de diarreia em crianças, nas cidades do vale do rio Acre. Para essa região, que compreende 11 municípios do estado do Acre, constatou-se que em média, a variabilidade da precipitação e cota de rio explicam pelo menos 20% da variação da série de incidência da doença, sendo a precipitação o fator principal em um maior número de cidades, em comparação com a cota. Para as cidades de Rio Branco (AC), Lábrea e Manaus (AM), e Boa Vista (RR), buscou-se analisar as relações com a série de internações infantis por doenças diarreicas. Temperatura máxima média mensal apresenta baixa variabilidade, enquanto que precipitação e cota apresentam forte sazonalidade. Diferente das características associadas às variáveis climáticas, uma característica notável nessas séries de internações é a ausência da sazonalidade. Por outro lado, estas apresentam uma forte componente de tendência ao longo do tempo, que podem estar associada às melhorias na cobertura da atenção básica e/ou melhorias socioeconômicas da população ao longo dos anos. A incidência de internações, proporcional a população estudada, decresce na sequência: Lábrea, Rio Branco, Boa Vista e Manaus. Ajustou-se um Modelo Generalizado Aditivo com Efeitos Mistos (GAMM) aos dados de cota e precipitação (com defasagem de um mês), temperatura máxima, um termo que simula o efeito da tendência ao longo do tempo e uma variável categórica para identificar a origem da internação. Cota, precipitação e temperatura máxima apresentaram relação não linear com a série de internações. Para estas variáveis, encontrou-se como fatores de risco a temperatura máxima em torno de 37 – 39º C, precipitação acumulada mensal em torno de 100 mm, cota média
mensal acima de 4.200 cm, aproximadamente. Cota e precipitação defasadas em um mês não apresentam forte relação com a série de internações, o que sugere que registros dessas variáveis no mês de internação são melhores indicadores, especialmente cota e temperatura. Ao longo dos anos, observou-se forte tendência de queda no número de internações, tendo início no final do ano de 2006, observado em todas as cidades, exceto Boa Vista. Analisando a ocorrência de internações entre as cidades, o modelo considera que o risco entre Boa Vista e Rio Branco não é significativamente distinto, enquanto o risco aumenta em Lábrea e Manaus, sendo ambos significativamente maiores que a cidade de referência (Boa Vista). Os resultados aqui encontrados somam-se aos estudos anteriores nessa temática na região da Amazônia Ocidental e contribui para melhorar o entendimento sobre as relações entre as variáveis hidroclimáticas e as doenças diarreicas infantis na região, com possibilidade de indicar limiares que possam ser utilizados para o planejamento de ações preventivas nas respectivas cidades, uma vez que sejam validados pelos órgãos competentes locais.
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