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Exposição subcrônica ao metilmercúrio induz danos teciduais, bioquímicos e proteômicos em cerebelos de ratos

MATTA, Pedro Philipe Moreira 04 July 2018 (has links)
Submitted by JACIARA CRISTINA ALMEIDA DO AMARAL (jaciaramaral@ufpa.br) on 2018-10-22T17:34:55Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação Pedro Matta.pdf: 2501356 bytes, checksum: 3c558e86301c713ad070901144253770 (MD5) / Approved for entry into archive by JACIARA CRISTINA ALMEIDA DO AMARAL (jaciaramaral@ufpa.br) on 2018-10-22T17:35:24Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação Pedro Matta.pdf: 2501356 bytes, checksum: 3c558e86301c713ad070901144253770 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-22T17:35:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação Pedro Matta.pdf: 2501356 bytes, checksum: 3c558e86301c713ad070901144253770 (MD5) Previous issue date: 2018-07-04 / O metilmercúrio (MeHg) representa a forma mais tóxica do mercúrio, que em intoxicações crônicas induz danos motores e cognitivos em ratos adultos. Dados na literatura sugerem um tropismo deste metal em relação ao cerebelo. No entanto, poucos estudos buscam elucidar os mecanismos associados aos danos induzidos por MeHg em baixa doses utilizando um modelo de exposição subcrônica. A partir disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar as alterações motoras, teciduais, bioquímicas oxidativas e proteômicas induzidas pela exposição subcrônica ao MeHg. Para isso foram utilizados 56 ratos Wistar adultos, divididos em dois grupos: grupo controle e grupo exposto (0,04 mg/Kg/dia de MeHg), ambos administrados via gavagem intragástrica por 60 dias. Após o período de exposição, foram realizados os testes comportamentais de open field e rotarod. Posteriormente, coletou-se o cerebelo desses animais para análise bioquímica, proteômica, dosagem dos níveis de mercúrio e avaliação tecidual. Para análise estatística dos dados foi utilizado o teste t-Student, considerando um valor significativo de p<0,05. O perfil proteômico foi analisado pelo software ProteinLynx Global SERVER™ (PLGS), e foram consideradas subexpressas proteínas com p<0,05 e superexpressas proteínas com p< 0,95, o teste utilizado foi o teste exato de Fisher com correção por Bonferroni. Os resultados demonstraram um aumento nos níveis de mercúrio no cerebelo, e alterações nos testes motores dos animais expostos ao MeHg. No open field ocorreu uma diminuição da distância total percorrida e do número de rearing em comparação ao grupo controle com p<0,05, já no rotaroad foi observado uma diminuição do tempo de latência da primeira queda e um aumento no número de quedas no grupo MeHg em comparação ao controle (p<0,05). Na avaliação bioquímica ocorreu um aumento nos níveis de nitrito e de peroxidação lipídica e diminuição na capacidade antioxidante contra radicais peroxil (ACAP) (p<0,05). O perfil proteômico desses animais também sofreu alteração, das 1220 proteínas identificadas no total 436 proteínas foram encontradas exclusivamente no grupo controle e 311 proteínas no grupo MeHg. Além disso, demonstrou uma subexpressão de 115 proteínas e uma superexpressão de 358 proteínas no grupo MeHg quando comparado com o grupo controle. Na avaliação tecidual encontrou-se uma diminuição das células de Purkinje, células NeuN+ e uma menor quantidade de células IBA1+. Nas análises por fração de área foi encontrada uma menor quantidade de células GFAP positivas, sinaptofisinas e MBP+. Assim, nossos resultados sugerem que a intoxicação por MeHg provocou danos celulares e proteômicos induzidos por estresse oxidativo que causou o déficit motor encontrados nos testes comportamentais. / Methylmercury (MeHg) represents the most toxic form of mercury, which in chronic intoxications induces motor and cognitive impairment in adult rats. Studies suggest that this metal has a tropistic effect on the cerebellum, however few researches aim to elucidate the mechanisms associated with low-dose MeHg-induced damage in a subchronic exposure model. Thus, the objective of this study was to verify motor, tissue, oxidative and proteomic biochemical alterations induced by subchronic exposure to low doses of MeHg. Fifty six male Wistar rats, 90 days old, were divided into two groups: control group (distilled water) and exposed group (0.04 mg / kg / day of MeHg), both administered via intragastric gavage for 60 days. After the exposure period, the open field and rotarod behavioral tests were performed. Subsequently, the cerebellum from these animals were collected for biochemical analysis, proteomics, mercury tissue deposits, and immunohistochemistry evaluation. Statistical analysis was performed using the Student's t-test, considering a significant value of p <0.05. The proteomic profile was analyzed by the ProteinLynx Global SERVER ™ software (PLGS). Proteins with p <0.05 were considered super-regulated proteins and those with p <0.95 were considered as sub-regulated proteins. The test used was Fisher's exact test with Bonferroni correction. Our results demonstrated a decrease in the motor tests of the animals exposed to MeHg. Open field test showed a decrease in total distance covered and the number of rearing in comparison to the control group with p <0.05. Rotarod test presented a decrease in the time for the first latency to fall and an increase in the number of falls in the MeHg group in comparison to the control with p <0.05. The biochemical evaluation showed an increase in nitrite and lipid peroxidation levels and a reductions of Antioxidant Capacity Against Peroxils radicals (ACAP) with p <0.05. Considering the proteomic profile of these animals, among the 1220 proteins identified, 436 proteins were found exclusively in the control group and 311 proteins exclusively in the MeHg group. Also, 358 proteins were found overexpressed and 115 subexpressed proteins. All proteins interactions were depicted on 3 interactions networks to perform proteomic alterations analysis. In addition, the tissue evaluation showed a decrease in Purkinje cells and NeuN + cells and a smaller amount of IBA1+ cells. Area fraction analysis showed a smaller number of GFAP positive cells, synaptophysins and MBP +. Thus, our results suggest that MeHg intoxication provoked cellular and proteomic damage probably related to induced oxidative stress and also reflecting on motor deficit in behavioral tests.

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