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Desenvolvimento farmacotécnico e estudo de estabilidade de comprimidos à base de captoprilMorgânia Farias da Nóbrega, Ítala January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / A hipertensão é um problema de saúde pública considerada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) como a terceira causa de morte no mundo, ultrapassada apenas por
sexo inseguro e desnutrição. No mundo são 600 milhões de hipertensos. Desses, 500
milhões precisam de intervenção médica imediata. No Brasil são cerca de 30 milhões de
portadores da doença, que chega atingir mais de 50 % dos idosos. A OMS prevê que até
o ano de 2010 as doenças cardiovasculares serão as principais causas de morte nos
países em desenvolvimento. O captopril foi o primeiro fármaco inibidor da Enzima
Conversora de Angiotensina (ECA), servindo como uma ferramenta útil no tratamento
da hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva, devido ao seu efeito de
reduzir a produção de Angiotensina II. É uma substância muito sensível que submetida
a alterações pela exposição à umidade sofrer degradação oxidativa a captopril dissulfeto
e favorece a diminuição do princípio ativo, a elevação da impureza dissulfeto de
captopril acima do índice permitido e forte odor. Os estudos sobre o captopril
avançaram nas últimas décadas, porém a pesquisa científica deixa uma lacuna no
conhecimento em relação ao produto de degradação dissulfeto de captopril. O assunto
ainda não está esclarecido em todos os seus aspectos, levando a adicionar o raciocínio
científico a realidade que se apresenta como um campo muito promissor para o presente
estudo, possibilitando um conhecimento mais completo de todos os fatores relacionados
ao dissulfeto de captopril. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência dos
excipientes (lubrificante e diluente) em quatro diferentes formulações de comprimidos
do ativo e acondicionados em embalagens blister com os filmes moldáveis de
policloreto de vinila (PVC) cristal e o cloreto de poliviniledeno (PVDC) revestido de
PVC nas cores cristal e vermelho. Realizou-se um estudo de estabilidade seguindo os
requisitos preconizados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
(Resolução n° 1, de 29 de julho de 2005). As amostras foram submetidas aos testes
definidos em compêndios oficiais. Verificou-se que as formulações F-2 e F-4, cujo
lubrificante utilizado foi o ácido esteárico, atenderam às especificações da Farmacopéia
Brasileira 4°ed. apresentando a concentração de dissulfeto de captopril menor que 3%.
Demonstrou-se a pouca influência dos diluentes (lactose anidra e lactose spray-dried)
estudados. Obtiveram-se os melhores resultados com os comprimidos acondicionados
em embalagem de PVC-PVDC-vermelho, constituindo-se numa barreira adequada para
a umidade e para gases em geral. Fatores diversos como umidade, embalagem,
armazenamento, transporte favorecem a degradação do captopril resultando no aumento
do teor de dissulfeto de captopril, sendo necessário a avaliação destes durante o
desenvolvimento farmacotécnico para preparações com o ativo captopril
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